Segundo ele, o Governo de Pernambuco está investindo mais de R$ 100 milhões em obras estruturantes que deverão garantir a segurança hídrica da cidade pelos próximos 20 anos. Mesmo sabendo que no momento a distribuição tem gerado críticas, ele disse que a Compesa está trabalhando duro para reverter o problema e que a resolução chegará
Motivos para escassez
Freire explicou que a atual falta d’água ocorre porque a produção está no limite da demanda da população.
“O volume que nós produzimos de água hoje em Petrolina é compatível com a demanda da cidade, mas ele está muito próximo dessa demanda. Isso foi um reflexo de já haver necessidade no investimento, na expansão da produção de água e tratar mais água em Petrolina. Então, hoje, pelo fato de nós estarmos aí nesse limite entre a oferta e a demanda, qualquer problema que eu tenha na oferta afeta a rede de disposição”.
Investimentos e obras em andamento
O diretor destacou que o setor de saneamento no Brasil e em Pernambuco passou anos com baixo investimento. Segundo ele, a atual gestão estadual colocou o tema como prioridade.
“O setor ficou muito tempo subfinanciado. A governadora Raquel Lyra tem tratado a questão do abastecimento como uma prioridade. Ela determinou o desenvolvimento de projetos e a captação de recursos, e só para Petrolina estamos investindo cerca de R$ 100 milhões”, disse.
Entre as ações em curso, Freire mencionou a construção de uma nova Estação de Tratamento de Água (ETA) no Distrito Industrial, orçada em R$ 17 milhões.
“A obra já está em execução. Até o fim de outubro, lançaremos uma nova licitação, de R$ 42 milhões, para interligar a ETA Vitória à nova estação. Essa estrutura vai bombear água tratada que abastecerá toda a cidade, chegando ao reservatório do Cálice, no Centro”, explicou.
Aumento da capacidade de oferta
Atualmente, Petrolina necessita de cerca de 1.000 litros de água por segundo para atender à população. Com as novas intervenções, a capacidade de produção deve chegar a 1.400 litros por segundo. “Petrolina não cresce, ela explode. Essa nova estação vai trazer mais segurança hídrica para acompanhar esse crescimento”, afirmou o diretor.
Além da ampliação, a Compesa planeja recuperar as ETAs Vitória e Centro (ETA 01), com investimentos de R$ 8 milhões em cada unidade. “Vamos reabilitar e aumentar a capacidade das estações. Os primeiros resultados devem aparecer ao longo do próximo ano, e a conclusão das obras está prevista até o fim de 2026”, finalizou Freire.
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