quinta-feira, 5 de março de 2020

Assembleia Legislativa adia por tempo indefinido aluguel de SUVs para uso de deputados estaduais


A Assembleia Legislativa de Pernambuco adiou por tempo indeterminado o aluguel de SUVs. No domingo (1º), o blog revelou que a Alepe tinha publicado o primeiro leilão do ano para contratação dos serviços.
A previsão inicial era de que o pregão ocorresse nesta quinta-feira, 5 de março.
De acordo com o aviso inicial de licitação, o interesse do poder Legislativo local seria renovar o transporte dos parlamentares, em um ano eleitoral nas bases eleitorais, os municípios.
Com a locação dos serviços, os deputados estaduais andariam montados em SUVs novinhas em folha, como os da linha Hylux. Um modelo de veículo SW4 Toyota custa na faixa dos R$ 260.000,00 cada carro.
Seriam 46 veículos para os deputados estaduais, por ao menos R$ 9,6 mil mensais cada unidade.
O custo inicial por um ano seria de ao menos 6,8 milhões para a manutenção da locação. Como os serviços poderiam ser renovados por até 60 meses, o valor do contrato para o vencedor poderia ser três vezes isto.
Mas esse é um preço estimado. Somente depois do pregão, seria possível saber quanto ficaria realmente o aluguel por veículo.
Os deputados estaduais de Pernambuco têm salário bruto mensal de R$ 25.322,25. Os descontos são Imposto de Renda (IR), R$ 5.953,18 (alíquota de 27,5%), e Contribuição para a Previdência, R$ 513,01 (alíquota de 11%).
De acordo com o site oficial da Assembleia Legislativa, os deputados ainda têm direito a ajuda de custo correspondente ao valor do subsídio, no início e no final do mandato parlamentar, diária para viagens para o interior do Estado no valor de R$ 519,92 e diária para viagens interestaduais no valor de R$ 909,89.
Veja o edital de licitação inicial:

Faturas em atraso

De acordo com informações de bastidores reveladas pelo editor do blog, Jamildo Melo, a troca de fornecedor para locação ocorreria em um momento em que a Alepe está com mais de 10 notas em aberto, devendo à empresa Barreto Santos Ltda, fornecedora atual.
Em tese, o contratante poderia vir a pagar multa de 0,5% diário por atraso, ou mesmo ser acusado de crime de responsabilidade porque existe empenho em favor da empresa fornecedora.
“Zero bronca”, diz um técnico governamental.
“Sobre eles estarem devendo a empresa anterior dez faturas, me diga um setor no Estado que não está devendo? Executivo, TJPE, Alepe e MPPE botam na pendura muitas coisas e vão tocando com a barriga”. Por Blog do Jamildo

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