domingo, 31 de maio de 2020

Rússia anuncia registro do primeiro antiviral eficaz contra covid-19


O Ministério da Saúde russo anunciou o registro do primeiro antiviral eficaz no combate ao coronavírus. O afivavir apresentou grande eficácia durante ensaios clínicos, de acordo com o Frid (Fundo de Investimento Direto da Rússia). 
"O afivavir não é apenas o primeiro medicamento antiviral registrado na Rússia para tratar o coronavírus, mas talvez o medicamento mais promissor para curar a covid-19 em todo o mundo", disse o diretor-geral da Frid, Kiril Dmítriev. 

Segundo Dmítriev, esse medicamento foi desenvolvido e testado clinicamente "em tempo recorde", o que permitiu que ele se tornasse o primeiro à base de favipiravir - antiviral desenvolvido no Japão - registrado em todo o mundo.
O afivavir demonstrou grande eficácia em afetar os mecanismos de reprodução do coronavírus.
No entanto, o próprio fundo reconheceu que este medicamento é "categoricamente contra-indicado" para mulheres grávidas e pessoas em processo de planejamento familiar.
Além disso, o Frid indicou que inicialmente não estará à venda em farmácias e "será usado apenas em hospitais sob observação médica". Agência EFE



Mães menores de idade podem pedir auxílio emergencial a partir de hoje


A partir de hoje (30), as mães com menos de 18 anos podem pedir o auxílio emergencial de R$ 600 (R$ 1,2 mil para mães solteiras). A novidade está disponível na 16ª versão do aplicativo Caixa Auxílio Emergencial, que está sendo liberada hoje pela Caixa Econômica Federal.
Incluída pelo Congresso durante a tramitação da medida provisória que instituiu o benefício, a extensão do auxílio emergencial para mães menores de idade havia sido sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro no último dia 15. O cadastro no auxílio emergencial pode ser pedido até 3 de junho.
A vice-presidente de Tecnologia da Caixa, Tatiana Thomé, explicou como funcionará a novidade em entrevista coletiva hoje à tarde. A mãe menor de idade precisa cadastrar pelo menos dois membros da família (ela própria mais um filho, no mínimo). Caso a adolescente pertença a uma família maior, com algum membro que tenha se cadastrado no auxílio emergencial, precisará fazer o cadastro compatível com o do outro membro da família.
Mães grávidas não poderão fazer o cadastro porque o aplicativo pedirá o Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) do filho. O processo se dará de forma igual ao dos demais cadastramentos. Ao entrar no aplicativo, a mãe digitará nome completo, número do CPF, nome da mãe e data de nascimento, conforme constam nos cadastros da Receita Federal. O aplicativo oferece a opção “mãe desconhecida”, caso a requerente não conheça a mãe.
Finalizado o cadastro, os dados serão enviados à Dataprev, empresa estatal de tecnologia, que comparará as informações prestadas com as 17 bases de dados disponíveis para ver se o requerente cumpre as condições da lei para receber o auxílio emergencial. A usuária poderá acompanhar, no próprio aplicativo, se o benefício foi aprovado, negado ou se o cadastro foi considerado inconclusivo (quando as informações prestadas não conferem com os bancos de dados do governo). Agência Brasil

sábado, 30 de maio de 2020

Embaixador diz que ‘El País’ critica o Brasil e Bolsonaro com ‘arrogância obscurantista’


