Segundo a delegada, Petrolina voltará a receber atenção especial por ser ponto de passagem de cargas ilícitas que abastecem esquemas internacionais. Adriana lembrou que investigações como a Operação Além Mar — uma das maiores já realizadas pela PF — revelaram que contêineres usados para o envio de cocaína ao exterior cruzavam a região do Vale do São Francisco antes de seguir para portos brasileiros.
Durante a fase sigilosa da operação, mais de dez toneladas de cocaína foram apreendidas na Europa e em portos do Brasil. De acordo com ela, o esquema incluía a movimentação de contêineres que chegavam vazios ao país pelo porto de Natal, passavam por Juazeiro e Petrolina para carregamento e, em seguida, eram desviados para o tráfico internacional.
Por esses motivos, a delegada afirma que a presença mais robusta da Polícia Federal na cidade é indispensável. A PF já organiza a instalação de novas estruturas físicas no município para sediar equipes especializadas, integradas à Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco), que reúne policiais federais, militares e civis em ações conjuntas.
Além disso, o Aeroporto Internacional de Petrolina também receberá uma unidade reforçada da PF, medida considerada estratégica diante da expectativa de retomada de voos internacionais de cargas. Segundo Adriana, a atuação no terminal é fundamental, já que o tráfico utiliza movimentação de mercadorias e fluxo financeiro para tentar burlar a fiscalização.
A nova superintendente reforça que o objetivo é “atacar o tráfico na origem e no fluxo”, com foco na descapitalização das organizações criminosas e no monitoramento das rotas utilizadas pelas quadrilhas que operam dentro e fora do país. Via: Waldiney Passos
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