segunda-feira, 26 de abril de 2021

Projeto recebe equipamentos eletrônicos para restaurar e doar a instituições sociais de Petrolina


Projeto recebe doação de computadores, smartphones e notebooks para doar a instituições sociais de Petrolina, no Sertão de Pernambuco. A ação ‘Reciclagem de Lixo Eletrônica’, foi desenvolvida pelo curso de Ciências da Computação da Facape, e pretende reduzir quantidade de lixo eletrônico na região.
Os interessados podem realizar doação dos equipamentos eletrônicos no laboratório de recondicionamento de lixo eletrônico na Facape, através do número (87) 3866-3236, das 14h às 17h. As pessoas que não tem como ir até o local podem agendar o dia e horário da busca do equipamento pelo mesmo número.
O projeto foi criado por causa dos efeitos colaterais que o descarte inapropriado desses equipamentos pode causar ao meio ambiente. Por esse motivo, a equipe não recebe mais monitores do tipo CRT.
A iniciativa já recuperou mais de uma tonelada de aparelhos que foram posteriormente doados a instituições da região. Os equipamentos são selecionados a partir das condições de recuperação.
As peças que não tem como ser consertadas são descartadas em locais apropriados. As instituições interessadas no recebimento dos equipamentos restaurados podem realizar inscrição através do site. G1

Daniel Neri lamenta empate contra o Vitória-PE e vê vaga direta na semifinal mais distante

O empate contra o Vitória-PE, em casa, praticamente tirou as chances do Salgueiro de terminar a primeira fase entre os dois melhores, o que garantia vaga direta na semifinal do Campeonato Pernambucano. O Carcará está em terceiro, com 11 pontos, com sete jogos. O Sport, segundo colocado, tem 16 pontos, em oito partidas.
Mesmo com um jogo a menos, o Salgueiro no máximo igualaria o Sport, nesses dois jogos restantes. Para ficar em segundo, a equipe sertaneja precisa vencer as duas partidas que restam, tirar a diferença de saldo de nove gols, além de torcer para que o Sport não marque pontos na última rodada. O técnico Daniel Neri reconheceu que a busca pela vaga direta na semifinal ficou mais difícil.
– Apesar de termos feito um bom jogo em termos gerais, não conseguimos os três pontos, que em termos de pontos, era o que a gente queria, um jogo em casa onde poderíamos chegar aos dois primeiros lugares. Agora ficou muito difícil, temos que ganhar os dois jogos, fazer muitos gols.
Embora o resultado de 1 a 1 não tenha sido o esperado, o treinador do Salgueiro voltou a elogiar a entrega dos jogadores durante a partida.
– Em todo caso, os jogadores deram o seu melhor, disso eu tenho certeza. Ele s entregaram tudo. Criamos várias chances de gol, o adversário não chutou muito a gol, praticamente todo na defesa. Ficamos desenvolvidos, criamos mais, jogamos para conseguir mais. Faltou capacidade no último terço, hoje não foi um dia bom. Estamos aí, ainda faltam dois jogos, seis pontos para brigar por eles, e vamos continuar.
O Carcará volta a campo na quarta-feira. O time joga no Cornélio de Barros, contra o Sete de Setembro. Vencendo, a equipe confirma a vaga nas quartas de final e na Série D do ano que vem. Globo Esporte 

Auxílio emergencial é pago a beneficiários do Bolsa Família com NIS 6

Os beneficiários do Bolsa Família com Número de Inscrição Social (NIS) terminado em 6 recebem hoje (26) a primeira parcela do auxílio emergencial 2021. Os recursos podem ser movimentados pelo aplicativo Caixa Tem, por quem recebe pela conta poupança social digital, ou sacados por meio do Cartão Bolsa Família ou do Cartão Cidadão.

O recebimento dos recursos segue o calendário normal do Bolsa Família, pago nos últimos dez dias úteis de cada mês. A primeira parcela começou a ser depositada no último dia 16 e será paga até 30 de abril.

Calendário de pagamento das parcelas do auxílio emergencial.
Calendário de pagamento das parcelas do auxílio emergencial para beneficiários do Bolsa Família - Arte/Agência Brasil

Em caso de dúvidas, a central telefônica 111 da Caixa funciona de segunda a domingo, das 7h às 22h. Além disso, o beneficiário pode consultar o site auxilio.caixa.gov.br.


