sábado, 4 de abril de 2020

Governo vai lançar aplicativo para operacionalizar pagamento do coronavoucher


A partir da próxima terça-feira (7), dezenas de milhões de brasileiros poderão baixar um aplicativo lançado pela Caixa Econômica Federal que permitirá o cadastramento para receberem a renda básica emergencial, de R$ 600 ou de R$ 1,2 mil para mães solteiras. O banco também lançará uma página na internet e uma central de atendimento telefônico para a retirada de dúvidas e a realização do cadastro.
O próprio aplicativo avaliará se o trabalhador cumpre os cerca de dez requisitos exigidos pela lei para o recebimento da renda básica. O pagamento poderá ser feito em até 48 horas depois que a Caixa Econômica receber os dados dos beneficiários, mas o presidente do banco não se comprometeu em apresentar uma data específica. Quem não tem conta em bancos poderá retirar o benefício em casas lotéricas.
O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, anunciou que o banco lançará outro aplicativo, exclusivo para o pagamento da renda básica. O benefício será depositado em contas poupança digitais, autorizadas recentemente pelo Conselho Monetário Nacional, e poderá ser transferido para qualquer conta bancária sem custos. Segundo ele, o calendário de pagamentos será anunciado na próxima semana, depois de o banco conhecer o tamanho da população apta a receber a renda básica emergencial.
Segundo Guimarães, o decreto que regulamenta a lei que instituiu o benefício será finalizado hoje, mas ele não informou se o texto será publicado ainda nesta sexta-feira (3) ou no início da próxima semana. Na segunda-feira (6), a Caixa Econômica detalhará o funcionamento dos dois aplicativos.
O ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, informou que só precisarão se inscrever no aplicativo microempreendedores individuais (MEI), trabalhadores que contribuem com a Previdência Social como autônomos e trabalhadores informais que não estejam inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal. Caso o trabalhador esteja inscrito no cadastro único, o aplicativo avisará no momento em que ele digitar o número do Cadastro de Pessoas Físicas (CPF).
Os beneficiários do Programa Bolsa Família não precisarão baixar o aplicativo. Segundo Lorenzoni, eles já estão inscritos na base de dados e poderão, entre os dias 16 e 30, escolherem se receberão o Bolsa Família ou a renda básica emergencial, optando pelo valor mais vantajoso.
O ministro da Cidadania lembrou que o benefício de março do Bolsa Família terminou de ser pago no último dia 30. Para ele, o pagamento do novo benefício a essas famílias antes do dia 16 complicaria o trabalho do governo federal, que ainda está consolidando a base de dados, de separar os grupos de beneficiários.
“A lei cria uma série de regras. Temos de fazer filtragem da base de dados. O que acontece? A base já existe. O maior desafio está nas pessoas que não estão em base nenhuma, por isso criamos a solução via aplicativo, internet e central de telefones”, explicou o presidente da Caixa.
Ele lembrou que, no caso do saque imediato do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), um terço dos 60 milhões de pagamentos foi feito por aplicativo. Para Guimarães, o índice deve ser semelhante com o novo benefício emergencial. Por Cláudio Humberto

quinta-feira, 2 de abril de 2020

Sem bate-chapa, Odacy Amorim elogia vereadora Cristina Costa e anuncia pré-candidatura a prefeito de Petrolina


Em pronunciamento através das redes sociais, Odacy Amorim anunciou sua pré-candidatura a prefeito de Petrolina pelo PT, após cair por terra a ideia de bate chapa com a vereadora Cristina Costa.
“Vamos retomar nossos projetos, quero agradecer o gesto da vereadora Cristina Costa e a decisão no nosso diretório, queremos a reeleição dos nossos vereadores”, enfatizou Amorim. Por Edenevaldo Alves

“O eixo do consumo mudou completamente”, diz João Appolinário, CEO da Polishop


O fechamento abrupto de lojas e shoppings ao redor do Brasil criou dois problemas para o empresário João Appolinário, CEO e fundador da Polishop e uma das estrelas do programa Shark Tank Brasil.
O primeiro foi o de interromper as vendas do varejo físico, que representavam 78% do faturamento da empresa. O segundo foi o de ter de mudar boa parte de seu modelo de negócios.
A Polishop, com 278 lojas espalhadas pelo País, trabalha no melhor estilo omnichannel. Dentre os vários formatos, ela vende na internet e usa a loja como um ponto de distribuição.
Justamente por isso, 60% de seu estoque estava nos pontos de venda que foram fechados. Para conseguir atender seus clientes, ele teve de montar uma operação de guerra, retirar os produtos das lojas e voltá-los para o Centro de Distribuição da empresa.
Agora, trabalha para fortalecer outros canais de venda e preservar os empregos de seus 3,2 mil funcionários. Ao mesmo tempo, começa a exercer o seu otimismo e enxergar novos tempos para a Polishop depois dessa crise.

