segunda-feira, 6 de abril de 2020

José de Abreu é réu em mais um processo e tem situação criminal bastante complicada (veja o vídeo)


A vida do ator José de Abreu virou uma rotina de se esconder de oficiais de justiça.
São inúmeros os processos movidos contra essa figura abjeta, especialista em macular a reputação de pessoas de bem, que não comungam com suas posições políticas.
O mais novo caso envolvendo José de Abreu é uma ação criminal onde a vítima por injúria, calúnia e difamação é o ator Carlos Vereza.
Numa discussão política no Twitter, José de Abreu, como sempre, perdeu a linha e partiu para agressões verbais que ensejaram as práticas criminosas.
Ocorre que, além desse processo-crime, o insano ator é alvo de uma série de outros processos movidos por outros artistas, personalidades e instituições.
Há quem diga que, cedo ou tarde, Zé de Abreu fatalmente vai amargar um xilindró.
Merecidamente...
Veja o vídeo:

Bolsonaro avisa que usará sem medo a caneta contra ministros que viraram estrelas


O presidente Jair Bolsonaro afirmou neste domingo (5) que algo subiu à cabeça de integrantes de seu governo, “viraram estrelas”, e que “a hora deles vai chegar”, avisando que não tem “medo de usar a caneta”.
“Algumas pessoas no meu governo algo subiu a cabeça deles”, disse o presidente a a um grupo de religiosos que se aglomerou diante do Palácio da Alvorada. “Eram pessoas normais, mas, de repente, viraram estrelas, falam pelos cotovelos, tem provocações. A hora deles não chegou ainda não. Vai chegar a hora deles. E a minha caneta funciona. Não tenho medo de usar a caneta, nem pavor. E ela vai ser usada para o bem do Brasil. Não é para o meu bem. Nada pessoal meu”, afirmou.
Na semana passada, o presidente observou, em tom de aviso prévio, que o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, “precisa ser mais humilde”.
Bolsonaro está claramente incomodado com o comportamento de Mandetta, que na sua avaliação tem aproveitado a crise do coronavírus para fazer política. Por Cláudio Humberto

domingo, 5 de abril de 2020

Covid-19: Twitter restringe post de Osmar Terra e ação gera polêmica



O Twitter aplicou sanção a uma publicação feita neste sábado (4) pelo deputado federal Osmar Terra na rede social, na qual o ex-ministro questiona o isolamento social como medida combativa ao novo coronavírus. 
Na mensagem em questão, Terra inicia o texto afirmando que a quarentena aumenta o número de casos da covid-19 — posição contrária às recomendações da OMS (Organização Mundial da Saúde).
Diferentemente de remoções aplicadas antes a publicações de outros políticos, desta vez a rede social manteve a publicação, mas limitou seu alcance e engajamento. O Twitter afirma que, embora considere que a mensagem viole suas regras, julga importante manter publicações de representantes públicos eleitos e governos "devido ao interesse público significativo de saber e poder discutir as ações e declarações deles."
A ação movimentou a rede social. Poucas horas após a sanção, Osmar Terra fez nova publicação e demonstrou incômodo com o ocorrido: "Há uma corrente catastrofista no Twitter que não aceita opinião diferente sobre a epidemia, chegando ao cúmulo de pedir ao controlador do TT (Twitter) que me bloqueie por divulgar “fakes”. Imagino que seja fácil provar confrontando os dados que apresento com os oficiais, porque (sic) não o fazem?"

A publicação passou de 1.000 respostas, a maioria entre apoiadores. "Obrigada por nos manter informados! Não desanime! Obrigada!", escreveu uma seguidora. "Ciencia não é questão de opinião", rebateu outro usuário.
Remoções do Twitter
Nas últimas duas semanas, políticos ligados a Jair Bolsonaro e o próprio presidente passaram por situações parecidas na rede social. Primeiro, foram tirados do ar dois tuítes do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e um do senador Flávio Bolsonaro, pois as postagens violaram as normas da rede social.
Dias depois, foi a vez do presidente: os posts eram vídeos de Jair Bolsonaro durante passeio pelo comércio em cidades do Distrito Federal. Também por violações às regras, as publicações foram excluídas.
Como o Twitter se posiciona
O Twitter escreveu uma nota sobre as regras a respeito de conteúdos que, na avaliação da rede social, vão contra informações de saúde pública. Confira:
"O Twitter anunciou recentemente em todo o mundo a expansão de suas regras para abranger conteúdos que forem eventualmente contra informações de saúde pública orientadas por fontes oficiais e possam colocar as pessoas em maior risco de transmitir Covid-19. Entre as medidas que podemos tomar em caso de violação a essas regras está a aplicação do aviso de interesse público nos casos em que líderes violam nossas diretrizes específicas para Covid-19. À medida que a pandemia evolui, queremos garantir que estamos usando nosso aviso para manter um registro público, oferecendo às pessoas mais contexto sobre o que seus líderes estão dizendo e garantindo que eles sejam capazes de se responsabilizar por seus comportamentos." R7