O embaixador do Brasil em Madri, Pompeu Andreucci Neto, reagiu ao editorial de El País, denominado “Brasil em Perigo”, em carta de quatro páginas enviada ontem (28) à diretora do jornal Soledad Gallego-Díaz. No texto divulgado pela Embaixada como sendo uma resposta a “mentiras e vitupérios” de El País, o diplomata acusou o jornal espanhol de atuar com “arrogância obscurantista” na fixação por criticar o Brasil, beirando “as raias de uma verdadeira tara”, com “vocação neocolonialista”.
O diplomata inicia sua carta afirmando que, pela décima vez desde que chegou à Espanha, dirige-se ao jornal para responder ao tratamento injusto e desequilibrado que o El País concede ao Brasil, ao seu povo e ao seu governo. E condena a diretora e editores do jornal por achar que têm o falso direito de ensinar o Brasil e seu povo sobre como se comportar, como governar e como administrar sua economia, sem nunca exercer um mandato político, sem nunca ter governado um bairro e, muitas vezes, sem nunca ter visitado o Brasil, a partir do conforto de seus escritórios com ar-condicionado na Europa.
“Fingem ensinar ao povo brasileiro que está nas ruas, aquele que tenta ganhar a vida lutando dia a dia, como conduzir seus negócios, como pensar e como viver. Que pretensão e que desperdício!”, critica Pompeu Andreucci Neto. “Até quando, senhora diretora, durarão esta perseguição, esta guerra contra o meu país, seu povo e seu presidente? Até quando?”, questiona.
A chamar de “tara” a fixação do jornal em criticar o Brasil, o diplomata afirma que El País chega a cobrir notícias negativas quase com maior amplitude do que acontecimentos no continente europeu.
“No grande número de páginas que dedica ao Brasil todos os dias, o El País concentra-se no nocivo, excêntrico ou exótico. Destaca as falhas econômicas, aumenta as lutas políticas e amplia os obstáculos ao desenvolvimento social ainda a serem superados. Nesses casos, seus correspondentes e colunistas geralmente se alegram em fornecer aos seus leitores a descrição do quanto se fracassou, falhou ou retrocedeu”, escreveu o embaixador.
Pompeu Andreucci Neto reage ao editorial publicado na edição de terça-feira (26), que criticou o que chamou de “gestão errática” do governo de Jair Bolsonaro sobre a pandemia, bem como a grave crise político-institucional vivida “com flertes com o golpe”. O jornal ainda criticou a insistência do presidente brasileiro em ignorar a quarentena e o acusou de desviar a atenção da prioridade de combater o coronavírus, no momento em que já se contabilizavam 360.000 contágios e as mais de 22.000 mortes causadas pelo covid-19 (números que hoje já atingem 438.238 casos e 26.754 óbitos e 177.604 pessoas recuperadas).
Para o diplomata, o editorial é mais um exemplo, e típico, do pensamento ideológico retrógrado, arrogante e imperialista, da redação do El País.
“Você e seus editorialistas tentam ensinar ao presidente Bolsonaro, a quem chamam de ‘irresponsável’, como liderar a nação e como governar as pessoas que o elegeu para esta tarefa com 58 milhões de votos. A ideia por trás de suas receitas mágicas é a de que 58 milhões de miseráveis ignorantes estavam errados em apoiar seu líder máximo diante da consciência clara e sábia da escrita do El País. Desta forma, você finge ser o detentor exclusivo das luzes do conhecimento europeu podendo, independentemente do insulto, dar lições de governo ‘aos bons selvagens do Brasil’ e os pobres e ‘atrasados’ ‘Ibero-americanos'”, escreve o embaixador.
O que está em perigo?
O diplomata também relata que El País apresenta dez acusações sérias contra o presidente Jair Bolsonaro, todas desprovidas de bom sentimento, sinuosas, simplistas, genéricas e falsas. E reforça que as acusações são falsamente baseadas no pretexto arrogante de dar a ele e ao povo brasileiro lições sobre (i) como e quais visões científicas adotar ou descartar no combate ao covid-19; sobre como e por que orientar a direção da economia brasileira e sobre como e com quais objetivos governar o Brasil.
Entre outras críticas, Pompeu Andreucci Neto classifica os artigos de El País como histéricos e que excedem os limites da normalidade clínica. E afirma que quem está em perigo não é o Brasil, mas que correm perigo:
– A credibilidade de um jornal que escolhe seus adversários do posicionamento ideológico; escolhe fatos para manter posições preconcebidas e preconceituosas, e descarta qualquer outra realidade que se oponha às suas conclusões anteriores. “Infelizmente, no que diz respeito ao Brasil, se os fatos não concordam com as ideias preconcebidas do El País, então… Que os fatos mudem!”
– Quem está em perigo é o pobre brasileiro, afetado pela perspectiva de uma crise econômica sem precedentes. O que está em perigo, também, são os empregos de milhões de cidadãos brasileiros, que dependem de seus salários para alimentar, educar e criar seus filhos e sustentar suas famílias no Brasil.
– O que está em perigo é a liberdade de expressão e pensamento, que têm como premissa a aceitação do outro. O que está realmente em perigo é a verdade dos fatos, manchada pelos perversos viés ideológicos que punem os países democráticos espalhando uma imagem nefasta e nefanda de uma nação. Nação lutando para crescer, desenvolver-se e com mais de 500 anos de história e quase 220 milhões de pessoas que não precisam de lições de moralidade, muito menos de servilismos aduladores de pretensos editoriais médicos.
Por Cláudio Humberto