“O eixo do consumo daquilo que as pessoas valorizam mudou completamente”, diz Appolinário ao NeoFeed. E prossegue. “O hábito mudou, as pessoas estão valorizando produtos inovadores como os que vendemos.”
Na entrevista que segue, ele diz que vai adotar o home office em vários departamentos mesmo depois de a pandemia passar, fala sobre a operação, o que está fazendo para manter a empresa e o que espera do governo. Acompanhe:
Passadas essas duas semanas de shoppings fechados e lojas fechadas, qual é situação?
As lojas físicas até então representavam entre 73% e 78% do total das nossas vendas. E é onde nós temos a maior vertical de pessoas e o maior custo de aluguel.
São quantas lojas no total?
São 278 lojas. Mas é importante dizer que, dentro do nosso modelo, que é omnichannel, as nossas lojas são integradas com outros canais de venda. Ou seja, a pessoa compra pelo site e busca na loja, compra pelo site e recebe da loja mais próxima para ter uma entrega mais rápida. Os vendedores do porta em porta se abastecem com os produtos da loja. Os nossos canais não são independentes. Não tenho um e-commerce independente da minha loja, não tenho um porta em porta independente da loja. Usávamos as lojas para atender outros canais. Todo o processo de omnichannel é integrado. Na hora que tem o fechamento de lojas, você quebra a engrenagem.
Então o fechamento das lojas não prejudicou apenas as vendas do varejo físico, também mexeu com as vendas online…
Exatamente isso. O modelo omnichannel não previa fechar todas as lojas, ao mesmo tempo, da noite para o dia. Tenho, por exemplo, produtos que estão nos estoques das minhas lojas, mas que acabaram no nosso centro de distribuição.
Mas você não pode buscar esses produtos nas lojas?
Nas lojas mais próximas, estamos fazendo uma logística reversa. Mas é meio que uma operação de guerra. Você ir lá, desmontar uma loja, pegar todo o estoque e trazer de volta para o seu Centro de Distribuição já é um custo e uma operação bem complicada. Tem de fazer notas de devolução, negociar com os shoppings que estão trancados, que não te permitem entrar.
Vocês não podem entrar nos shoppings onde têm lojas e pegar os produtos?
Eles permitem, mas não é algo automático que você chega lá e entra. Você tem que pedir autorização e não é um processo simples. E cada shopping tem uma regra específica. Acho que houve uma falha porque deveria fechar o shopping para o público e não para os lojistas.
O que isso representaria?
As lojas poderiam mandar um representante e todas aquelas vendas feitas pelo aplicativo poderiam ser entregues pelas lojas. Poderiam virar lojas delivery. Os restaurantes não fizeram isso? As lojas poderiam ter feito também.
“Usávamos as lojas para atender outros canais. Todo o processo de omnichannel é integrado. Na hora que tem o fechamento de lojas, você quebra a engrenagem”
E produtos que estão em outros Estados, como trazer para o seu Centro de Distribuição?
Quando você manda um produto para outro Estado você tem que recolher o imposto antecipadamente. Ou seja, paguei o imposto para ir para aquele Estado e agora tenho de trazer ele de volta. Nesse momento de dificuldade de caixa, se eu vender, tenho de pagar o imposto novamente. Tem uma parte tributária a ser verificada e isso também significa custo. Essas engrenagens não foram discutidas com os setores para ver como seria feito o fechamento. Não foi tomado esse tipo de cuidado.
Quais outras dificuldades você tem encontrado?
Estamos tendo problemas de logística com os caminhões nas estradas. Estamos tendo muita dificuldade em trazer essas mercadorias de volta e na entrega do produto vendido pelo e-commerce. Estamos tendo de administrar produto a produto, caso a caso.
Quanto do seu estoque estava em loja?
Algo ao redor de 60%. Quando digo loja são produtos que já não estavam no meu Centro de Distribuição. Tem muita coisa em transportadora, em trânsito. Nessas duas últimas semanas tivemos de mudar toda a estrutura da empresa. Mas tem coisas boas.
Quais coisas boas?
Descobrimos que existem departamentos e situações que existem no nosso escritório que nunca mais teremos internamente no nosso espaço porque não precisa. Estão tendo performance tão boa ou melhor até do que se estivessem no próprio escritório.
Quais áreas?
Por exemplo, o nosso call center, que conta com cerca de 300 pessoas. Passamos ele para home office, as pessoas vão lá, se logam e hoje têm apresentado uma performance muito melhor trabalhando de casa. Imagina que muitos levavam duas horas de transporte para chegar no trabalho, ficavam no escritório por um turno de seis horas e levavam mais duas horas para chegar em casa. Ou seja, para trabalhar seis horas, ficavam quatro horas se locomovendo. O mundo está descobrindo oportunidades num momento de crise. A crise sempre traz benefícios, por mais que seja uma crise.
“A crise sempre traz benefícios, por mais que seja uma crise”
Então, passada a crise, eles começarão a trabalhar em casa?
Sim, vai permanecer o que está acontecendo hoje. O SAC também ficará em home office. E a empresa terá economia de vale transporte, os funcionários terão economia de tempo. Estamos estudando também para que a nossa agência interna de propaganda e criação faça o mesmo. Isso não é novidade, já sabíamos disso, mas não tínhamos vivido isso na prática. E está dando certo. São vários paradigmas que estão sendo quebrados. Aquela necessidade de ter todo mundo ali, os funcionários entrando e saindo, mudou.
O que mais essa crise trouxe de mudança para o seu negócio?
Olhando no médio e no longo prazos, acho que a Polishop será mais valorizada do que ela é hoje. Nossa preocupação sempre foi vender benefícios para as pessoas. As pessoas nem sempre valorizavam os produtos inovadores que tínhamos, achavam que eram inúteis ou supérfluos. Por quê? Porque no Brasil a gente tem uma mão-de-obra barata, tinham pessoas fazendo aquilo, as pessoas não tinham tempo para ver a cozinha, o piso. Agora, as pessoas estão preocupadas com isso, estão dando valor para esses produtos que têm benefício, como máquinas que higienizam com vapor, panelas elétricas, aspirador de pó que é um robô.