Constantino: A ‘Vaza Jato’ deu errado


A justiça rejeitou, por enquanto, denúncia contra o jornalista Glenn Greenwald, mas outras seis pessoas viram réus por causa de ataque hacker. O magistrado ressaltou a decisão do ministro Gilmar Mendes, do STF, que proibiu investigações contra o editor do The Intercept Brazil.
“Esse caso realmente deu errado para aqueles que achavam que iam usar a Vaza Jato para enfraquecer ou até derrubar o ministro Moro. Tudo muito esquisito desde o início. Não se sabe muito ao certo qual foi a participação do jornalista, ou militante de esquerda que atua como jornalista Glenn Greenwald. A decisão de Gilmar Mendes impediu que houvesse investigação a ele, apesar de indícios da participação de Glenn. Até onde vai a liberdade de imprensa e começa a cumplicidade no crime é que fica a grande reflexão. Mas, a Vaza Jato deu errado.” JP

A Linx tem o termômetro do varejo e seu CEO avisa: “queda nas vendas já chega a 50%”



Poucas empresas conseguem medir com precisão a temperatura do varejo como a Linx. Especializada em software de gestão, ela tem uma participação de mercado de 42% nesse setor, segundo dados da consultoria IDC.
Em 2019, foram transacionados R$ 300 bilhões através de seus sistemas. São mais de 50 mil clientes, em diversos segmentos da economia, de farmácias a postos de gasolinas, passando por restaurantes e operações de comércio eletrônico.
Por esse motivo, a companhia tem a capacidade de medir, em tempo real, o que está acontecendo no setor varejista. E os primeiros números foram ruins, mostrando que o impacto da pandemia do coronavírus nessa área não foi pequeno.
“Teve uma queda média nas vendas de 50%, considerando todos os setores em que a Linx atua”, afirmou Alberto Menache, CEO da Linx, em entrevista exclusiva ao NeoFeed. Os dados comparam os dias 30 e 31 de março aos mesmos dias da semana no início do mês de março.
Com um caixa líquido de R$ 560 milhões, Menache diz também que a Linx tem dinheiro para aguentar um ano sem ganhar um centavo. Mas observa que esse não deve ser o caso, pois 80% do faturamento da empresa é proveniente de receitas recorrentes. Em 2019, isso significou recursos de R$ 762 milhões à companhia.