sexta-feira, 29 de maio de 2020

André Mendonça impetra Habeas Corpus em favor de Weintraub (veja os documentos)


O Ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, impetrou um Habeas Corpus (HC) em favor do Ministro da Educação Abraham Weintraub.
Na petição inicial a medida almeja garantir liberdade de expressão dos cidadãos brasileiros, sobretudo do Ministro da Educação e as demais 29 pessoas pessoas que ontem foram molestadas em seus domicílios pela Polícia Federal para buscar e apreender equipamentos eletrônicos, no absurdo inquérito 4781 instaurado de ofício por um membro do STF que não logrou êxito em concurso público para o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) e hoje preside a Suprema Corte a quem delegou a relatoria a um colega de Corte, o ministro Alexandre de Moraes..
Esse HC também visa a preservação da independência, da harmonia e do respeito entre os poderes do Estado brasileiro.
Inconcebível imaginar que uma pessoa que não deveria nem estar no Supremo Tribunal Federal (STF) , pois não tem ilibada reputação e nem muito menos notório saber jurídico, instaurar de ofício um inquérito, e colocando na instituição simultaneamente as funções de julgamento, investigação e, sobretudo de acusação.
E ainda tem gente que afirma que estarmos vivendo em democracia.
Falam que o atual presidente do Brasil quer dar um golpe ditatorial.
No entanto, esse golpe de estado, já foi dado há muito tempo pelo STF, que usurpa dos poderes executivo e legislativo, na medida em que legisla positivamente, quando o judiciário só pode legislar negativamente, se imiscui no poder executivo impedindo que o Governo Federal faça a reforma do Estado brasileiro, entre outras situações em que usurpou a função do executivo.
É de muita apreensão a situação do Brasil. Não dá nem pra ter certeza absoluta se as Forças Armadas brasileiras estão a favor do povo brasileiro, pois essa gente abjeta e deletéria do mecanismo, do establishment, do estado parasita do Estado brasileiro que diuturnamente trama para tirar o presidente Jair Bolsonaro do seu caminho, com essa nefasta atuação poderá levar o país a uma guerra fratricida.
Confira abaixo a decisão de Moraes e, na sequência, o HC em favor de Weintraub:

quinta-feira, 28 de maio de 2020

Ministro da Justiça afirma que cercear o direito à crítica é “atentado à democracia”


O ministro André Luiz Mendonça (Justiça) criticou a autorização de operação policial contra cidadãos brasileiros apenas com base em suas opiniões pessoais.
Segundo Mendonça, “o poder emana do povo” e “criticar seus representantes e instituições” é um direito “inalienável” da população.
Sob alegação de difundir fake news, o ministro Alexandre de Moraes (STF) autorização mandados de busca e apreensão contra apoiadores do presidente da República, Jair Bolsonaro, empresários e até humoristas.
Para o ministro da Justiça, a decisão de Moraes causou estranheza. “Intimidar ou tentar cercear esses direitos é um atentado à própria democracia”, disse em referência ao direito à liberdade de expressão. Por Cláudio Humberto

Bolsonaro ataca ação da PF e faz críticas ao STF: 'Chegamos no limite'


O presidente Jair Bolsonaro fez duras críticas na manhã desta quinta-feira (28) ao STF (Supremo Tribunal Federal) um dia após a operação determinada pela Corte que fez buscas e apreensões em  endereços acusados de veicular fake news. 
"Não teremos outro dia como ontem, chega! Estou com as armas da democracia nas minhas mãos", afirmou o presidente em frente ao Palácio do Alvorada. "Chegamos no limite", declarou.

