Quase três meses depois do assassinato da jovem Monique Jéssica da Silva, de 27 anos, a família segue convivendo com a dor e o sentimento de injustiça. O autor do crime, praticado no último dia 25 de julho, no bairro São Jorge, em Petrolina, Sertão de Pernambuco, continua foragido. A mãe da vítima, Maria do Socorro da Silva Santos, reclama do andamento das investigações.
“Ele é idoso, daqui uns dias morre e ela que perdeu a vida. Ele chegou e tirou a vida dela por causa de uma besteira. A justiça cada vez mais lenta, mais lenta, mais lenta. A gente não sabe onde ele mora, onde se esconderam. Até hoje a gente não sabe notícia de ninguém da casa dela. A justiça só de Deus. Ele se escondeu para nós, mas para Deus ele não se escondeu não. Deus sabe de tudo”.
Monique Jéssica foi morta a tiros. O autor dos disparos é avô da ex-cunhada da vítima. Segundo a família, a motivação do crime foi a disputa pelos bens do irmão de Monique, que morreu no mês de maio. A ex-companheira queria ficar com uma moto que ele havia deixado para a irmã.
Dona Maria do Socorro diz que não consegue esquecer o momento em que viu a filha morta. Monique foi assassinada quando estava indo na casa da ex-cunhada pegar os sobrinhos.
“Quando eu vi ela dentro carro, deitada com um tiro embaixo do queixo e outro na cabeça, com a mãozinha dela caída na direção do carro, eu fiquei doida, desesperada, chorando. Foi muito ruim pra mim. Até hoje não esqueço essa cena. Eu durmo, acordo e vejo ela do mesmo jeito dentro carro. É muito difícil”.
Irmão mais novo de Monique, Júlio César da Silva Santos diz que a família está enfrentando dificuldades para ter acesso ao andamento do caso. “Não temos nada, nenhuma resposta sobre a polícia. A única coisa que eles sabem dizer é que está sob investigação. Não abre nada para dizer a gente como está o andamento das investigações”.
Júlio, que no dia do crime tinha ido com Jéssica até a casa da ex-cunhada, espera que o responsável pela morte da irmã seja preso.
Sobre as investigações, a Polícia Civil disse, através de nota, que a 25ª Delegacia de Homicídios de Petrolina “concluiu o Inquérito Policial e já remeteu ao Ministério Público de Pernambuco com indiciamento e solicitação de cumprimento de Mandado de Prisão Preventiva”.
Para dona Maria do Socorro, ficou o vazio deixado pela filha. “Até hoje ela faz falta na minha vida, porque ela era minhas mão e meus pés. Resolvia tudo para mim, eu não resolvia nada. Quem resolvia tudo era ela. Eu ia fazer as coisas e ela dizia: ‘Mamãe, não se preocupe não porque eu resolvo tudo pra senhora’. No dia que aconteceu isso, eu fiquei doida, desesperada”, afirma. G1
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