Regras

Pelas regras estabelecidas, o auxílio será pago às famílias com renda mensal total de até três salários mínimos, desde que a renda por pessoa seja inferior a meio salário mínimo. É necessário que o beneficiário já tenha sido considerado elegível até o mês de dezembro de 2020, pois não há nova fase de inscrições. Para quem recebe o Bolsa Família, continua valendo a regra do valor mais vantajoso, seja a parcela paga no programa social, seja a do auxílio emergencial.

Quem recebe na poupança social digital, pode movimentar os recursos pelo aplicativo Caixa Tem. Com ele, é possível fazer compras na internet e nas maquininhas em diversos estabelecimentos comerciais, por meio do cartão de débito virtual e QR Code. O beneficiário também pode pagar boletos e contas, como água e telefone, pelo próprio aplicativo ou nas casas lotéricas. A conta é uma poupança simplificada, sem tarifas de manutenção, com limite mensal de movimentação de R$ 5 mil.

Agência Brasil elaborou um guia de perguntas e respostas sobre o auxílio emergencial. Entre as dúvidas que o beneficiário pode tirar estão os critérios para receber o benefício, a regularização do CPF e os critérios de desempate dentro da mesma família para ter acesso ao auxílio. Agência Brasil 

Orlandinho e amigos participam do programa Hora do Faro na Rercord TV

Durante cerca de 2h30 os salgueirenses Orlandinho, Anderson e Tiago, criadores da “dancinha do brega” foram exibidos para os lares de todo o Brasil na tarde desse domingo, 25, no programa “Hora do Faro” da Record TV.
A emissora paulista dedicou um programa inteiro aos “memes” do momento. Também participaram Cremosinho, natural de Caicó-RN, e o garoto mineiro Isaac Amendoim, que conheceu o ídolo Raí Saia Rodada no palco.
Rodrigo Faro soube como surgiu a dancinha, ensaiou a coreografia e dançou com o trio de salgueirenses ao som do cantor Elias Monkbel, que também foi convidado para o programa. Orladinho e os amigos ficaram na atração televisiva das 15h30 às 18h. Via Chico Gomes 

Semana pode ser de chuva em Petrolina, segundo ClimaTempo

O Instituto de Meteorologia ClimaTempo divulgou as previsões do clima para as cidades de todo o país nesta semana. Em Petrolina (PE), a previsão é de Sol e aumento de nuvens de manhã e pancadas de chuva à tarde e à noite.
Ainda de acordo com o Instituto, as temperaturas devem variar entre 24° a mínima e 33° a máxima. A previsão é que chova cerca de 5mm, principalmente à noite, durante esta semana. Via Waldney Passos 

Veja as vagas de emprego em Petrolina, Araripina e Salgueiro nesta segunda-feira


Foram divulgadas as vagas de emprego disponíveis nesta segunda-feira (26) em Petrolina e Salgueiro, no Sertão de Pernambuco. As oportunidades são disponibilizadas pela Agência do Trabalho de Pernambuco.
Os interessados nas oportunidades podem entrar em contato com a Seteq através da internet. O atendimento na Agência do Trabalho ocorre apenas com agendamento prévio, feito tanto pelo site da secretaria, quanto pelo Portal Cidadão.
Petrolina
Contato: (87) 3866 - 6540

Vagas disponíveis

Vagas Função Escolaridade Experiência Salário Observações
01 Agente de Comércio Exterior Superior Completo Comércio Exterior (2020) 6 Meses CTPS Não Informado
01 Ajustador Mecânico de Manutenção Fundamental Completo 6 Meses CTPS Não Informado
01 Auxiliar de Mecânico de Autos Fundamental Completo 6 Meses CTPS Não Informado
01 Instrutor de Auto-escola Médio Completo 6 Meses CTPS Não Informado
01 Mecânico de Manutenção de Máquina Industrial Fundamental Completo 6 Meses CTPS Não Informado
01 Soldador Fundamental Completo 6 Meses CTPS Não Informado
Salgueiro
Contato: (87) 3871-8467

Vagas disponíveis

Vagas Função Escolaridade Experiência Salário Observações
01 Técnicode Manutenção Elétrica Médio Completo 6 Meses R$ 2.000,00
01 Vendedor Pracista Médio Completo Não Exigida.
Araripina
Contato: (87) 3873 - 8381