Você acha que isso vai ficar?
Acho que o eixo do consumo mudou completamente. As pessoas estão valorizando outras coisas. Você acha que as pessoas vão deixar de comprar álcool em gel quando essa pandemia passar? Provavelmente não. As pessoas mudaram seus hábitos. É a mesma coisa com os equipamentos de ginástica que passamos a vender bastante agora nessa crise, as pessoas estão fazendo exercício em casa. Não vejo, no dia seguinte ao fim dessa crise do coronavírus, todo mundo indo nas academias. Ali você tem contato com o suor dos outros, tocando em todos os aparelhos, respirando no mesmo lugar, e você começou a dar valor para a sua saúde de uma forma diferente do que você dava antes.
Essa crise é ruim, mas você está conseguindo enxergar oportunidade…
O que eu vejo é que está tendo uma aceleração na percepção de valor da inovação. A indústria investe milhões por ano em inovação e, muitas vezes, essa inovação não é valorizada no dia seguinte. As pessoas estão entendendo mais aquela inovação e o benefício que traz para elas.
“Está tendo uma aceleração na percepção de valor da inovação”
As vendas do e-commerce estão conseguindo suprir as vendas do varejo físico?
No Brasil, as vendas online representam entre 4% e 5% das vendas do varejo. No nosso caso, estamos tendo crescimento grande no online e no call center. Antes, as vendas fora dos estabelecimentos físicos representavam 22% e agora já representam 32%. Mas o varejo físico, as lojas, são muito importantes, são quase 300 lojas.
Aliás, qual foi a política adotada com os funcionários das lojas?
Pagamos banco de horas, colocamos outros em férias e a minha prioridade é manter as pessoas. Até onde der, evidente que isso não é infinito, quero preservar os empregos. Até agora não tomamos nenhuma decisão de corte. Ainda. Porque também temos limite e temos de preservar o nosso caixa hoje para poder pagar os salários das pessoas amanhã. Não temos claro se vai ter uma ajuda do governo em relação a isso, mas tenho na minha cabeça que não posso deixar as pessoas sem comer. E, localmente, cada loja tem seu Instagram, mantendo contato com os seus clientes, fazendo um trabalho virtual com os públicos que eles atendem.
Você tem caixa para aguentar quanto tempo?
O varejo trabalha da mesma forma: não pode parar de vender. Estou priorizando o meu caixa com as pessoas, pequenos fornecedores. Por enquanto foram duas semanas, estamos entrando no mês de abril e temos um comitê de crise para avaliar. Nossas resoluções são diárias. Falo internamente que temos que pensar no curto, médio e longo prazos. Mas as nossas ações têm de ser diárias. Todo dia nos reunimos as 14h, cinco pessoas apenas, e saímos de lá com os deveres de casa do que faremos no dia seguinte.
“Agora está cheio de palpiteiros e todos viraram ‘especialistas’ em vírus e bactérias”
Como você está enxergando a atuação do governo nesse processo?
Estou procurando hoje manter o meu negócio sustentável porque ali tenho, direta e indiretamente, uma grande quantidade de vidas que dependem dele. A nossa decisão interna é ‘temos que olhar o dia a dia o que está acontecendo de fato, não o que estão falando’. Não quero saber o que estão falando, só aquilo que virou norma. Já falaram que tem dinheiro, um monte de coisa. Mas não é nisso que estou me baseando, apenas no que é concreto. Por isso, nossas medidas e decisões estão acontecendo diariamente.
E as medidas do governo têm sido concretas?
Por enquanto, na ponta, chegou muito pouco. As medidas foram tomadas, mas acho que o governo vai operacionalizar essas medidas.
Sob o ponto de vista de postura dos governos, faz o lockdown ou não faz? É uma gripezinha ou não é?
Eu procuro me colocar da seguinte forma: na minha empresa, eu tenho especialistas. Tenho o diretor financeiro, o diretor comercial, o diretor de RH, o diretor jurídico. Então, por mais que eu seja o coordenador disso tudo como CEO, eu escuto o que esses especialistas falam. Os governadores, estão cada um deles, escutando os seus especialistas na área de saúde. Não quero tirar conclusões minhas sobre isso. Agora está cheio de palpiteiros e todos viraram “especialistas” em vírus e bactérias, já tenho problema para resolver. Vamos seguir o que cada Estado disser o que temos de fazer.
Falando em especialista, o ministro da Saúde (Luiz Henrique Mandetta) é um especialista e o presidente não segue as recomendações dele. Saiu às ruas, no fim de semana passado, em Brasília…
O especialista vê o problema só médico e também tem o problema econômico. É uma situação muito complicada, não condeno e nem aplaudo. Já está faltando alimento na boca do povo. Quando o presidente saiu, ele foi perguntar para o povo sobre o que estava acontecendo.
Mas não dá para minimizar os efeitos da doença, dizer que é uma gripezinha…
Não, de jeito nenhum. Não acho que seja e as pessoas não têm como saber. Para muitas pessoas, de fato, é um resfriadinho. Mas para outras pessoas é letal, isso já está sendo comprovado. Se você pegar uma pessoa que mexe com estatística, ela vai dizer que a fome mata mais do que o vírus. Mas não é por causa disso que vai deixar o vírus entrar. Como eu já tenho decisões muito difíceis para tomar, para as pessoas que estão do meu lado e para quem depende diretamente do negócio Polishop, estou me limitando a cuidar desse assunto. Não estou entrando no outro assunto, não vai resolver ficar tendo histerismo de um lado ou do outro. Temos de acreditar nos nossos governantes e lá na frente veremos o que vai acontecer.
Como você definiria a situação que estamos vivendo?
É uma coisa jamais imaginável.
Conteúdo - NeoFeed 

