Metrópoles
A Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) assinou R$ 199,9 milhões em contratos com a gigante chinesa LiuGong, entre 2023 e 2024, mostram dados da estatal compilados pela coluna. Ao todo, há 73 acordos fechados com a empresa, que produz equipamentos de construção.
Como a coluna do Tácio Lorran revelou ontem, tanto o Tribunal de Contas da União (TCU) quanto o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) puniram a LiuGong por falsificação de documentos e por fraude em licitação. A empresa foi declarada inidônea e, por isso, não pode participar de pregões do governo federal por 1 ano. Também precisará pagar multa de R$ 2,35 milhões.
Em setembro de 2024, o TCU já havia declarado a empresa como inidônea por 5 anos, mas o ministro Jhonatan de Jesus derrubou a decisão. A virada no caso ocorreu em julho, quando o relator, Walton Alencar Rodrigues, reaplicou a pena, mas a reduziu para 1 ano.
A LiuGong atua no mercado internacional há mais de 65 anos e, hoje, alcança um faturamento bilionário. A companhia chegou ao Brasil em 2008 e fabrica equipamentos no país desde 2015. Parte dos produtos se destina à Codevasf, à qual fornece retroescavadeiras, escavadeiras hidráulicas, motoniveladoras e pás-carregadeiras.
Questionada pela coluna do Tácio Lorran, a LiuGong disse discordar com a penalidade imposta pelo Dnocs na esfera extrajudicial. Diante desse cenário, tem trabalhado para a imediata adoção das medidas judiciais pertinentes a fim de torná-la sem efeito.
“A LiuGong tem confiança de que sempre agiu nos estritos termos da lei e entende que a interpretação dada no processo administrativo não reflete a realidade dos fatos ocorridos, bem como se afasta da melhor aplicação da legislação vigente”, informou a gigante chinesa.
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