O executivo não quis fazer previsões sobre o impacto ao negócio da Linx, que faturou R$ 788,1 milhões em 2019 e tem um valor de mercado de R$ 3,1 bilhões. Mas afirmou que até agora não notou nenhuma perda de clientes.
Menache ressaltou que a companhia, cuja origem é de 1985, passou por diversas crises e que, apesar das adversidades, conseguia crescer sua receita. “Esse ano eu não sei como vai ser.”
Nesta entrevista, Menache conta ainda como a Linx está reagindo ao coronavírus, aborda as medidas que foram tomadas para proteger os funcionários, como a operação está funcionando, os impactos no varejo e as medidas de restrição de circulação que fecharam diversos negócios.
“Sem medo de errar, essa é a pior crise que essa geração já passou. É a pior crise desde a Segunda Guerra Mundial”, declarou Menache. Acompanhe:
Como a Linx tem enfrentado essa crise?
Desde o princípio, priorizamos a segurança do nosso time. Fomos a primeira empresa relevante de capital aberto a comunicar formalmente que estávamos em home office. E nos surpreendemos com a capacidade e agilidade do nosso time para fazer frente a um cenário adverso como esse. Em termos práticos, nenhuma operação foi afetada. Com todos trabalhando de casa, acabamos tendo uma produtividade igual ou maior do que quando estávamos no escritório. Não tivemos nenhum indício de funcionários que tenham pegado a Covid-19 na Linx. Agora, existe a possibilidade de pessoas que pegaram, mas fora da Linx. São menos de 10 casos suspeitos na Linx inteira até o momento.
A primeira parte foi proteger os funcionários. E o que foi feito para a empresa manter a operação?
Por que primeiro os funcionários? Porque sem eles não tem operação. É a mesma coisa com relação a economia. Sem população, não tem economia. Com relação a operação, tomamos uma série de medidas. Em primeiro lugar, disponibilizamos equipamentos para todos aqueles colaboradores que não tinham equipamento em casa ou não utilizavam notebook. Criamos uma rede segura através de VPN para que todos pudessem acessar os nossos ambientes, sem risco de hackers e de segurança em geral. Organizamos reuniões diárias com todo o time de monitoramento, de performance e de acompanhamento. E criamos um plano de comunicação para dar suporte a funcionários, clientes e mercado. E, dentro dessa comunicação, passamos a mensagem, por um lado, de preocupação com o momento e para que todos se cuidem. Mas, ao mesmo tempo, de confiança, de que é algo que vai passar.
A crise está afetando o negócio da Linx?
A Linx começou suas operações em 1985. Era uma época muito dura, de hiperinflação. Depois ela passou pela crise de 1991, quando teve o Plano Collor. Depois veio a crise da Rússia, a bolha da internet, a crise de 2008, a crise de 2014 no Brasil, que mal terminou e já veio essa. A Linx tem caixa, neste momento, para aguentar mais de um ano de operação, mesmo que não tenha receita nenhuma.
“A Linx tem caixa, neste momento, para aguentar mais de um ano de operação, mesmo que não tenha receita nenhuma”
Você pode aguentar um ano sem faturar?
Se não tivermos mais receita, eu aguento mais de um ano. Obviamente que não é o caso, pois 80% da nossa receita está baseada em contratos de longo prazo. São receitas recorrentes pagas pelos clientes pelo uso dos nossos sistemas. Temos feito também um ajuste de custos. Porém, sem mexer, pelo menos neste primeiro momento e espero por um bom tempo, na nossa folha de pagamento.
Quais foram os ajustes de custos?
Fizemos renegociação de contratos de aluguel e de contratos de prestadores de serviço de forma geral. Temos conversado com nosso time em relação a benefícios. Congelamos a remuneração da alta gestão da companhia e dos diretores estatutários no mesmo nível do ano passado. Reduzimos a distribuição de dividendos. Postergamos a participação em quaisquer eventos. Suspendemos toda e qualquer viagem nacional e internacional. Foram várias medidas para a preservação de caixa.
Quanto isso significou de economia?
Não tenho um número fechado para passar.
A Linx está perdendo clientes?
Não tivemos ainda nenhuma mudança no nível de taxa de renovação (de clientes) visível ou relevante. O que observamos é que, se essa crise perdurar e se o comércio ficar fechado por longa data, aí sim podemos ter problemas. Principalmente naqueles setores que têm forte presença em shopping centers. Estamos falando de lojas de roupas e calçados. Por outro lado, vimos um movimento contrário. O movimento nas farmácias, nos primeiros dias da crise, cresceu muito. Chegamos a observar um aumento de quase 50% nas farmácias. Observamos também um aumento na venda de combustíveis. Obviamente que não perdurou. Temos vistos muitas oportunidades.
Por exemplo?
Compramos, no começo deste ano, uma empresa que faz software para delivery de restaurantes, para que eles tenham o seu próprio aplicativo (a Linx comprou, em fevereiro deste ano, a Neemo, por R$ 17,6 milhões). Teve um aumento da demanda de pelo menos cinco vezes com relação ao que era antes da crise. A Linx tem se posicionado buscando alternativas para ajudar o seu cliente. Posso falar também da plataforma de e-commerce. Anunciamos uma parceria com o Mercado Livre, para integrar a operação dos nossos clientes com o marketplace deles. Nessa parte digital, tem muita coisa acontecendo. Temos ajudado nossos clientes de farmácia, que é um setor que está muito pouco online ainda, a montarem suas plataformas porque o consumidor não quer entrar nas farmácias por achar que fica exposto.
A Linx tem muitos clientes no varejo. Alguns setores estão crescendo, como você comentou, e outros enfrentando problemas. Na média, como estão as vendas no varejo?
O último dado que eu verifiquei teve uma queda média nas vendas de 50%, considerando todos os setores em que a Linx atua.
Qual o período dessa queda?
São os últimos dias de março em relação a semana pré-crise. Estou comparando os dias 30 e 31 de março com relação aos mesmos dias da semana no início do mês de março. O volume transacionado anual da Linx é da ordem de R$ 300 bilhões. Isso é o que passa pelos nossos sistemas anualmente.
Com essa queda, qual foi o impacto ao negócio da Linx? Você cobra uma taxa em cima dessas transações?
É importante fazer um esclarecimento. A Linx tem 80% de receita recorrente. E desses 80% que são recorrentes, 95% é receita de subscrição. Os clientes pagam pelo nosso sistema. Tem um volume transacional muito baixo ainda. Ele está mais relacionado a alguma coisa do digital e de pagamentos.
Mas a divisão Linx Pay não tinha como modelo cobrar um percentual em cima das transações?
Ela tem um portfólio amplo de produtos. O principal é o TEF, um software que funciona nas lojas para fazer o roteamento das transações para os adquirentes de cartão. E ele opera no modelo de subscrição. O cliente paga uma mensalidade por CNPJ e não por loja operando. Não teve nenhum impacto nessa receita. Na parte de link de pagamento e QR Code, tem uma assinatura e um pequeno percentual que recebe na transação. Isso sim foi afetado. E toda a parte da Linx como subadquirente de cartão também foi afetada. Porém, o nosso maior volume vem de farmácias e postos.
A Linx já fez uma previsão para o mercado do impacto dessa crise no resultado da empresa?
A bem da verdade é que ninguém sabe quando a vida vai voltar ao normal e qual vai ser o novo normal. Simplesmente porque essa é uma doença que não tem cura. Talvez, as atividades voltem, mas o comerciante não vai poder lotar o estabelecimento. Não conseguimos ainda fechar uma projeção.
Tem a questão da confiança do consumidor. As lojas podem abrirem, mas será que vai ter consumidor para comprar?
Você toca bem nesse ponto. É inevitável que se tenha um desemprego crescente, por mais que o governo esteja tomando uma série de medidas. É inevitável que se tenha uma recessão, uma queda no PIB neste ano. E isso afeta de duas maneiras. Em primeiro lugar, afeta a renda, ou seja, tem mais gente com menos renda. E tem a questão da confiança também. Mesmo aquelas pessoas que têm dinheiro vão ficar receosas de gastar.
“A Linx cresceu em todos os anos de crise. Ela crescia menos, mas nunca deixou de crescer. Esse ano eu não sei como vai ser”
Você comentou sobre todas as crises pelas quais a Linx passou. Mas você já passou por uma crise como essa?
A Linx cresceu em todos os anos de crise. Ela crescia menos, mas nunca deixou de crescer. Esse ano eu não sei como vai ser. Respondendo a sua pergunta objetivamente: não, nunca passei por uma crise como essa. Ela é diferente de todas as demais. Na minha opinião, vivemos uma situação pior do que uma guerra em muitos sentidos. Porque, mesmo numa guerra, o comércio fecha um pedaço do dia e as pessoas ficam sem sair de casa uma hora ou outra. Mas, neste momento, temos um inimigo invisível. A gente não vê as bombas caindo. Sem medo de errar, essa é a pior crise que essa geração já passou. É a pior crise desde a Segunda Guerra Mundial.
Você tem alguma opinião sobre o que é melhor: a quarentena horizontal ou a vertical?
A minha opinião é que a vida humana não tem preço. E não podemos medir esforços para salvaguardar essas vidas. Existe também um problema habitacional muito grande. Tem de se tomar as medidas mais eficazes para proteger a população. Isso exige uma restrição de circulação bastante grande, pelo que tenho lido, pois não sou expert no assunto. O Brasil e o mundo devem seguir as recomendações da Organização Mundial de Saúde.
Você trabalha com alguma perspectiva de quando o comércio vai reabrir ou de quando a vida vai voltar ao normal?
Em primeiro lugar, grande parte do comércio continua aberto. Na minha opinião, as restrições que se colocaram no Brasil não são das mais severas, mesmo no estado de São Paulo. Há outros países que colocaram restrições muito, muito mais severas do que as nossas. Quando falamos naquele comércio não essencial, não tenho uma perspectiva clara. O que é público é que até o final de abril os shopping centers devem ficar fechados no Brasil em sua grande maioria. De novo, entre ficar fechado e ficar aberto sem ter cliente, é difícil dizer o que é melhor ou o que é menos ruim.
“Vivemos uma situação pior do que uma guerra em muitos sentidos”
Uma característica comum em praticamente toda entrevista que temos feito é a questão da imprevisibilidade. O cenário está todo nublado e ninguém consegue saber qual o melhor caminho a seguir. Não é isso que é angustiante, do ponto de vista econômico, dessa crise?
Nessa hora, tem de ter resiliência e tranquilidade. Na Linx, pela nossa cultura, temos isso de sobra. Não vi absolutamente ninguém do meu time perdendo o controle em nenhum sentido Só tenho visto bons exemplos. É um momento de serenidade e de cautela. Não tomar decisões precipitadas. Temos tomado muito cuidado na Linx para não gerar interrupção dos nossos serviços. Temos tomado muito cuidado para não destruir valor que construímos. Temos sido cautelosos. Temos cortado todos os gastos que não vão fazer diferença neste momento. Mas sem excessos.
 NeoFeed 

