sábado, 29 de fevereiro de 2020

PSB pode trocar nome em Petrolina e apoiar PT na cidade, em troca de acordo no Recife. Lucas Ramos já protesta


O deputado estadual Lucas Ramos, do PSB, teme perder a legenda para disputar a prefeitura da cidade de Petrolina, nas eleições de outubro. O socialista revela ao blog que o PSB está considerando trocar a sua postulação, um nome natural na disputa, por um eventual apoio ao PT no município, representado pelo ex-deputado Odacy Amorim, em um acordo dos socialistas com o PT estadual. Em troca, o PT não teria candidato no Recife e apoiaria o socialista João Campos, candidato do PSB na capital pernambucana.
“Nós estamos há seis meses das eleições e nós não temos uma palavra do governador afirmando que o PSB terá candidato em Petrolina. Sabe porque? Porque Geraldo Júlio não deixa… Só que eu vou para o confronto, não vou aceitar isto. Quem vai pedir votos para o PSB em 2022, na sucessão de Paulo Câmara? Vai ser o PT de Odacy Amorim ou o PSB de Lucas Ramos?”, questiona o socialista.
“Essa turma está esquecendo que existe vida mais a frente (2022) e depois do Recife. Tudo bem, é a capital, é a vitrine do PSB, mas eu acredito que um projeto não anda distante do outro. Eles se fortalecem”, afirma.
O deputado dá sinais de desconforto porque não se trata da primeira vez que é obrigado a abrir mão de um projeto majoritário, em favor do partido. Já aconteceu com FBC lá trás, quando o senador exigiu a indicação do filho Miguel Coelho como candidato do PSB.
“Eu dizia lá atrás que Miguel Coelho não representava o PSB. O resultado veio menos de um ano depois. Ele se licenciou do partido e depois entrou no DEM. Quem estava certo? ele ou a gente? Quem alertou? Eu sei que não existe candidatura avulsa, nem janela partidária eu tenho, por isto, vou fazendo tudo isto aqui dentro do PSB mesmo, discutindo a cidade, discutindo os espaços. Petrolina é a minha prioridade”, afirma Lucas Ramos, que diz não ter interesse em sair do PSB.

Lucas Ramos conta ainda que já havia pacificado o partido internamente, entrando em harmonia com o deputado federal Gonzaga Patriota, do PSB, no que toca a apresentação do seu nome para a disputa.
“Por isto, eu quero ver as pessoas se posicionando, saindo para dizer que não haverá candidato em Petrolina. Eu discuto esta candidatura com o partido desde que Miguel Coelho saiu da legenda”, informa.
Marília Arraes candidata no Recife
O deputado afirma não entender o suposto acordo considerando que Marília Arraes será candidata no Recife. “Alguém tem alguma dúvida disto? Uma coisa é afastar uma vereadora para uma candidatura no Estado. Outra é tirar uma deputada federal de um projeto para prefeitura. A sangria que o PT passa liderado por Humberto Costa não faz sentido. A corrente de Marília e de Lula está certa, ela foi a mais votada no Recife. Agora o PSB abrir mão do protagonismo e retirar a candidatura em Petrolina é absurda, uma ação que fere a história das lideranças da cidade do Sertão. Nunca deixamos de ter candidato em Petrolina, ainda mais agora seria inconcebível, depois que reelegemos Paulo Câmara como majoritário na cidade. Como a gente não vai ter candidato?”, questiona.
Luta pelo segundo turno
Pela oposição a Miguel Coelho em Petrolina, além de Lucas Ramos, existem os nomes competitivos de Odacy Amorim e Julio Lossio, ambos ex-prefeitos da cidade.
Lucas Ramos defende que a cidade é estratégica para o PSB e que o mote deveria ser a busca do segundo turno.
“FBC precisa estar bem em Petrolina para se mostrar fora e em todo o Estado. O prefeito Miguel Coelho fará todo possível para vencer no primeiro turno. A luta da oposição deveria ser levar o pleito para o segundo turno. Com as forças competitivas que temos hoje, dificilmente teríamos menos de 70 mil votos, provocando o segundo turno”, afirma. Blog do Jamildo

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