Vagas disponíveis

Vagas Função Escolaridade Experiência Salário Observações
01 Açougueiro Fundamental Completo 6 Meses Não Informado
01 Agente Funerário Médio Completo 6 Meses Não Informado
01 Agente de Padaria Médio Completo Não Exigida Não Informado
01 Cobrador Externo Médio Completo 6 Meses Não Informado
01 Confeiteiro Fundamental Completo 6 Meses Não Informado
01 Cozinheiro Geral Fundamental Completo 6 Meses Não Informado
02 Gesseiro Plaqueiro Não Exigida 6 Meses Não Informado
01 Mecânico de Motocicletas Fundamental Completo 6 Meses Não Informado
01 Vendedor pracista Médio Completo 3 meses. G1



domingo, 25 de abril de 2021

O STF e os gastos astronômicos com segurança

Os gastos do Supremo Tribunal Federal (STF) com a proteção de seus 11 ministros e funcionários chegou ao montante de R$ 80 milhões nos últimos 4 anos, representando um gasto médio anual de R$ 20 milhões, desde 2017 até agora.
Os maiores gastos, atualmente, estão empregados em dois contratos destinados à proteção dos ministros: um no valor de R$ 40,3 milhões e outro de R$ 39,8 milhões. O mais alto deles é com a empresa Esparta Segurança Ltda, cujo serviço prestado é direcionado apenas à proteção dos ministros.
“Eles fazem tarefas diferentes, como condução de veículos, acompanhamento em eventos ou viagens e segurança direta das residências dos ministros”, informou a Suprema Corte.
Já o outro contrato citado é com a empresa Zepim Segurança e Vigilância, responsável pela segurança interna e externa em todos os prédios do órgão, mas principalmente serviços de apoio administrativo na área de vigilância patrimonial na sede do Supremo.
Os contratos originais não previam um custo tão alto:

O contrato com a empresa Esparta tinha valor inicial de R$ 25,7 milhões, firmado em 14 de novembro de 2017, pelo prazo de 30 meses. Mas, com prorrogação e aditivos, seu valor atingiu os R$ 40,3 milhões.
As mesmas situações são usadas como justificativa para o aumento do valor do contrato com a Zepim, cujo valor inicial era de R$ 28,6 milhões, firmado em 1º de março de 2017, também pelo prazo de 30 meses. A prorrogação e os aditivos fizeram com que o valor alcançasse os R$ 39,8 milhões. Jornal da Cidade Online 

Pernambuco: Governo publica decreto e detalha flexibilização das atividades econômicas

A partir desta segunda-feira (26) o Governo de Pernambuco flexibilizará alguns serviços dentro do Plano de Convivência com a Covid-19. A decisão foi anunciada ainda na semana passada, quando o Estado optou por as atuais medidas restritivas até 9 de maio.
As igrejas estão inseridas na flexibilização. O comércio em galerias e shoppings também será liberado, seguindo a restrição de 10h diárias de funcionamento. Todas as orientações estão disponíveis no Decreto n° 50.561/2021 disponível no Diário Oficial.
Veja a seguir o que muda nesta segunda-feira:

Fica permitido o acesso a praias marítimas e fluviais, inclusive aos calçadões, ciclofaixas, parques e praças em todo o Estado, sem aglomeração, permanecendo vedada a utilização de som;
O comércio nas praias está liberados apenas das 9h às 16h, de segunda-feira a sexta-feira, permanecendo a restrição aos finais de semana e feriados;
Igrejas poderão realizar celebrações das 5h às 20h de segunda-feira a sexta-feira, e das 5h às 18h nos finais de semana e feriados, sem promover aglomerações;
Comércio em geral, inclusive shoppings centers e galerias comerciais terá atendimento, sem aglomerações, das 10h às 20h de segunda-feira a sexta-feira; e das 9h às 17h ou das 10h às 18h, nos finais de semana e feriados;
O comércio de bairro terá outro horário de funcionamento: das 8h às 18h, das 9h às 19h ou das 10h às 20h, de segunda-feira a sexta-feira; e das 9h às 17h ou das 10h às 18h, nos finais de semana e feriados;
Lojas de material de construção, escritórios comerciais, salões de beleza e similares, além de academias também serão incluídos na flexibilização e os horários devem ser consultados no Decreto;
Sobre restaurantes, lanchonetes, lojas de conveniência, bares e similares, fica valendo a proibição da utilização de som das 5h às 20h de segunda-feira a sexta-feira; e das 9h às 17h ou das 10h às 18h, nos finais de semana e feriados;
Serviços que já estavam funcionando em horário próprio nos decretos anteriores seguirão com o seu horário específico. 