sábado, 4 de abril de 2020

Por causa do coronavírus, TCE-PE suspende dois concursos públicos no interior de Pernambuco


Os conselheiros substitutos Adriano Cisneiros e Marcos Nóbrega, do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE), expediram, de forma monocrática, duas medidas cautelares suspendendo a realização de concurso em público nas cidades de Custódia e Limoeiro.
As decisões foram baseadas na determinação do governador Paulo Câmara de proibir aglomerações a partir de 10 pessoas em meio à pandemia do novo coronavírus.

O conselheiro substituto Adriano Cisneiros determina a suspensão do concurso público promovido pela Câmara Municipal de Custódia para o preenchimento de 16 vagas, com data marcada para o dia 24 de maio.
No caso do município de Limoeiro, sob relatoria do conselheiro substituto Marcos Nóbrega, foi expedida nesta segunda-feira (30) uma outra medida cautelar também determinando a não realização do concurso público da Câmara Municipal para o preenchimento de 5 vagas, com data marcada para o dia 17 de maio.
Nas duas medidas cautelares, solicitadas pela Gerência de Admissão de Pessoal do Tribunal de Contas, os relatores destacaram a necessidade dos órgãos e entidades públicas adotarem medidas de enfrentamento na emergência de saúde pública no país, decorrente do coronavírus, e que a realização dos concursos, nesse momento, criaria despesas, contrariando a recomendação conjunta expedida pelo TCE e Ministério Público de Contas (MPCO) no dia 25 de março.
A recomendação é para que os Poderes Executivo, Judiciário e Legislativo, Ministério Público Estadual, Tribunal de Contas, prefeitos e presidentes de Câmaras de Vereadores evitem gastos com aquisições, obras e serviços e que redirecionem os recursos economizados ao enfrentamento do avanço da covid-19.
O documento orienta também para que sejam evitadas contratações de pessoal de qualquer natureza, salvo as necessárias, direta ou indiretamente, ao enfrentamento da situação emergencial. Blog do Jamildo

