domingo, 27 de dezembro de 2020

Mínimo de R$ 1.088 amplia diferença entre piso real e o ideal

O salário mínimo de R$ 1.087,84 para 2021, anunciado pelo governo federal, ampliará a diferença do piso real – que está em vigência atualmente – do necessário, segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

O novo piso consta na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), enviada ao Congresso Nacional no dia 15 de dezembro, e prevê alta de R$ 42,84 (4,02%) sobre o atual valor de R$ 1.045.
Apesar de a correção anual, o valor ainda é bem inferior ao necessário para a maioria da população se manter.

Levantamento feito pelo Dieese aponta que para sustentar uma família de quatro pessoas seria necessário um salário mínimo de R$ 5.289,53.

Para chegar ao piso salarial ideal, o Dieese considera a cesta básica mais cara de 17 capitais e as necessidades básicas do trabalhador e de sua família, conforma estabelece a Constituição Federal:

• Alimentação;
• Educação;
• Higiene;
• Lazer;
• Moradia;
• Previdência Social;
• Saúde;
• Transporte; e
• Vestuário;

Desde o ano passado, o piso nacional passou a ser corrigido apenas pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), a fim de preservação do poder de compra do mínimo. A decisão, no entanto, não traz ganho real à remuneração dos profissionais.

"Com a correção sendo feita apenas pela inflação, o salário mínimo fica cada vez mais distante do valor necessário para a sobrevivência das famílias".

FAUSTO AUGUSTO JUNIOR, DIRETOR TÉCNICO DO DIEESE.

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