quarta-feira, 1 de abril de 2020

Proposta permitirá suspensão de dívidas de estados contraídas em 2020


O Projeto de Lei nº 149, conhecido como Plano Mansueto e que trará medidas de auxílio fiscal a estados e municípios, vai permitir, após a pandemia do coronavírius, a suspensão do pagamento de dívidas internas e externas adquiridas com o sistema financeiro em 2020. A medida foi incluída no texto após a aprovação, por parte do Congresso Nacional, do estado de calamidade pública por conta dos impactos da doença no país. 
CNN teve acesso ao novo relatório do deputado Pedro Paulo (DEM-RJ) que deve ser votado nos próximos dias. O parlamentar mudou o texto após a pandemia. Segundo o relatório, "no exercício de 2020, os estados, o Distrito Federal e os municípios poderão realizar aditamento (acréscimo) contratual (firmados no exercício corrente) que suspenda os pagamentos do principal e encargos de operações de crédito interno e externo celebradas com o sistema financeiro e instituições multilaterais de crédito". Ou seja, devido ao coronavírus, cidades e estados poderão acrescentar ao contrato de empréstimo, firmado em 2020, a suspensão do pagamento do valor principal da dívida e dos encargos da mesma. 
A inclusão das suspensões por parte dos entes federativos será realizada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Caixa Econômica Federal, incorporando os pagamentos suspensos no período aos saldos devedores. Assim, o montante que não for pago no período de vigência da calamidade será somado em futuras parcelas. 
Ainda segundo a proposta, para as operações a serem garantidas pela União, não será necessário alteração dos contratos vigentes. Caso, no exercício financeiro de 2020, a União efetue o pagamento das obrigações como garantidora, ela executará a contragarantia constante dos respectivos contratos com os encargos de normalidade em 36 meses, contados a partir de janeiro de 2021, não sendo considerada operação de crédito.
Outras medidas 
O texto também prevê que estados possam ficar até dez anos no Regime de Recuperação Fiscal (RRF), que garante aos entes federativos que se encontram em estado de crise fiscal um alívio no pagamento da dívida com a União. Até então, o prazo limite era de três anos, podendo ser prorrogado por seis anos. “Foi incluído sim um pacote de ajuda aos estados. São medidas de médio e longo prazo importantes para esse momento que estamos passando devido ao coronavírus”, afirmou o relator Pedro Paulo. 
Também ficam facilitadas as regras de acesso ao regime para novos estados. Atualmente, além de comprometer pelo menos 70% da receita com despesas com pessoal, os entes precisam ter receita corrente líquida menor que a dívida consolidada e ter obrigações contraídas em valor superior à disponibilidade de caixa. Agora, segundo o Plano Mansueto, os gastos com pessoal podem ser de 60%.
A União poderá suspender, temporariamente, as dívidas de estados enquanto os mesmos elaboram os seus planos de recuperação. Tal suspensão pode ser de seis meses, podendo ser prorrogada por mais seis. Além disso, os entes subnacionais poderão refinanciar os valores suspensos durante o período do regime de recuperação fiscal. CNN Brasil

‘Isolamento é necessário, assim como fazer propostas de retomada’, diz presidente da CNI


Para tentar salvar a economia diante da pandemia do novo coronavírus, o governo deve financiar micro, pequenas e médias empresas. É essa a avaliação do presidente da Confederação Nacional da Indústria, Robson Andrade.