Governo vai lançar aplicativo para operacionalizar pagamento do coronavoucher


A partir da próxima terça-feira (7), dezenas de milhões de brasileiros poderão baixar um aplicativo lançado pela Caixa Econômica Federal que permitirá o cadastramento para receberem a renda básica emergencial, de R$ 600 ou de R$ 1,2 mil para mães solteiras. O banco também lançará uma página na internet e uma central de atendimento telefônico para a retirada de dúvidas e a realização do cadastro.
O próprio aplicativo avaliará se o trabalhador cumpre os cerca de dez requisitos exigidos pela lei para o recebimento da renda básica. O pagamento poderá ser feito em até 48 horas depois que a Caixa Econômica receber os dados dos beneficiários, mas o presidente do banco não se comprometeu em apresentar uma data específica. Quem não tem conta em bancos poderá retirar o benefício em casas lotéricas.
O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, anunciou que o banco lançará outro aplicativo, exclusivo para o pagamento da renda básica. O benefício será depositado em contas poupança digitais, autorizadas recentemente pelo Conselho Monetário Nacional, e poderá ser transferido para qualquer conta bancária sem custos. Segundo ele, o calendário de pagamentos será anunciado na próxima semana, depois de o banco conhecer o tamanho da população apta a receber a renda básica emergencial.
Segundo Guimarães, o decreto que regulamenta a lei que instituiu o benefício será finalizado hoje, mas ele não informou se o texto será publicado ainda nesta sexta-feira (3) ou no início da próxima semana. Na segunda-feira (6), a Caixa Econômica detalhará o funcionamento dos dois aplicativos.
O ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, informou que só precisarão se inscrever no aplicativo microempreendedores individuais (MEI), trabalhadores que contribuem com a Previdência Social como autônomos e trabalhadores informais que não estejam inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal. Caso o trabalhador esteja inscrito no cadastro único, o aplicativo avisará no momento em que ele digitar o número do Cadastro de Pessoas Físicas (CPF).
Os beneficiários do Programa Bolsa Família não precisarão baixar o aplicativo. Segundo Lorenzoni, eles já estão inscritos na base de dados e poderão, entre os dias 16 e 30, escolherem se receberão o Bolsa Família ou a renda básica emergencial, optando pelo valor mais vantajoso.
O ministro da Cidadania lembrou que o benefício de março do Bolsa Família terminou de ser pago no último dia 30. Para ele, o pagamento do novo benefício a essas famílias antes do dia 16 complicaria o trabalho do governo federal, que ainda está consolidando a base de dados, de separar os grupos de beneficiários.
“A lei cria uma série de regras. Temos de fazer filtragem da base de dados. O que acontece? A base já existe. O maior desafio está nas pessoas que não estão em base nenhuma, por isso criamos a solução via aplicativo, internet e central de telefones”, explicou o presidente da Caixa.
Ele lembrou que, no caso do saque imediato do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), um terço dos 60 milhões de pagamentos foi feito por aplicativo. Para Guimarães, o índice deve ser semelhante com o novo benefício emergencial. Por Cláudio Humberto

quinta-feira, 2 de abril de 2020

Sem bate-chapa, Odacy Amorim elogia vereadora Cristina Costa e anuncia pré-candidatura a prefeito de Petrolina


Em pronunciamento através das redes sociais, Odacy Amorim anunciou sua pré-candidatura a prefeito de Petrolina pelo PT, após cair por terra a ideia de bate chapa com a vereadora Cristina Costa.
“Vamos retomar nossos projetos, quero agradecer o gesto da vereadora Cristina Costa e a decisão no nosso diretório, queremos a reeleição dos nossos vereadores”, enfatizou Amorim. Por Edenevaldo Alves

“O eixo do consumo mudou completamente”, diz João Appolinário, CEO da Polishop


O fechamento abrupto de lojas e shoppings ao redor do Brasil criou dois problemas para o empresário João Appolinário, CEO e fundador da Polishop e uma das estrelas do programa Shark Tank Brasil.
O primeiro foi o de interromper as vendas do varejo físico, que representavam 78% do faturamento da empresa. O segundo foi o de ter de mudar boa parte de seu modelo de negócios.
A Polishop, com 278 lojas espalhadas pelo País, trabalha no melhor estilo omnichannel. Dentre os vários formatos, ela vende na internet e usa a loja como um ponto de distribuição.
Justamente por isso, 60% de seu estoque estava nos pontos de venda que foram fechados. Para conseguir atender seus clientes, ele teve de montar uma operação de guerra, retirar os produtos das lojas e voltá-los para o Centro de Distribuição da empresa.
Agora, trabalha para fortalecer outros canais de venda e preservar os empregos de seus 3,2 mil funcionários. Ao mesmo tempo, começa a exercer o seu otimismo e enxergar novos tempos para a Polishop depois dessa crise.

