quarta-feira, 9 de outubro de 2024

Deputados torram R$ 250 milhões e não se elegem; confira a coluna desta quarta (9)

Dos 73 deputados federais que resolveram testar as urnas e disputar uma prefeitura nas eleições municipais deste ano, apenas sete conseguiram se eleger como prefeito já no primeiro turno das eleições. Por trás do pífio desempenho das excelências há uma amarga fatura de R$ 256 milhões que foram torrados no pleito. Isso até agora, já que a conta deve subir com o avançar do segundo turno. Os deputados que vão trocar a Câmara por uma prefeitura gastaram R$ 6,3 milhões.

Mão no nosso bolso

Parte da turma ainda pode virar prefeito. São 15 os deputados no 2º turno. Essas campanhas têm custo milionário, claro: R$ 110,6 milhões.

Tanta grana por nada

As campanhas dos 49 que foram logo rejeitados pelo eleitor, sem direito a segundo turno, deixaram para trás a gastança de R$ 138,4 milhões.

Boulos gastador
O deputado que mais gastou foi Guilherme Boulos (Psol), que pelejou para avançar na disputa pela Prefeitura de São Paulo: R$ 46,1 milhões.

Nada a declarar
Por ora, a campanha mais “em conta” é de Gerlen Diniz (PP), sem gasto registrado no TSE. Foi eleito prefeito de Sena Madureira (AC).

Vitória da direita teve recorde de militares eleitos

Exatos 152 candidatos com patentes militares foram eleitos no primeiro turno de domingo (6), quando a direita brasileira aplicou uma “sova” de votos na esquerda, de acordo com levantamento da Nexus, empresa de pesquisas do grupo de comunicação FSB. É o recorde nos últimos 24 anos, com aumento de 13% em relação a 2020. Pelo PL foram eleitos 52 militares, 18 pelo Republicanos e 16 pelo MDB. O recorde anterior, nas eleições de 2020, registrou vitória de 134 militares, segundo o TSE.

Crescimento de 36%
Dados do Tribunal Superior Eleitoral citados pela Nexus mostram que 112 militares foram eleitos entre 2000 e 2024, crescimento de 36%. 

Participação crescente
Em 2000, disputaram 707 militares e em 2024 foram 1.204, aumento de 70%. No mesmo período, candidaturas em geral cresceram 14%.

Humilhação nas urnas
O PT de Lula liderou o vexame, apesar da estrutura do governo a seu serviço, elegendo apenas 248 (ou 4,5%) dos 5.471 prefeitos.

Edinho pagou mico
Uma das maiores humilhações do PT foi a derrota do ex-ministro Edinho Silva, prefeito de Araraquara e tido como futuro presidente do partido. O “garoto do presidente” não conseguiu eleger Eliana Honain sucessora. Pior: a petelhada perdeu para Dr. Lapena, do PL de Jair Bolsonaro.

Ditador go home
Avança na CCJ da Câmara, com voto favorável da relatora Julia Zanatta (PL-SC), projeto que criminaliza a entrada de ditadores da laia de Nicolás Maduro em território nacional. O projeto é de Carlos Jordy (PL-RJ).

Por: Cláudio Humberto 

0 Comments:

Postar um comentário

Pesquisar este blog