J.R. Guzzo: Artistas de Hollywood têm alucinações; quais países poderiam se comprometer com o que eles exigem para a Amazônia?


Olha eles aí outra vez — sempre os mesmos, e sempre com o mesmo assunto. Eles são os artistas e as atrizes do cinema norte-americano, e continuam indignados com o Brasil, o governo brasileiro e os incêndios na Amazônia. Estão lançando, naturalmente, mais um manifesto em favor da rain forest: pedem, agora, que o presidente Joe Biden não assine o tratado que Brasil e Estados Unidos estão negociando, já há algum tempo, para reforçar medidas de prevenção contra queimadas na região amazônica. Dessa vez, os artistas vêm com exigências extras. Além de acabar com os incêndios na mata, o Brasil tem de se comprometer também com o respeito aos “direitos humanos” — sem maiores informações sobre onde e como esses direitos estariam sendo concretamente desrespeitados no presente momento, e sem revelar quais as providências objetivas que o governo deveria tomar a propósito. Exigem também, para que Biden assine o acordo, uma maior participação da “sociedade civil” na questão amazônica — nada menos que a sociedade civil, em pessoa. Não fica claro, na prática, quem é essa “sociedade civil”, ou o que ela teria a ver com o assunto.

Querem, enfim, que “os índios” recebam mais proteção e ajuda do poder público. De novo, não se diz o que teria de ser feito, e não se leva em conta que as terras reservadas aos índios no Brasil já somam hoje quase 1.200.000 quilômetros quadrados, ou cerca de 14% de todo o território nacional — isso para uma população de 800.000 pessoas, no máximo, dos quais mais de 300.000 vivem em áreas urbanas. Mais de 400 das 700 reservas estão justamente na Amazônia, onde ocupam acima de 20% do território total. Nenhum país do mundo tem tanta terra assim para as chamadas populações indígenas. Fazer mais que isso? Os artistas aí estão no caminho da alucinação. Quais países, entre os 200 que formam o planeta, poderiam se comprometer com o tipo de coisa que eles estão exigindo? Está certo que tratem o Brasil como uma republiqueta, até porque não sabem direito o que é o Brasil — mas há coisas que nem a republiqueta mais ordinária consegue topar. Dizer o quê? É assim mesmo que uma atriz ou um ator norte-americano funciona, em condições normais de temperatura e pressão, quando quer se meter com política. Como suas almas gêmeas das empresas-gigante de tecnologia, que querem ir morar na Lua e salvar a humanidade de tudo o que desaprovam, tratam-se de milionários à procura do que fazer em benefício do bem universal.


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Estão sempre assinando as mesmas petições, sobre as mesmas coisas: racismo, transgêneros, homofobia, eliminação do masculino e feminino na linguagem, veganismo, os crimes de Cristóvão Colombo, liberdade para as crianças escolherem o seu próprio sexo, direito dos avestruzes, denúncia da “cultura clássica”, denúncia da “direita”, denúncia do “lucro” (salvo o próprio), defesa da “mulher”, defesa das “minorias”, defesa do meio ambiente em outros países, sobretudo no Brasil. Esse último tema é campeão no bonde de Hollywood e arredores: é um dos mais fáceis, mais baratos e com retorno mais garantido em termos de cartaz que está disponível hoje em dia na praça. Que risco você corre falando mal do Brasil, da “destruição da floresta” e do governo “genocida”? Nenhum; é só lucro, aplauso e dever cumprido, sem qualquer sacrifício, perante a própria consciência.