“O eixo do consumo daquilo que as pessoas valorizam mudou completamente”, diz Appolinário ao NeoFeed. E prossegue. “O hábito mudou, as pessoas estão valorizando produtos inovadores como os que vendemos.”
Na entrevista que segue, ele diz que vai adotar o home office em vários departamentos mesmo depois de a pandemia passar, fala sobre a operação, o que está fazendo para manter a empresa e o que espera do governo. Acompanhe:
Passadas essas duas semanas de shoppings fechados e lojas fechadas, qual é situação?
As lojas físicas até então representavam entre 73% e 78% do total das nossas vendas. E é onde nós temos a maior vertical de pessoas e o maior custo de aluguel.
São quantas lojas no total?
São 278 lojas. Mas é importante dizer que, dentro do nosso modelo, que é omnichannel, as nossas lojas são integradas com outros canais de venda. Ou seja, a pessoa compra pelo site e busca na loja, compra pelo site e recebe da loja mais próxima para ter uma entrega mais rápida. Os vendedores do porta em porta se abastecem com os produtos da loja. Os nossos canais não são independentes. Não tenho um e-commerce independente da minha loja, não tenho um porta em porta independente da loja. Usávamos as lojas para atender outros canais. Todo o processo de omnichannel é integrado. Na hora que tem o fechamento de lojas, você quebra a engrenagem.
Então o fechamento das lojas não prejudicou apenas as vendas do varejo físico, também mexeu com as vendas online…
Exatamente isso. O modelo omnichannel não previa fechar todas as lojas, ao mesmo tempo, da noite para o dia. Tenho, por exemplo, produtos que estão nos estoques das minhas lojas, mas que acabaram no nosso centro de distribuição.
Mas você não pode buscar esses produtos nas lojas?
Nas lojas mais próximas, estamos fazendo uma logística reversa. Mas é meio que uma operação de guerra. Você ir lá, desmontar uma loja, pegar todo o estoque e trazer de volta para o seu Centro de Distribuição já é um custo e uma operação bem complicada. Tem de fazer notas de devolução, negociar com os shoppings que estão trancados, que não te permitem entrar.
Vocês não podem entrar nos shoppings onde têm lojas e pegar os produtos?
Eles permitem, mas não é algo automático que você chega lá e entra. Você tem que pedir autorização e não é um processo simples. E cada shopping tem uma regra específica. Acho que houve uma falha porque deveria fechar o shopping para o público e não para os lojistas.
O que isso representaria?
As lojas poderiam mandar um representante e todas aquelas vendas feitas pelo aplicativo poderiam ser entregues pelas lojas. Poderiam virar lojas delivery. Os restaurantes não fizeram isso? As lojas poderiam ter feito também.
“Usávamos as lojas para atender outros canais. Todo o processo de omnichannel é integrado. Na hora que tem o fechamento de lojas, você quebra a engrenagem”
E produtos que estão em outros Estados, como trazer para o seu Centro de Distribuição?
Quando você manda um produto para outro Estado você tem que recolher o imposto antecipadamente. Ou seja, paguei o imposto para ir para aquele Estado e agora tenho de trazer ele de volta. Nesse momento de dificuldade de caixa, se eu vender, tenho de pagar o imposto novamente. Tem uma parte tributária a ser verificada e isso também significa custo. Essas engrenagens não foram discutidas com os setores para ver como seria feito o fechamento. Não foi tomado esse tipo de cuidado.
Quais outras dificuldades você tem encontrado?
Estamos tendo problemas de logística com os caminhões nas estradas. Estamos tendo muita dificuldade em trazer essas mercadorias de volta e na entrega do produto vendido pelo e-commerce. Estamos tendo de administrar produto a produto, caso a caso.
Quanto do seu estoque estava em loja?
Algo ao redor de 60%. Quando digo loja são produtos que já não estavam no meu Centro de Distribuição. Tem muita coisa em transportadora, em trânsito. Nessas duas últimas semanas tivemos de mudar toda a estrutura da empresa. Mas tem coisas boas.
Quais coisas boas?
Descobrimos que existem departamentos e situações que existem no nosso escritório que nunca mais teremos internamente no nosso espaço porque não precisa. Estão tendo performance tão boa ou melhor até do que se estivessem no próprio escritório.
Quais áreas?
Por exemplo, o nosso call center, que conta com cerca de 300 pessoas. Passamos ele para home office, as pessoas vão lá, se logam e hoje têm apresentado uma performance muito melhor trabalhando de casa. Imagina que muitos levavam duas horas de transporte para chegar no trabalho, ficavam no escritório por um turno de seis horas e levavam mais duas horas para chegar em casa. Ou seja, para trabalhar seis horas, ficavam quatro horas se locomovendo. O mundo está descobrindo oportunidades num momento de crise. A crise sempre traz benefícios, por mais que seja uma crise.
“A crise sempre traz benefícios, por mais que seja uma crise”
Então, passada a crise, eles começarão a trabalhar em casa?
Sim, vai permanecer o que está acontecendo hoje. O SAC também ficará em home office. E a empresa terá economia de vale transporte, os funcionários terão economia de tempo. Estamos estudando também para que a nossa agência interna de propaganda e criação faça o mesmo. Isso não é novidade, já sabíamos disso, mas não tínhamos vivido isso na prática. E está dando certo. São vários paradigmas que estão sendo quebrados. Aquela necessidade de ter todo mundo ali, os funcionários entrando e saindo, mudou.
O que mais essa crise trouxe de mudança para o seu negócio?
Olhando no médio e no longo prazos, acho que a Polishop será mais valorizada do que ela é hoje. Nossa preocupação sempre foi vender benefícios para as pessoas. As pessoas nem sempre valorizavam os produtos inovadores que tínhamos, achavam que eram inúteis ou supérfluos. Por quê? Porque no Brasil a gente tem uma mão-de-obra barata, tinham pessoas fazendo aquilo, as pessoas não tinham tempo para ver a cozinha, o piso. Agora, as pessoas estão preocupadas com isso, estão dando valor para esses produtos que têm benefício, como máquinas que higienizam com vapor, panelas elétricas, aspirador de pó que é um robô.