Visivelmente irritado na live publicada nesta manhã, ele afirmou que o único objetivo da ação de quarta-feira, determinada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, era atingir pessoas que o apoiam. "Querem tirar a mídia que tenho em meu favor, sob o argumento falacioso de fake news."

"Não foi justo o que aconteceu no dia de ontem. Se coloquem no lugar daquelas pessoas que tiveram suas residências invadidas, como se fossem bandidos." 
Entre os alvos da operação da Polícia Federal estavam, além de apoiadores com contas influentes nas redes sociais, o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) e o dono das lojas Havan, Luciano Hang. 
Nas palavras do próprio Bolsonaro, governar está sendo mais difícil do que imaginava porque os inimigos estão aqui dentro, e não no exterior. 
"Não mais ousarão atingir direitos individuais. Chega! Eu peço a Deus que ilumine a todos em Brasília para que de forma sensata venham corrigir o que está sendo feito de errado", declarou Bolsonaro. "Essa crise não interessa para ninguém. Uma pessoa [Alexandre de Moraes] conseguiu punir a imprensa, tradicional e as redes sociais".

Reunião ministerial

Bolsonaro também reclamou do STF ao voltar a comentar a divulgação do vídeo da reunião ministerial de 22 de abril, determinada pelo decano da Corte, Celso de Mello. "Fizemos o possível para que só fosse exibido o que interessava ao inquérito, mas não fomos atendidos."

"Ouvir que um ministro meu [Abraham Weintraub] pode ser preso por até 20 anos...  eu peço que reflitam", disse, e enfatizou. "Pelo amor de Deus, eu peço que reflitam."
Na visão do presidente, a reunião era fechada, secreta e lá dentro todos poderiam falar o que quisessem. "A responsabilidade do que tornou-se público não é de nenhum ministro, é do Celso de Mello, ele divulgou. Eu peço pelo amor de Deus que não sigam com esse inquérito, a não ser se for pelo abuso de autoridade."
Bolsonaro disse se colocar à disposição para discutir o andamento dos processos relacionados ao governo federal com o ministro do STF, Edson Fachin, e com os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Davi Alcolumbre (DEM-AP), respectivamente.
Na abertura da suposta entrevista coletiva, que no entanto não teve espaço para perguntas da imprensa, ele reclamou de governadores e prefeitos que, de acordo com ele, estão ajudando a derrubar a economia com medidas extremas contra o coronavírus.
Afirmou que agora há uma terceira onda negativa possível com a pandemia. O vírus em si é a primeira, seguido pela recessão e, finalmente, um terceiro momento, o de caos social, comparável ao que vive a Venezuela. 

Críticas começaram antes

Durante a madrugada, o presidente já havia mostrado em suas redes sociais descontentamento com a operação determinada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes.

Bolsonaro também publicou em suas redes sociais um vídeo questionando o conceito de liberdade de expressão defendido por Moraes. E afirmou: "Estamos trabalhando para que se faça valer o direito à livre expressão em nosso país. Nenhuma violação desse princípio deve ser aceita passivamente!" R7

‘Provas’ no inquérito de Moraes são nulas, alega MP


São imprestáveis as eventuais provas recolhidas pela Polícia Federal na operação desta quarta (27) contra críticas, fake news e ameaças a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). A advertência é de Bruno Calabrich, procurador da República, cujo entendimento é compartilhado por colegas como Raquel Dodge, ex-procuradora-geral da República que, ainda no cargo, comparou o STF a um “tribunal de exceção”, próprio de regimes totalitários: a acusação é privativa do ministério público. Por Cládio Humberto

quarta-feira, 27 de maio de 2020

Consumo na pandemia tem redução de até 80%, diz presidente da Elo


A pandemia da Covid-19 está mudando o consumo em diversos setores da economia. O presidente da Elo, Eduardo Chedid, explicou, em entrevista ao Jornal da Manhã desta quarta-feira (27), que em comparação com o cenário pré-crise, a queda média de consumo chegou a 45% no início da pandemia.

