segunda-feira, 10 de março de 2025

PM de Pernambuco foi morto sem possibilidade de defesa pela ex-companheira, diz delegado

"Os disparos foram feitos sem a mínima possibilidade de defesa da vítima". É o que afirma o delegado de Polícia Civil de Petrolina, Gabriel Sapucaia, responsável pela investigação do assassinato do Policial Militar de Pernambuco, Lucas Emanoel Marinho, de 33 anos. Ele foi morto no domingo (10) em Petrolina, pela ex-companheira que é Policial Militar da Bahia.

A policial, identificada como Marleide, se apresentou ao Batalhão em Juazeiro, na Bahia, e depois na delegacia de Homicídios em Petrolina. Ela confessou o crime, e, durante o interrogatório, foi expedido um mandado de prisão. Ela encontra-se detida e dever passar por audiência de custódia nesta segunda-feira (10).

Foram analisadas imagens de câmeras de monitoramento e feita a observação do local do assassinato. A Polícia Civil não identificou indícios que qualifiquem o crime como legitima defesa, como alegou a autora nos depoimentos.

"A vítima estava com sua arma na cintura, em momento nenhum teria sacado essa arma, e ela, de acordo com as imagens, já sai da residência atirando e efetuando esses disparos", destacou Sapucaia.
A policial baiana deve responder por homicídio qualificado por motivo fútil e pela impossibilidade de defesa.

"Ela vai responder pelo homicídio em sua forma qualificada, tanto pelo motivo fútil, porque a princípio não foi caracterizado nenhuma desavença, nenhuma briga pretérita ou naquele momento, em que pese ela ter alegado que houve uma suposta discussão, uma suposta ameaça por parte dele. Mas essas informações não foram identificadas no momento em que foram realizadas a conduta delitiva. E ela também responderá na forma qualificada pela impossibilidade de defesa da vítima, já que ele foi alvejado dentro do veículo e na parte posterior do corpo, entre as costas e a cintura. Então, não teve qualquer tipo de possibilidade de defesa", esclareceu Sapucaia.

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