Você acha que isso vai ficar?
Acho que o eixo do consumo mudou completamente. As pessoas estão valorizando outras coisas. Você acha que as pessoas vão deixar de comprar álcool em gel quando essa pandemia passar? Provavelmente não. As pessoas mudaram seus hábitos. É a mesma coisa com os equipamentos de ginástica que passamos a vender bastante agora nessa crise, as pessoas estão fazendo exercício em casa. Não vejo, no dia seguinte ao fim dessa crise do coronavírus, todo mundo indo nas academias. Ali você tem contato com o suor dos outros, tocando em todos os aparelhos, respirando no mesmo lugar, e você começou a dar valor para a sua saúde de uma forma diferente do que você dava antes.
Essa crise é ruim, mas você está conseguindo enxergar oportunidade…
O que eu vejo é que está tendo uma aceleração na percepção de valor da inovação. A indústria investe milhões por ano em inovação e, muitas vezes, essa inovação não é valorizada no dia seguinte. As pessoas estão entendendo mais aquela inovação e o benefício que traz para elas.
“Está tendo uma aceleração na percepção de valor da inovação”
As vendas do e-commerce estão conseguindo suprir as vendas do varejo físico?
No Brasil, as vendas online representam entre 4% e 5% das vendas do varejo. No nosso caso, estamos tendo crescimento grande no online e no call center. Antes, as vendas fora dos estabelecimentos físicos representavam 22% e agora já representam 32%. Mas o varejo físico, as lojas, são muito importantes, são quase 300 lojas.
Aliás, qual foi a política adotada com os funcionários das lojas?
Pagamos banco de horas, colocamos outros em férias e a minha prioridade é manter as pessoas. Até onde der, evidente que isso não é infinito, quero preservar os empregos. Até agora não tomamos nenhuma decisão de corte. Ainda. Porque também temos limite e temos de preservar o nosso caixa hoje para poder pagar os salários das pessoas amanhã. Não temos claro se vai ter uma ajuda do governo em relação a isso, mas tenho na minha cabeça que não posso deixar as pessoas sem comer. E, localmente, cada loja tem seu Instagram, mantendo contato com os seus clientes, fazendo um trabalho virtual com os públicos que eles atendem.
Você tem caixa para aguentar quanto tempo?
O varejo trabalha da mesma forma: não pode parar de vender. Estou priorizando o meu caixa com as pessoas, pequenos fornecedores. Por enquanto foram duas semanas, estamos entrando no mês de abril e temos um comitê de crise para avaliar. Nossas resoluções são diárias. Falo internamente que temos que pensar no curto, médio e longo prazos. Mas as nossas ações têm de ser diárias. Todo dia nos reunimos as 14h, cinco pessoas apenas, e saímos de lá com os deveres de casa do que faremos no dia seguinte.
“Agora está cheio de palpiteiros e todos viraram ‘especialistas’ em vírus e bactérias”
Como você está enxergando a atuação do governo nesse processo?
Estou procurando hoje manter o meu negócio sustentável porque ali tenho, direta e indiretamente, uma grande quantidade de vidas que dependem dele. A nossa decisão interna é ‘temos que olhar o dia a dia o que está acontecendo de fato, não o que estão falando’. Não quero saber o que estão falando, só aquilo que virou norma. Já falaram que tem dinheiro, um monte de coisa. Mas não é nisso que estou me baseando, apenas no que é concreto. Por isso, nossas medidas e decisões estão acontecendo diariamente.
E as medidas do governo têm sido concretas?
Por enquanto, na ponta, chegou muito pouco. As medidas foram tomadas, mas acho que o governo vai operacionalizar essas medidas.
Sob o ponto de vista de postura dos governos, faz o lockdown ou não faz? É uma gripezinha ou não é?
Eu procuro me colocar da seguinte forma: na minha empresa, eu tenho especialistas. Tenho o diretor financeiro, o diretor comercial, o diretor de RH, o diretor jurídico. Então, por mais que eu seja o coordenador disso tudo como CEO, eu escuto o que esses especialistas falam. Os governadores, estão cada um deles, escutando os seus especialistas na área de saúde. Não quero tirar conclusões minhas sobre isso. Agora está cheio de palpiteiros e todos viraram “especialistas” em vírus e bactérias, já tenho problema para resolver. Vamos seguir o que cada Estado disser o que temos de fazer.
Falando em especialista, o ministro da Saúde (Luiz Henrique Mandetta) é um especialista e o presidente não segue as recomendações dele. Saiu às ruas, no fim de semana passado, em Brasília…
O especialista vê o problema só médico e também tem o problema econômico. É uma situação muito complicada, não condeno e nem aplaudo. Já está faltando alimento na boca do povo. Quando o presidente saiu, ele foi perguntar para o povo sobre o que estava acontecendo.
Mas não dá para minimizar os efeitos da doença, dizer que é uma gripezinha…
Não, de jeito nenhum. Não acho que seja e as pessoas não têm como saber. Para muitas pessoas, de fato, é um resfriadinho. Mas para outras pessoas é letal, isso já está sendo comprovado. Se você pegar uma pessoa que mexe com estatística, ela vai dizer que a fome mata mais do que o vírus. Mas não é por causa disso que vai deixar o vírus entrar. Como eu já tenho decisões muito difíceis para tomar, para as pessoas que estão do meu lado e para quem depende diretamente do negócio Polishop, estou me limitando a cuidar desse assunto. Não estou entrando no outro assunto, não vai resolver ficar tendo histerismo de um lado ou do outro. Temos de acreditar nos nossos governantes e lá na frente veremos o que vai acontecer.
Como você definiria a situação que estamos vivendo?
É uma coisa jamais imaginável.
Conteúdo - NeoFeed 