Eduardo conta que a Elo, que possui 132 milhões de cartões sendo utilizados por consumidores no Brasil em cerca de 10 milhões de estabelecimentos, identificou em março uma queda média de 45% nas compras feitas por usuários do cartão. Em abril, o recuo diminui para 20%, chegando em maio à média atual de menos 15% no consumo, quando comparado ao volume de vendas antes da pandemia.
“Tem setores que performaram acima, como supermercados e farmácias. Alguns segmentos, como vestuário e postos de gasolina, estão performando a menos 45%. Já o turismo, estacionamentos, tiveram queda de 80% em relação a fase inicial. No geral estamos a menos 15% [de consumo].”
Ao analisar a diminuição no consumo por renda, Eduardo Chedid afirma que a empresa observa que, no geral, pessoas com rendas mais altas tiveram maior queda no consumo. Ele explica que o volume de compras feitas por consumidores de maior renda caiu 40%, enquanto as pessoas com rendas menores diminuíram cerca de 10% do consumo após o início da pandemia.
“As pessoas que já tem uma renda menor acabam concentrando suas compras em setores essenciais, esses foram os que menos sofreram [quedas nas vendas]. As pessoas de maior renda usam mais em restaurantes, viagens, em compras mais supérfluas”, diz o presidente. JP

Levantamento demonstra que os 14 estados governados por rivais de Bolsonaro têm 87% das mortes por Covid-19


A diferença da gravidade da doença nos 14 estados governados por rivais e algozes declarados do presidente da República com relação aos 13 estados governados por aliados (ou neutros) é gritante. Reveladora.
Os estados governados por opositores do presidente são os seguintes: São Paulo (João Doria, PSDB), Rio de Janeiro (Wilson Witzel, PSC), Espírito Santo (Renato Casagrande, PSB), Pernambuco (Paulo Câmara, PSB), Ceará (Camilo Santana, PT), Maranhão (Flávio Dino, PCdoB), Rio Grande do Norte (Fátima Bezerra, PT), Sergipe (Belivaldo Chagas Lima, PSD), Piauí (Wellington Dias, PT), Alagoas (Renan Filho, PMDB), Paraíba (João Azevedo, PSB), Bahia (Rui Costa, PT), Amapá (Waldez Góes, PDT) e Pará (Helder Barbalho, MDB).
Pois bem, esses 14 estados juntos, possuem 87% das mortes e 79% das infecções confirmadas pelo novo coronavírus.
Os estados sob comando de políticos contrários ao presidente somam, juntos 295.945 casos confirmados – no Brasil todo, são 374.898 ocorrências da covid-19. No caso das mortes, esses 14 estados contabilizam 20.370 mortes – no país, os óbitos pela doença atingiram a marca de 23.473. O levantamento considera dados acumulados até a noite de segunda-feira (25).
São Paulo, o estado mais populoso do país, é o epicentro da doença com 83.600 casos. O Rio de Janeiro é o segundo com 39,3 mil casos. E em terceiro aparece o Ceará, do petista Camilo Santana, com 36,1 mil casos.
Note-se que o Ceará é o oitavo estado do país em população, mas o terceiro em número de casos, bem próximo do Rio de Janeiro, o terceiro mais populoso e a frente de Minas Gerais, o segundo mais populoso.
Por outro lado, os outros 13 estados administrados por 'aliados' do presidente somam 78.953 casos – o equivalente a 21% do total. Quanto às mortes provocadas por covid-19, essas unidades da federação totalizam 3.103 óbitos – 13% dos registrados pelo Ministério da Saúde no país.
A incidência da doença, medida pelo número de casos a cada 100 mil habitantes, também é maior nos estados cuja gestão faz oposição a Bolsonaro.
A mortalidade, de acordo com os dados do Ministério da Saúde, atinge 13,7 pessoas a cada 100 mil pessoas nos estados sob a tutela de opositores de Bolsonaro. Entre aliados, esse número é de 7 mortes para cada 100 mil.
Os 13 estados cujos gestores são neutros ou aliados de Bolsonaro são: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Goiás, Mato Grosso, Distrito Federal, Rondônia, Acre, Roraima, Tocantins e Amazonas.