Em entrevista ao Jornal da Manhã, Andrade disse que isso precisa acontecer “mesmo que seja com taxas baixas e prazos alongados”. “Do ponto de vista do Brasil, a União e os estados vão gastar o que não tem. A União tem um pouco mais de recursos, mas são reservas importantes que, se gastar, vão fazer falta lá na frente. Mas não tem outro jeito, precisamos preservar a vida das pessoas e isso é o mais importante.”
De acordo com Robson, hoje, com as quarentenas, o Brasil tem aproximadamente 70% das indústrias paralisadas. “O que nós pedimos é que os governadores e o presidente da República tenham uma mesma comunicação. Hoje tem uma certa desorientação. Esse isolamento agora é muito necessário, mas também é muito necessário que a União e os ministros já comecem a fazer propostas de retomadas, nem que sejam graduais.” JP

terça-feira, 31 de março de 2020

Covid-19: 500 mil kits de teste rápido chegam ao Brasil


O primeiro lote com 500 mil kits de testes rápidos para o novo coronavírus, comprados pela empresa Vale, já chegaram ao Brasil. A remessa vinda da China desembarcou no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, na tarde de ontem (30) e foi encaminhada para o centro de logística do Ministério da Saúde na capital paulista.
A Vale fechou a compra de 5 milhões de kits para a verificação de infecção por covid-19. O teste, produzido pela empresa chinesa Wondfo, tem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ele detecta anticorpos e permite que se tenha um resultado em apenas 15 minutos.
Segundo a mineradora, a doação é uma forma de ajudar o governo brasileiro no combate à disseminação da doença no país. A Vale está usando sua rede de logística na Ásia para trazer insumos ao Brasil. As 4,5 milhões de unidades restantes serão entregues à empresa pelo fornecedor ao longo do mês de abril.
A logística de distribuição dos kits no Brasil será feita pelo governo federal e o Ministério da Infraestrutura é o responsável por garantir a oferta de linhas aéreas essenciais para o despacho do material. A pasta também deve atuar em suporte quando houver lacunas na distribuição. “O ministro Tarcísio [Freitas] está em contato com os estados através do Conselho Nacional de Secretários de Transportes (Consetrans) e conta com a possibilidade de usar aeronaves e veículos oficiais, além do apoio das Forças Armadas”, informou o ministério.
Em publicação no Twitter, o presidente Jair Bolsonaro destacou o trabalho da equipe. “Chega o primeiro lote de kits de exame rápido. Quinhentos mil itens de um total de 5 milhões doados pela Vale. A distribuição do material desta etapa está a caminho dos 26 estados de todo Brasil e DF”, escreveu.

Hospital das Clínicas de Porto Alegre

Bolsonaro também anunciou a chegada de novos equipamentos de Terapia Intensiva no Hospital das Clínicas de Porto Alegre (HCPA), custeado com recursos do Ministério da Educação (MEC). De acordo com o presidente, mais recursos serão distribuídos para expansão dos leitos de 40 hospitais universitários.
No dia 13 de março, o governo editou medida provisória que destina R$ 5 bilhões para combater a crise provocada pelo coronavírus (covid-19). Do montante, além dos recursos para o HCPA, os hospitais universitários receberão R$ 204 milhões.
O hospital de Porto Alegre passará a contar com 105 leitos em um novo Centro de Terapia Intensiva (CTI). A unidade atual tem 53 leitos. Ele é integrante da rede de hospitais universitários do MEC e vinculada academicamente à Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
De acordo com o ministério, a obra física do novo CTI foi entregue em outubro de 2019. Com o surgimento da pandemia de covid-19, o MEC liberou, no início de março, emergencialmente, R$ 57 milhões para que o hospital comprasse os equipamentos e pagasse as despesas de custeio para colocar a unidade em funcionamento.
O CTI será implementado de forma gradual e, até sexta-feira (3), dez novos leitos de terapia intensiva dedicados, exclusivamente, a pacientes portadores de covid-19 devem ser instalados. Além disso, o MEC analisa o pedido de 775 vagas para profissionais assistenciais e de apoio para atuarem na unidade. Agência Brasil

Senado aprova distribuição de merenda escolar aos estudantes sem aulas


O Senado aprovou hoje (30) o projeto de lei que prevê a distribuição dos alimentos da merenda escolar aos estudantes que estão com as aulas suspensas. De autoria do deputado Hildo Rocha (MDB-MA), a matéria foi aprovada na Câmara na semana passada, e no Senado foi relatada pelo senador Rodrigo Cunha (PSDB-AL). O projeto segue agora para sanção presidencial.
A votação foi rápida, com a leitura do parecer pelo relator e, em seguida, a votação simbólica. Desde o dia 20 de março as sessões são realizadas de forma remota. Apenas o presidente da sessão, senador Antonio Anastasia (PSD-MG), e o senador Weverton Rocha (PDT-MA) estavam nas dependências do Senado.
O texto aprovado determina que, em situações de emergência ou calamidade pública, “fica autorizada, em todo o território nacional, em caráter excepcional, a distribuição imediata aos pais ou responsáveis dos estudantes nelas matriculados, com acompanhamento pelo [Conselho de Alimentação Escolar] CAE, dos gêneros alimentícios adquiridos com recursos financeiros recebidos, nos termos desta Lei, à conta do [Programa Nacional de Alimentação Escolar] Pnae.”
“Muitos dos estudantes que dependem da merenda escolar como fonte de nutrientes diários, com as escolas fechadas, podem ficar sem comer, especialmente se consideramos a queda da renda familiar de grande parte da população”, disse Cunha em seu relatório. (ABr)

