O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), ressaltou que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 135/19, sobre o voto impresso, não trata do fim da urna eletrônica, mas sim do voto auditável. O comentário foi feito durante um evento promovido pelo banco BTG Pactual nesta terça-feira (25).
Segundo o parlamentar, caso a proposta seja aprovada, será feita uma demonstração em alguns equipamentos, para que o voto seja impresso e verificado.
“Hoje temos uma parte da sociedade e parte do Congresso que querem auditar o voto, e temos uma Justiça Eleitoral para dirimir essas dúvidas”, disse o deputado.
O presidente da Câmara disse ainda que seu papel é dar voz aos deputados e fazer com que todos os temas sejam votados ou debatidos no Plenário, mas não garantindo a aprovação.
Arthur Lira, por fim, reafirmou não acreditar ser o melhor momento de se instaurar uma CPI para investigar as responsabilidades do governo na gestão da pandemia.
“Todas as pessoas que cometeram erros neste momento vão pagar, vão ser responsabilizadas eleitoralmente, penalmente, civilmente, mas não podemos permitir que o Ministério da Saúde perca o foco do combate à pandemia. Assistimos um debate polarizado, os senadores fazendo mais discursos do que interrogando pessoas”, criticou o presidente da Câmara, referindo-se à CPI da Covid.
Ao analisar a fala de Arthur Lira, o deputado federal Filipe Barros, durante o Boletim da Noite desta terça-feira (25), reconheceu que o presidente da Câmara “tem sido muito honesto e justo”.
“No período de sua campanha para presidente, havia feito um compromisso com a nossa bancada de criar a comissão especial do voto impresso e auditável, e de fato criou. Me parece que naquela visita que o presidente fez com ele em seu estado, Alagoas, ele se manifestou favorável ao voto impresso e auditável. Ele está certo quando afirma que ele, como presidente da Casa, tem que dar ouvidos aos parlamentares e partidos políticos”, declarou Filipe Barros.
“Existe hoje na Câmara dos Deputados, assim como uma parcela que é contrária, uma grande parcela que é favorável ao voto impresso auditável. O desafio é fazer com que os parlamentares entendam qual é a proposta, de modo a fazer com que esse tema avance na Câmara dos Deputados e posteriormente no Senado Federal”, concluiu o parlamentar. Via Terça Livre
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