terça-feira, 26 de maio de 2020

Michel Temer se recusou a assinar medida provisória que o STF alterou

Burocratas ligados à área econômica do governo federal tentam já há algum tempo emplacar uma medida provisória que vire lei protegendo-os de punição por erros que tenha cometido no exercício de suas funções. Antes de convencer Jair Bolsonaro a assinar a MP 966, alterada nesta quinta (21) pelo Supremo Tribunal Federal (STF), esses burocratas, na maioria concursados, fizeram idêntica investida no governo anterior, mas o então presidente Michel Temer se recusou a endossar a “blindagem”. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
Essa flexibilização prevista na MP, barrada por Michel Temer em 2018 e assinada agora por Bolsonaro, objetiva dar mais segurança ao servidor.
Há grande temor de servidores em assinar qualquer coisa, nos governos: eles acham que o ministério público “vê erro até onde não tem.”
A assessoria de Michel Temer, que o aconselhou a brecar a MP dos burocratas, indica a solução para evitar processos: “andar na linha”.
Os burocratas que redigiram a MP, a rigor, não estão mal-intencionados. Mas o texto abre caminho para aqueles que se aproveitam de brechas. Por Cláudio Humberto

sexta-feira, 22 de maio de 2020

Palavras de quem deveria estar calado


O prezado leitor, se ainda não souber, adivinhe quem foi que teve a desfaçatez de pronunciar as palavras a seguir transcritas:
"Ainda bem que a natureza, contra a vontade da humanidade, criou este monstro chamado corona vírus. Porque esse monstro está permitindo que os cegos enxerguem, que os cegos comecem a enxergar que apenas o Estado é capaz de dar solução a determinadas crises. Essa crise do corona vírus somente o Estado é que pode resolver isso."
Ainda bem?
É difícil manter a elegância diante de tamanha demonstração de indignidade e burrice (desculpem!).
É indigno louvar o flagelo de uma pandemia. Quem diz "ainda bem" que veio esse vírus, só por achar que a peste chinesa pode enfiar na cabeça dos outros a sua ideologia, não tem (vejam a palavra da moda) empatia com quem sofreu numa UTI, com quem enterrou familiares, com milhões de novos desempregados, com empreendedores que perderam tudo.
E é muita burrice superdimensionar o papel do Estado - que é, sim, intransferível -, porque é a iniciativa privada que gera a economia, que produz riqueza, que permite ao Estado ter recursos na hora de socorrer os flagelados.
A burrice (desculpem de novo) está em dizer: "apenas o Estado é capaz de dar solução a determinadas crises."
O Estado tem, claro, um papel imprescindível. Mas o Estado será tão mais eficaz quanto mais forte for a economia, que, por sua vez, só será saudável se a iniciativa privada não for asfixiada pelo Estado. Não existe, pois, "apenas o Estado" na solução de crise alguma, senão o esforço de todos, com muitas ações pontificadas, sim, pelo Estado, mas sempre com a colaboração indispensável da iniciativa privada.
Note-se que ele não disse "sem o Estado não há solução", com o que se poderia concordar, mas que "apenas o Estado", e ninguém mais, "é capaz de dar solução" nalguns casos.
Não passa de propaganda de um corrupto e muito autoritário projeto de poder - que conhecemos bem.
Por fim, para ver com clareza o tipo de Estado que o tal fulano defende (e respectiva incapacidade para dar soluções) basta olhar para a infeliz Venezuela: é o mais bem acabado projeto do nefasto Foro de São Paulo, que Lula (ele mesmo!) criou junto com Fidel Castro e Hugo Cháves.
Sim, Lula, que foi sentenciado por crimes que arruinaram o Brasil e que ainda tem vários processos em marcha, Lula, que deveria estar cumprindo pena por condenações que não têm mais volta, está livre e tem mídia para pronunciar as palavras indignas e obscuras acima transcritas.
Quem tiver estômago que assista ao vídeo:

Renato Sant'Ana

Advogado e psicólogo. E-mail do autor: sentinela.rs@uol.com.br

Líder do centrão afirma que não haverá ‘toma lá, dá cá’ com o governo


O deputado Arthur Lira (AL), líder do PP e do “centrão”, confirma as conversações com o governo Bolsonaro, mas deixou claro que é “tudo feito às claras, sem subterfúgios, sem “é dando que se recebe” ou “toma lá, dá cá”. Segundo Arthur Lira, os cargos que envolvem a negociação já existiam e “eram ocupados na maioria dos casos por partidos que compõem ou já compuseram a base governista, como o próprio DEM”. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
Na avaliação de Arhur Lira, o entendimento com o governo Bolsonaro “faz parte do processo natural lícito, transparente.”
O deputado negou a fofoca de que o PP e o “centrão” pretenderiam indicar o líder do governo na Câmara ou no Senado.
Segundo Arthur Lira, a fofoca de indicação do líder foi inventada para atrapalhar o entendimento. “Isso foi plantado para fazer confusão”, disse.
O líder do PP e do “centrão” se diverte com o comportamento da imprensa. “Boa parte da mídia quer ver desgraça”, diz, sorrindo. Por Cláudio Humberto

quinta-feira, 21 de maio de 2020

Telemedicina: conheça as possibilidades de atendimento a distância


A norma do Conselho Federal de Medicina, conhecida como Resolução da Telemedicina, publicada no Diário Oficial da União no início deste ano e, logo depois, sustentada pela Portaria 467/2020 do Ministério da Saúde, surgiu com a finalidade de regulamentar e operacionalizar medidas de enfrentamento emergencial visando à saúde pública, tendo em vista evitar a propagação do novo coronavírus.
Em carta publicada em abril deste ano, a Associação Médica Brasileira (AMB) afirmou que “acredita que a incorporação de novas tecnologias à medicina é um caminho sem volta e que esse avanço pode ser muito positivo, desde que disciplinado por diretrizes responsáveis, com foco no fortalecimento da relação médico-paciente”.
Com a proporção de indivíduos contaminados no Brasil e em vários países pela covid-19, a telemedicina e teleconsulta ganharam holofotes e estão gerando debates, envolvendo a classe médica e suas entidades representativas, que discutem se as novas formas de relacionamento representam avanços necessários e inevitáveis para a medicina contemporânea, ou se configuram como perigosas e um retrocesso, com consequências para a relação médico-paciente.
“Em nosso país, na última década houve grande evolução da telemedicina que recebeu incentivo governamental, possibilitando a formação de núcleos de pesquisa em várias universidades. Seguramente, a telemedicina se tornará grande aliada do médico, disponibilizando recursos tecnológicos que permitirão ao profissional oferecer ao paciente um diagnóstico e uma terapêutica mais precisa e eficaz”, avalia o presidente da Sociedade Brasileira de Urologia, o médico Geraldo Faria, que assumiu o cargo no início do ano.
Resolução nº 2.227/18, do CFM, define a telemedicina como o exercício da medicina, mediado por tecnologias para fins de assistência, educação, pesquisa, prevenção de doenças, lesões e promoção da saúde. Também estabelece que ela pode ser síncrona (quando realizada em tempo real) ou assíncrona (atendimento off-line), indicando uma série de possibilidades de atendimento a distância, como a teleconsulta, o telediagnóstico, a telecirurgia, a teletriagem, a teleorientação, a teleconsultoria e o telemonitoramento.
Segundo o documento, a teleconsulta é a consulta médica remota, mediada por tecnologias, com médico e paciente localizados em diferentes espaços geográficos. A teleconsulta subentende, como premissa obrigatória, o prévio estabelecimento de uma relação presencial entre médico e paciente. Nos atendimentos por longo tempo ou de doenças crônicas, é recomendada consulta presencial em intervalos não superiores a 120 dias.
O telediagnóstico é a transmissão de gráficos, imagens e dados para emissão de laudo ou parecer por médico com Registro de Qualificação de Especialista na área relacionada ao procedimento. A telecirurgia é definida como a realização de procedimento cirúrgico remoto, mediado por tecnologias interativas seguras, com médico executor e equipamento robótico em espaços físicos distintos.
A norma estabelece ainda que o procedimento deve ser realizado em locais com infraestrutura adequada e que além do cirurgião remoto, um especialista local deve acompanhar o procedimento para realizar, se necessário, a manipulação instrumental.
Já a teletriagem médica é o ato realizado a distância por um médico, para avaliação dos sintomas e posterior direcionamento do paciente ao tipo adequado de assistência. A teleorientação é definida como o preenchimento a distância, pelo médico, de declaração de saúde para a contratação ou adesão a plano privado de assistência à saúde.
A teleconsultoria é o ato de consultoria mediada por tecnologia entre médicos e gestores, profissionais e trabalhadores da área da saúde, com a finalidade de esclarecer dúvidas sobre procedimentos, ações de saúde e questões relativas ao processo de trabalho.
O telemonitoramento, de acordo com a resolução, é a ação realizada sob orientação e supervisão médica para monitoramento a distância de parâmetros de saúde ou doença, por meio de aquisição direta de imagens, sinais e dados de equipamentos ou dispositivos agregados ou implantáveis no paciente.
Na avaliação do médico Geraldo Faria, entre todas essas modalidades mediadas pelas novas tecnologias, a mais polêmica é a teleconsulta, definida como a consulta médica remota, quando o médico e o paciente estão localizados em diferentes espaços geográficos.
Na opinião do urologista, a teleconsulta ainda é uma questão em debate. “Precisa ser analisada com temperança, pois não contempla aspectos fundamentais da relação médico-paciente, caracterizados pela presença física das partes, do olho noolho, do exame clínico e, principalmente, do apoio e conforto psicológico que, no momento da consulta, nós médicos podemos oferecer aos pacientes fragilizados e a seus familiares”.
Opinião semelhante tem o cirurgião oncológico Ademar Lopes do Hospital A.C. Camargo Cancer Center. Para ele, por mais desenvolvida que seja, nenhuma tecnologia conseguirá reproduzir essas ações. “A medicina virtual dificilmente conseguirá ser tão completa quanto a consulta presencial”.