segunda-feira, 30 de março de 2020

Bolsonaro ignora isolamento total e passeia no comércio de Taguatinga, no DF


O presidente Jair Bolsonaro resolveu ignorar neste domingo (29) todas as orientações de entidades médicas reforçadas ontem por pelo seu ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, para que os brasileiros fiquem em casa, em isolamento social, para evitar a disseminação do coronavírus. Pela manhã, Bolsonaro deixou a residência oficial do Palácio da Alvorada, por uma saída alternativa, fez um passeio por Brasília, e divulgou vídeos em suas redes sociais.
Cercado por seguranças e provocando pequenas aglomerações, o presidente foi a uma farmácia e a uma padaria no bairro Sudoeste, depois ao Hospital das Forças Armadas e ao centro de Ceilândia, em uma das regiões administrativas do Distrito Federal. E também esteve em Taguatinga e Sobradinho.
Bolsonaro questionou sobre a opinião dos populares sobre a reabertura das empresas e o fim do isolamento social, e ouviu de apoiadores apelos como: “Tem que voltar o trabalho” e “Abre o comércio, presidente”. Mas o presidente que vem defendendo a reabertura das empresas em todo o Brasil, sob o argumento de que as reações à crise são motivadas por “histeria” e “pânico”, também ouviu de uma mulher um apelo por isolamento: “Isolamento para nós, hein? Sem isolamento, a gente não vai conseguir”.
Ao sair do hospital, o presidente se aproximou de pessoas e fez fotos com rosto bem próximo aos de populares que aguardavam sua saída. “Passei por lá também para ver como estava o fluxo de pessoas porventura chegando”, explicou Bolsonaro, sobre a visita ao hospital.
No centro de Ceilândia, formou-se uma aglomeração maior em torno de Bolsonaro, com algumas pessoas aparentando ter mais de 60 anos, do grupo mais vulnerável ao contágio e a evolução para morte pelo novo coronavírus. Por Cláudio Humberto

Em 84% das mortes por Covid-19 no Brasil, paciente tinha doenças preexistentes


Balanço do Ministério da Saúde mostra que 84% das mortes no Brasil por coronavírus são de pessoas com ao menos um fator de risco, como doenças preexistentes.
Doenças cardíacas e diabetes foram as doenças associadas mais frequentes – estavam presentes em 71 e 50 pessoas que morreram, respectivamente. Em seguida, aparecem as pneumopatias (22) e doença neurológica (12).
Os dados da Saúde levam em conta 120 dos 136 óbitos registrados no país. Os 16 casos não analisados ainda estão em investigação dos técnicos da pasta.
O número de mortes de Covid associados a quadro de doenças pré-existentes é de 100 dentro do universo observado.
A análise foi feita com base no boletim divulgado pelo Ministério da Saúde no domingo (29), quando o país registrou 4.256 casos da doença.
O balanço mostra ainda que nove em cada dez pessoas que morreram por coronavírus no Brasil tinham mais de 60 anos. Também houve mortes em outras faixas etárias.
Entre os 120 casos, 108 foram de pessoas acima de 60 anos, sete de pessoas entre 40 a 59 anos e cinco entre pessoas de 20 a 39 anos.
Não há registro de óbitos de pessoas com menos de 20 anos.
Ainda de acordo com o ministério, 60,8 % das mortes ocorreram em homens e 39,2 % em mulheres.
O número de hospitalizações relacionadas a problemas respiratórios chegou a 15.630 casos desde janeiro. Desses, 625 (4%) são ligados ao Covid-19. (Folhapress)