O que destrói a Amazônia é a metástase do favelamento em volta das cidades

Uma das maiores vantagens desse tipo de atitude é que os artistas não precisam pensar em nada para assinarem qualquer folha de papel que acham rentável para a sua imagem. Não precisam e não gostam de pensar: jamais deram cinco minutos do seu tempo para entender um mínimo a respeito dos assuntos sobre os quais têm posições tão extremadas. No caso do Brasil, não saberiam dizer se Manaus é a capital de Buenos Aires, ou se Curitiba é um afluente que desemboca na margem esquerda do Rio Amazonas; tudo o que sabem sobre as realidades brasileiras é o que lhes dizem o Greenpeace, a menina Greta e Giselle Bündchen. Se fizessem um esforço mínimo para entender um pouco do que estão falando, saberiam o que qualquer pessoa séria sabe há muito tempo: que o grande inimigo da natureza, do meio ambiente e do equilíbrio ecológico na floresta amazônica é a miséria. O que destrói a Amazônia é a metástase do favelamento em volta das cidades. É a falta de saneamento, de água tratada e de energia elétrica. É a ausência de renda para os seus 20 milhões de moradores, que obriga muitos deles a qualquer coisa para sobreviver. É o crime, a desigualdade e a negação de justiça. Saberiam, também, que é impossível evitar queimadas naturais numa área com mais de 4 milhões de quilômetros quadrados, ou dez vezes o tamanho da Califórnia. Mas é assim que trabalha a cabeça dos artistas. Na Califórnia pode ter incêndio toda hora. Na Amazônia não pode, nunca.


Erro:

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Artistas de Hollywood têm alucinações; quais países poderiam se comprometer com o que eles exigem para a Amazônia?

Defesa do meio ambiente é o tema campeão no bonde de Hollywood: é um dos mais fáceis, mais baratos e com retorno mais garantido em termos de cartaz disponível hoje em dia na praça


Por J. R. Guzzo 24/04/2021 10h00

    

Elza Fiúza/Agência Brasil


Floresta Amazônica é alvo de bandeira de artistas americanos em defesa do meio ambiente

Olha eles aí outra vez — sempre os mesmos, e sempre com o mesmo assunto. Eles são os artistas e as atrizes do cinema norte-americano, e continuam indignados com o Brasil, o governo brasileiro e os incêndios na Amazônia. Estão lançando, naturalmente, mais um manifesto em favor da rain forest: pedem, agora, que o presidente Joe Biden não assine o tratado que Brasil e Estados Unidos estão negociando, já há algum tempo, para reforçar medidas de prevenção contra queimadas na região amazônica. Dessa vez, os artistas vêm com exigências extras. Além de acabar com os incêndios na mata, o Brasil tem de se comprometer também com o respeito aos “direitos humanos” — sem maiores informações sobre onde e como esses direitos estariam sendo concretamente desrespeitados no presente momento, e sem revelar quais as providências objetivas que o governo deveria tomar a propósito. Exigem também, para que Biden assine o acordo, uma maior participação da “sociedade civil” na questão amazônica — nada menos que a sociedade civil, em pessoa. Não fica claro, na prática, quem é essa “sociedade civil”, ou o que ela teria a ver com o assunto.



Querem, enfim, que “os índios” recebam mais proteção e ajuda do poder público. De novo, não se diz o que teria de ser feito, e não se leva em conta que as terras reservadas aos índios no Brasil já somam hoje quase 1.200.000 quilômetros quadrados, ou cerca de 14% de todo o território nacional — isso para uma população de 800.000 pessoas, no máximo, dos quais mais de 300.000 vivem em áreas urbanas. Mais de 400 das 700 reservas estão justamente na Amazônia, onde ocupam acima de 20% do território total. Nenhum país do mundo tem tanta terra assim para as chamadas populações indígenas. Fazer mais que isso? Os artistas aí estão no caminho da alucinação. Quais países, entre os 200 que formam o planeta, poderiam se comprometer com o tipo de coisa que eles estão exigindo? Está certo que tratem o Brasil como uma republiqueta, até porque não sabem direito o que é o Brasil — mas há coisas que nem a republiqueta mais ordinária consegue topar. Dizer o quê? É assim mesmo que uma atriz ou um ator norte-americano funciona, em condições normais de temperatura e pressão, quando quer se meter com política. Como suas almas gêmeas das empresas-gigante de tecnologia, que querem ir morar na Lua e salvar a humanidade de tudo o que desaprovam, tratam-se de milionários à procura do que fazer em benefício do bem universal.