História da telemedicina

A história da telemedicina é antiga, explica Geraldo Faria. “A invenção do estetoscópio eletrônico em 1910 remonta a um passado antigo, porém muito presente. Acoplado a amplificadores, receptores e repetidores, conseguia transmitir sinais por cerca de 50 milhas. A partir do século 19, com a criação do telégrafo e da telegrafia, o uso da medicina a distância aumentou de forma significativa, permitindo o envio de laudos radiográficos entre locais diferentes”.
No fim do século 19, a popularização da telefonia resultou na criação de redes de transferência de dados, facilitando a transmissão de sinais gráficos como eletrocardiogramas, permitindo o compartilhamento dos resultados entre vários profissionais. “Nos tempos contemporâneos, a telemedicina tem ajudado na assistência aos astronautas em órbita na estação espacial, por meio do envio de sinais como pressão arterial, ritmo respiratório, eletrocardiograma, temperatura corpórea entre outros”, afirmou o médico.
Esses sinais, enviados para os controles na Terra, são monitorados por médicos que podem, a partir das informações, adotar condutas clínicas. “E a telecirurgia que vem ganhando cada vez mais espaço, foi também incluída na Resolução do CFM e definida como procedimento feito por um robô, manipulado por um cirurgião a distância, desde que, ao lado do paciente, esteja um médico com a mesma habilitação do cirurgião remoto”, disse Faria.
As primeiras experiências com a telemedicina no Brasil começaram em 1994, com a transmissão a distância dos exames de eletrocardiograma. “Em 1995, o InCor criou o ECG-FAX, que disponibilizava a análise dos exames por médicos do instituto, enviados por fax por profissionais de outras cidades. Um ano depois, em 1996, a mesma instituição tornou possível o monitoramento de pacientes em domicílio, por meio do sistema denominado ECG-Home”, lembrou o especialista. 

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