domingo, 29 de março de 2020

Morre jovem de 26 anos vítima do coronavírus, confirma hospital de SP


Um jovem de 26 anos morreu no início da noite deste sábado (28) vítima da covid-19, doença causada pelo novo coronavírus no Hospital Santa Cruz, na zona sul de São Paulo. Segundo o hospital, ele estava em tratamento para Hiperuricemia, quando há presença de altos níveis de ácido úrico no sangue e chegou ao centro médico com síndrome respiratória grave. 
Durante coletiva de imprensa na tarde do sábado (28), o Ministério da Saúde, afirmou que o número de mortes em decorrência do coronavírus havia chegado a 114 no país. Só em São Paulo, o número divulgado pela pasta é de 84 óbitos.
A morte do jovem de 26 anos e do estudante do curso de Química da Universidade de São Paulo (USP), também no sábado (28) em decorrência do coronavírus, faz o número de mortes subir para 116 em todo o país e chegar a 86 em São Paulo.
"É com pesar que o Hospital Santa Cruz comunica o falecimento de um jovem de 26 anos pela infecção provocada pelo novo Coronavírus, SARS-COV 2", afirmou o hospital. 
O paciente foi acolhido pelo hospital dia 23 de março de 2020, por meio do Pronto Atendimento, com quadro de síndrome respiratória aguda grave. Segundo o hospital, a tomografia de tórax revelou padrão compatível com pneumonite viral e, diante da possibilidade de caso suspeito da covid-19, foi isolado e testado com resultado positivo após 24 horas.
"Prontamente submetido a cuidados de suporte em ambiente de terapia intensiva, apesar do tratamento inicial, seu quadro evoluiu com piora progressiva da disfunção respiratória, sendo necessárias ventilação mecânica e manobras para manejo de hipoxemia refratária", disse o hospital por meio de nota.
"Infelizmente, a despeito de todas as medidas e recursos aplicados para reverter o quadro, o paciente veio a óbito no início desta noite de 28 de março. Nesse momento de dor imensa, o Hospital Santa Cruz se solidariza com os familiares e amigos do paciente." R7

Portugal atinge a marca de 5.962 casos e 119 mortes por coronavírus


A ministra da Saúde de Portugal, Marta Temido, anunciou neste domingo (29) que o país registra até o momento 5.962 casos de infecção pelo novo coronavírus e que 119 deles resultaram em mortes. Na comparação com o boletim divulgado ontem (28), são novos 792 contágios e 19 óbitos.
A situação mais preocupante segue sendo a do norte do país, com 60% dos casos e a metade dos mortos registrados no território luso. Já na capital, Lisboa, 28 pessoas morreram até hoje.
Na entrevista coletiva em que apresentou os dados, Temido explicou que principal preocupação neste momento está na situação dos idosos que vivem em Portugal, já que há muitos casos muito grave entre eles.
Uma da situação mais preocupante está na cidade de Vila Nova de Foz Côa, no norte do país, em que dos 62 internos de um asilo, 47 deram positivo para o novo coronavírus, sem que nenhum tenha sido atendido por hospital. Além disso, 18 dos 30 funcionários da casa de repouso estão infectados.

Morte investigada

O número de mortes de 119 anunciado hoje, pode ser maior, inclusive, pela subnotificação. A própria ministra da Saúde revelou que um adolescente de 14 anos, da cidade de Ovar, no norte português, morreu.

O jovem, segundo a integrante do governo, havia dado positivo para o novo coronavírus e já havia sido diagnosticado com um quadro de imunodeficiência prévia.
Segundo Temido, o óbito ainda não foi contabilizado como morte por covid-19, já que havia esse quadro de agravamento de saúde anterior à infecção.

Uso de drones

Diante do aumento de contágios nos últimos dias, a cidade do Porto intensificou o controle para população para garantir o chamado distanciamento social, inclusive, com drones. Em Lisboa, a polícia também passou a estar mais atuante.

Enquanto isso, o Exército português está distribuindo comida aos moradores de rua, e o governo decidiu regularizar dos os imigrantes no país, para garantir acesso ao sistema de saúde e à previdência social. R7

sábado, 28 de março de 2020

Em 24 horas, Espanha registra 832 mortos por coronavírus


Em apenas 24 horas, a Espanha registrou 832 mortos vítimas da Covid-19, causada pelo coronavírus. O número mais alto já alcançado no país. A informação foi divulgada neste sábado (28) pelo Ministério da Saúde. 

No total, o número de óbitos no país por causa da pandemia chega a 5.690. Segundo o governo espanhol, o número de novos casos da doença foi de 8.189. A Espanha contabiliza 72.248 contágios.
O número de pacientes em cuidados intensivos é de 4.575 e as altas hospitalares somam 12.285. R7

Prefeitos, secretários e servidores comissionados têm corte de salários em Olinda e Ipojuca por causa de pandemia


Para reforçar ações de enfrentamento ao novo coronavírus, as administrações municipais de Olinda e de Ipojuca, no Grande Recife, decidiram cortar salários dos prefeitos, secretários e dos servidores com cargos comissionados. As medidas foram determinadas nesta sexta-feira (27) e entram em vigor de forma imediata.