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Estão sempre assinando as mesmas petições, sobre as mesmas coisas: racismo, transgêneros, homofobia, eliminação do masculino e feminino na linguagem, veganismo, os crimes de Cristóvão Colombo, liberdade para as crianças escolherem o seu próprio sexo, direito dos avestruzes, denúncia da “cultura clássica”, denúncia da “direita”, denúncia do “lucro” (salvo o próprio), defesa da “mulher”, defesa das “minorias”, defesa do meio ambiente em outros países, sobretudo no Brasil. Esse último tema é campeão no bonde de Hollywood e arredores: é um dos mais fáceis, mais baratos e com retorno mais garantido em termos de cartaz que está disponível hoje em dia na praça. Que risco você corre falando mal do Brasil, da “destruição da floresta” e do governo “genocida”? Nenhum; é só lucro, aplauso e dever cumprido, sem qualquer sacrifício, perante a própria consciência.


O que destrói a Amazônia é a metástase do favelamento em volta das cidades

Uma das maiores vantagens desse tipo de atitude é que os artistas não precisam pensar em nada para assinarem qualquer folha de papel que acham rentável para a sua imagem. Não precisam e não gostam de pensar: jamais deram cinco minutos do seu tempo para entender um mínimo a respeito dos assuntos sobre os quais têm posições tão extremadas. No caso do Brasil, não saberiam dizer se Manaus é a capital de Buenos Aires, ou se Curitiba é um afluente que desemboca na margem esquerda do Rio Amazonas; tudo o que sabem sobre as realidades brasileiras é o que lhes dizem o Greenpeace, a menina Greta e Giselle Bündchen. Se fizessem um esforço mínimo para entender um pouco do que estão falando, saberiam o que qualquer pessoa séria sabe há muito tempo: que o grande inimigo da natureza, do meio ambiente e do equilíbrio ecológico na floresta amazônica é a miséria. O que destrói a Amazônia é a metástase do favelamento em volta das cidades. É a falta de saneamento, de água tratada e de energia elétrica. É a ausência de renda para os seus 20 milhões de moradores, que obriga muitos deles a qualquer coisa para sobreviver. É o crime, a desigualdade e a negação de justiça. Saberiam, também, que é impossível evitar queimadas naturais numa área com mais de 4 milhões de quilômetros quadrados, ou dez vezes o tamanho da Califórnia. Mas é assim que trabalha a cabeça dos artistas. Na Califórnia pode ter incêndio toda hora. Na Amazônia não pode, nunca.


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Autoridades estão fanáticas pelo 'distanciamento social' e não percebem o discurso elitista e irreal

Supõe-se que o governo norte-americano, que não nasceu ontem, ouça o que têm a dizer os seus diplomatas para tomar decisões sobre o tratado, e não se impressione mais do que o necessário com a espetacular ignorância das suas estrelas — um terceiro-secretário da Embaixada dos Estados Unidos em Brasília, no fim das contas, sabe mais sobre as realidades da Amazônia do que todos os artistas da Netflix somados. É difícil, de qualquer forma, imaginar uma crise de verdade por causa de um manifesto, ou mesmo por causa da floresta inteira. Os Estados Unidos foram o primeiro país a estabelecer relações diplomáticas com o Brasil, em 1808 — ainda no tempo de Dom João VI. Foram os primeiros a reconhecer a independência brasileira, em 1822. Foram os primeiros, enfim, a abrirem uma embaixada em Brasília, em 1960, e ali vêm dando expediente diário nos últimos 61 anos.


Na prática, e na vida real, essa história toda acaba dando num grande “e daí?”. Não querem acordo? Então não vai ter acordo. Os Estados Unidos e a Amazônia continuarão a ser exatamente o que são. A alternativa é jogar uma bomba de hidrogênio em São Gabriel da Cachoeira — ou de preferência em Brasília, caprichando na pontaria para a coisa cair bem em cima do Palácio do Planalto. É provavelmente o sonho dos intelectuais brasileiros que se aliaram ao manifesto dos norte-americanos contra o seu próprio país. Pensando um pouco, qual a novidade nisso também? Agredir o Brasil e os brasileiros é o que eles fazem o tempo todo, a menos que Lula esteja na Presidência da República — mas aí também não vai haver manifesto nenhum. Jovem Pan 





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