quarta-feira, 1 de abril de 2020

Proposta permitirá suspensão de dívidas de estados contraídas em 2020


O Projeto de Lei nº 149, conhecido como Plano Mansueto e que trará medidas de auxílio fiscal a estados e municípios, vai permitir, após a pandemia do coronavírius, a suspensão do pagamento de dívidas internas e externas adquiridas com o sistema financeiro em 2020. A medida foi incluída no texto após a aprovação, por parte do Congresso Nacional, do estado de calamidade pública por conta dos impactos da doença no país. 
CNN teve acesso ao novo relatório do deputado Pedro Paulo (DEM-RJ) que deve ser votado nos próximos dias. O parlamentar mudou o texto após a pandemia. Segundo o relatório, "no exercício de 2020, os estados, o Distrito Federal e os municípios poderão realizar aditamento (acréscimo) contratual (firmados no exercício corrente) que suspenda os pagamentos do principal e encargos de operações de crédito interno e externo celebradas com o sistema financeiro e instituições multilaterais de crédito". Ou seja, devido ao coronavírus, cidades e estados poderão acrescentar ao contrato de empréstimo, firmado em 2020, a suspensão do pagamento do valor principal da dívida e dos encargos da mesma. 
A inclusão das suspensões por parte dos entes federativos será realizada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Caixa Econômica Federal, incorporando os pagamentos suspensos no período aos saldos devedores. Assim, o montante que não for pago no período de vigência da calamidade será somado em futuras parcelas. 
Ainda segundo a proposta, para as operações a serem garantidas pela União, não será necessário alteração dos contratos vigentes. Caso, no exercício financeiro de 2020, a União efetue o pagamento das obrigações como garantidora, ela executará a contragarantia constante dos respectivos contratos com os encargos de normalidade em 36 meses, contados a partir de janeiro de 2021, não sendo considerada operação de crédito.
Outras medidas 
O texto também prevê que estados possam ficar até dez anos no Regime de Recuperação Fiscal (RRF), que garante aos entes federativos que se encontram em estado de crise fiscal um alívio no pagamento da dívida com a União. Até então, o prazo limite era de três anos, podendo ser prorrogado por seis anos. “Foi incluído sim um pacote de ajuda aos estados. São medidas de médio e longo prazo importantes para esse momento que estamos passando devido ao coronavírus”, afirmou o relator Pedro Paulo. 
Também ficam facilitadas as regras de acesso ao regime para novos estados. Atualmente, além de comprometer pelo menos 70% da receita com despesas com pessoal, os entes precisam ter receita corrente líquida menor que a dívida consolidada e ter obrigações contraídas em valor superior à disponibilidade de caixa. Agora, segundo o Plano Mansueto, os gastos com pessoal podem ser de 60%.
A União poderá suspender, temporariamente, as dívidas de estados enquanto os mesmos elaboram os seus planos de recuperação. Tal suspensão pode ser de seis meses, podendo ser prorrogada por mais seis. Além disso, os entes subnacionais poderão refinanciar os valores suspensos durante o período do regime de recuperação fiscal. CNN Brasil

‘Isolamento é necessário, assim como fazer propostas de retomada’, diz presidente da CNI


Para tentar salvar a economia diante da pandemia do novo coronavírus, o governo deve financiar micro, pequenas e médias empresas. É essa a avaliação do presidente da Confederação Nacional da Indústria, Robson Andrade.

Em entrevista ao Jornal da Manhã, Andrade disse que isso precisa acontecer “mesmo que seja com taxas baixas e prazos alongados”. “Do ponto de vista do Brasil, a União e os estados vão gastar o que não tem. A União tem um pouco mais de recursos, mas são reservas importantes que, se gastar, vão fazer falta lá na frente. Mas não tem outro jeito, precisamos preservar a vida das pessoas e isso é o mais importante.”
De acordo com Robson, hoje, com as quarentenas, o Brasil tem aproximadamente 70% das indústrias paralisadas. “O que nós pedimos é que os governadores e o presidente da República tenham uma mesma comunicação. Hoje tem uma certa desorientação. Esse isolamento agora é muito necessário, mas também é muito necessário que a União e os ministros já comecem a fazer propostas de retomadas, nem que sejam graduais.” JP

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