Em Ipojuca, a prefeita Célia Sales (PTB) informou, por meio de pronunciamento transmitido pela internet, que decidiu descontar quase um terço do próprio salário e 10% de vários cargos comissionados de alto e médio escalões.
“Em reunião com nosso comitê de crise, tomei a decisão de tirar 30% do meu salário, 10% do salário da vice e 10% dos salários dos secretários, assessores, diretores e de alguns cargos comissionados. Com esse valor, poderemos transformar em recursos para um projeto da ação social, para as despesas com a saúde”, afirmou.
O valor bruto do subsídio da prefeita é R$19 mil. A vice-prefeita ganha R$9,5 mil e os secretários da cidade recebem R$14,5 mil.
Os demais cargos comissionados que sofrerão a redução são os que recebem entre R$12 mil a R$3.076. A economia poderá ser de R$672.282,15 por mês, segundo o município.
Por meio de nota, o prefeito Professor Lupércio (Solidariedade) informou que reduziu em 10% os rendimentos do prefeito, vice-prefeito, secretários municipais, executivos e assessores especiais.
Também ficou determinado que, em Olinda, as sobras dos valores repassados do Executivo para o Legislativo, que atingem, aproximadamente, R$ 1 milhão, sejam destinadas ao reforço das ações da Secretaria de Saúde.
As sobras serão utilizadas na compra de insumos, como máscaras, luvas, álcool em gel e contratação de novos funcionários. O prefeito informou, ainda, que determinou o corte de 50% a 100% dos gastos com combustível e locação de veículos das secretarias não envolvidas nas ações contra a pandemia. G1

sexta-feira, 27 de março de 2020

Paulo Guedes faz coro a Bolsonaro e pede economia em funcionamento


O ministro da Economia, Paulo Guedes, divulgou nesta sexta-feira (27) um vídeo no canal do ministério no YouTube em que se dirige aos brasileiros pedindo que apesar dos cuidados com a saúde, não se esqueçam de manter a economia em funcionamento.

"O alerta do presidente é: sim, vamos cuidar da nossa saúde, mas não podemos esquecer que ali na frente temos o desafio de continuar produzindo", disse. CNN Brasil 
O ministro da Economia, Paulo Guedes, divulgou nesta sexta-feira (27) um vídeo no canal do ministério no YouTube em que se dirige aos brasileiros pedindo que apesar dos cuidados com a saúde, não se esqueçam de manter a economia em funcionamento.
"O alerta do presidente é: sim, vamos cuidar da nossa saúde, mas não podemos esquecer que ali na frente temos o desafio de continuar produzindo", disse.
O discurso do Guedes está alinado ao do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que tem criticando medidas de isolamento como forma de prevenção ao contágio pelo novo coronavírus. O presidente defendeu a reabertura do comércio e que apenas idosos e pessoas com doenças pré-existentes permaneçam em casa. 
Para Guedes, Bolsonaro não está diminuindo o problema e ameaça do coronavírus no país. "Ele está nos alertando que precisamos impedir uma desorganização da economia brasileira. Precisamos impedir uma crise de abastecimento no Brasil", comentou 
Segundo o ministro, as medidas que o governo já anunciou até agora, incluindo aquelas que ainda estão em estudo, para amenizar os impactos da doença na atividade econômica já chegam a um montante de R$ 700 bilhões que serão injetados na economia nos próximos três meses. 
Guedes reforçou ainda, que todos os brasileiros serão atendidos pelas medidas do governo federal. "Nenhum brasileiro vai ficar para trás. Nós vamos cuidar de todos e começamos justamente protegendo os mais vulneráveis", garantiu.
O ministro se referiu à crise da COVID-19 e seus impactos na economia como duas ondas que atingirão o Brasil. Ele reforçou que o momento é de união e de que o Brasil tem capacidade para "furar" as duas "ondas". 
"Estamos seguros de que vamos atravessar as duas ondas. A primeira é esse choque de saúde e a segunda onda é o desafio econômico. O Brasil vai atravessar as duas ondas e nós juntos vamos superar isso", garantiu.
Em uma primeira versão do vídeo, Paulo Guedes comentava sobre a Medida Provisória, ainda a ser publicada, que propõe que o governo adiante uma parcela de 25% do seguro-desemprego para trabalhadores que tiverem seu salário e jornada reduzidos, de forma a completar a renda dos mesmos.
Ele mencionou que, para setores econômicos mais atingidos pela crise, o adiantamento seria superior a 25%, de 33%. "Se o setor é mais atingindo, mais vulnerável ainda, e a receita caiu para zero, o governo banca em vez de 25% chega a 1/3 de forma a proteger os empregos", disse o ministro. No entanto, o vídeo foi retirado do ar, re-editado sem essa parte.  
Em nota, a assessoria de imprensa informou que a medida ainda está sendo trabalhada e que sofreu alterações e melhorias.
De acordo com a explicação, o complemento do governo será um percentual do seguro-desemprego, a que a pessoa teria direito, equivalente ao percentual de corte sofrido. A proposta do governo é de que as empresas possam reduzir a jornada dos funcionários em até 50%, com corte proporcional do salário. Ou seja, o benefício para os trabalhadores será maior do que o explicitado na primeira versão do vídeo, que tinha sido gravado.
"A medida será anunciada com mais detalhes assim que estiver concluída. Por isso iremos republicar o vídeo do ministro sem os percentuais citados. Pedimos desculpas pelo inconveniente, foi um erro de edição, onde mantivemos uma informação já modificada pelo ministro e equipe", informou a pasta. CNN Brasil 


Pesquisar este blog

Departamento Comercial