quinta-feira, 14 de outubro de 2021

'Justiça cada vez mais lenta', diz mãe de jovem assassinada há quase três meses em Petrolina

Quase três meses depois do assassinato da jovem Monique Jéssica da Silva, de 27 anos, a família segue convivendo com a dor e o sentimento de injustiça. O autor do crime, praticado no último dia 25 de julho, no bairro São Jorge, em Petrolina, Sertão de Pernambuco, continua foragido. A mãe da vítima, Maria do Socorro da Silva Santos, reclama do andamento das investigações.
“Ele é idoso, daqui uns dias morre e ela que perdeu a vida. Ele chegou e tirou a vida dela por causa de uma besteira. A justiça cada vez mais lenta, mais lenta, mais lenta. A gente não sabe onde ele mora, onde se esconderam. Até hoje a gente não sabe notícia de ninguém da casa dela. A justiça só de Deus. Ele se escondeu para nós, mas para Deus ele não se escondeu não. Deus sabe de tudo”.
Monique Jéssica foi morta a tiros. O autor dos disparos é avô da ex-cunhada da vítima. Segundo a família, a motivação do crime foi a disputa pelos bens do irmão de Monique, que morreu no mês de maio. A ex-companheira queria ficar com uma moto que ele havia deixado para a irmã.

Dona Maria do Socorro diz que não consegue esquecer o momento em que viu a filha morta. Monique foi assassinada quando estava indo na casa da ex-cunhada pegar os sobrinhos.
“Quando eu vi ela dentro carro, deitada com um tiro embaixo do queixo e outro na cabeça, com a mãozinha dela caída na direção do carro, eu fiquei doida, desesperada, chorando. Foi muito ruim pra mim. Até hoje não esqueço essa cena. Eu durmo, acordo e vejo ela do mesmo jeito dentro carro. É muito difícil”.
Irmão mais novo de Monique, Júlio César da Silva Santos diz que a família está enfrentando dificuldades para ter acesso ao andamento do caso. “Não temos nada, nenhuma resposta sobre a polícia. A única coisa que eles sabem dizer é que está sob investigação. Não abre nada para dizer a gente como está o andamento das investigações”.

Júlio, que no dia do crime tinha ido com Jéssica até a casa da ex-cunhada, espera que o responsável pela morte da irmã seja preso.

“Eu clamo por justiça. Eu quero justiça. Um assassino não pode ficar impune, solto em uma rua. Do jeito que ele fez com ela, ele pode fazer com outras pessoas”.

Sobre as investigações, a Polícia Civil disse, através de nota, que a 25ª Delegacia de Homicídios de Petrolina “concluiu o Inquérito Policial e já remeteu ao Ministério Público de Pernambuco com indiciamento e solicitação de cumprimento de Mandado de Prisão Preventiva”.

Para dona Maria do Socorro, ficou o vazio deixado pela filha. “Até hoje ela faz falta na minha vida, porque ela era minhas mão e meus pés. Resolvia tudo para mim, eu não resolvia nada. Quem resolvia tudo era ela. Eu ia fazer as coisas e ela dizia: ‘Mamãe, não se preocupe não porque eu resolvo tudo pra senhora’. No dia que aconteceu isso, eu fiquei doida, desesperada”, afirma. G1

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