segunda-feira, 22 de novembro de 2021

Caixa paga hoje Auxílio Brasil a cadastrados com NIS final 4

A Caixa paga nesta segunda-feira (22) o Auxílio Brasil para beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) com final 4. O valor médio do benefício é de R$ 217,18. As datas seguirão o modelo do Bolsa Família, que pagava os beneficiários nos dez últimos dias úteis do mês.

O beneficiário poderá consultar informações sobre as datas de pagamento, o valor do benefício e a composição das parcelas em dois aplicativos: Auxílio Brasil, desenvolvido para o programa social, e o aplicativo Caixa Tem, usado para acompanhar as contas poupança digitais do banco.

Benefícios básicos

O novo programa social tem três benefícios básicos e seis suplementares, que podem ser adicionados caso o beneficiário consiga um emprego ou tenha um filho que se destaque em competições esportivas ou em competições científicas e acadêmicas.

Podem receber o Auxílio Brasil as famílias com renda per capita de até R$ 100, consideradas em situação de extrema pobreza, e aquelas com renda per capita de até R$ 200, consideradas em condição de pobreza. 

Calendário de pagamento

Calendário de pagamento do Auxílio Brasil
Calendário de pagamento do Auxílio Brasil - Divulgação/Caixa

Agência Brasil elaborou um guia de perguntas e respostas sobre o Auxílio Brasil. 

Entre as dúvidas que o beneficiário pode tirar estão os critérios para integrar o programa social, os nove tipos diferentes de benefícios e o que aconteceu com o Bolsa Família e o auxílio emergencial, que vigoraram até outubro.

Segundo o Ministério da Cidadania, neste primeiro mês de funcionamento do novo programa social, serão contempladas mais de 14,5 milhões de famílias em um investimento superior a R$ 3,25 bilhões. Agência Brasil 

Combate a incêndio na Ilha do Fogo durou mais de três horas, segundo Major

Um incêndio registrado no final de semana, na Ilha do Fogo, assustou a população de Juazeiro e Petrolina. O trabalho de combate ao fogo durou mais de três horas, segundo o Major Oliveira do 4º Grupamento do Corpo de Bombeiros de Pernambuco.

Em entrevista ao programa Super Manhã com Waldiney Passos, nesta segunda-feira (22), ele detalhou o trabalho dos bombeiros. “A nossa equipe foi acionada no sábado por volta de 17h15, estávamos até em um deslocamento para captura de animal. A guarnição ficou até às 21h da noite, foi um combate longo”, afirmou à Rádio Jornal.

O Major ainda relatou que não é possível informar a causa do incêndio – inclusive se ele foi criminoso – pois o local onde as chamas começaram estava completamente destruído.

“O incêndio estava se aproximando da sede das associações de pescadores, contamos com apoio do Corpo de Bombeiros da Bahia e da associação dos pescadores. Esse auxílio nos ajuda muito a conseguir debelar o incêndio”, destacou. Via Blog Wanderley Passos 

Presidente Bolsonaro sanciona o auxílio-gás para famílias de baixa renda



O presidente da República, Jair Bolsonaro, sancionou a lei que institui o auxílio gás, projeto criado para reduzir os efeitos do preço desse produto sobre o orçamento das famílias de baixa renda. A sanção foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira (22) com data da última sexta-feira (19), prazo limite para que o chefe do Executivo desse seu aval à proposta.

benefício, que recebeu o nome de "Gás dos Brasileiros", será concedido às famílias inscritas no CadÚnico (Cadastro Único para Programas Sociais) com renda mensal per capita inferior a meio salário mínimo ou que tenham membros que recebam o Benefício de Prestação Continuada (BPC). O auxílio será concedido preferencialmente a mulheres que tenham sido vítimas de violência doméstica e que estejam sob monitoramento de medidas protetivas de urgência.


A lei prevê que cada família tenha direito a pelo menos 50% do valor médio do botijão de gás de 13 kg, a cada bimestre, estabelecido pelo Sistema de Levantamento de Preços (SLP), da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), nos últimos seis meses. O programa tem previsão de duração de cinco anos.


O projeto do auxílio-gás foi aprovado pela Câmara dos Deputados no fim de setembro e pelo Senado Federal em 19 de outubro. Como sofreu alterações, o texto voltou para a Câmara, recebendo aprovação no dia 27 de outubro último.

Fonte de recursos

O auxílio-gás terá como fonte de custeio os royalties devidos à União em razão da produção de petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos sob o regime de partilha de produção; a parcela da receita de comercialização do excedente em óleo da União; o bônus de assinatura nas licitações de áreas para a exploração de petróleo e gás natural; os dividendos da Petrobras recebidos pela União; as receitas arrecadadas por intermédio da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) incidente sobre a importação e a comercialização de petróleo e derivados; e outras dotações orçamentárias. R7

Veja as vagas de emprego oferecidas em Petrolina, nesta segunda-feira (22)

 


Foram divulgadas as vagas de emprego disponíveis nesta segunda-feira (22) em Petrolina no Sertão de Pernambuco. As oportunidades são disponibilizadas pela Agência do Trabalho de Pernambuco.

Os interessados nas oportunidades podem entrar em contato com a Seteq através da internet. O atendimento na Agência do Trabalho ocorre apenas com agendamento prévio, feito tanto pelo site da secretaria, quanto pelo Portal Cidadão.



Petrolina

Contato: (87) 3866 - 6540


Vagas disponíveis


Vagas Função Escolaridade Experiência Salário Observações

01 Mecânico de Refrigeração Médio Completo 6 Meses CTPS Não Informado

01 Operador de caixa Fundamental Completo 6 Meses CTPS Não Informado *Vaga para Pessoa com Deficiência

01 Repositor de mercadorias Fundamental Completo 6 Meses CTPS Não Informado *Vaga para Pessoa com Deficiência

01 Técnico em eletromecânica Médio Completo Não exigida Não Informado

01 Trabalhador rural Fundamental Completo Não exigida Não Informado *Vaga para Pessoa com Deficiência. G1


domingo, 21 de novembro de 2021

PRF apreende cocaína e prende motorista por tráfico de drogas em Juazeiro

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu, na manhã deste sábado (20) 7,8 Kg de cocaína em Juazeiro, norte da Bahia. Equipe da PRF realizava fiscalização no Km 13 da BR 407, quando abordou o veículo Chevrolet/Onix, que era conduzido por um homem de 49 anos.
Na entrevista, o condutor demonstrou um nervosismo injustificado quando questionado sobre a viagem que fazia. As informações desencontradas e o comportamento anormal elevou o grau de suspeita, o que resultou em uma busca detalhada no veículo.
Ao averiguar minunciosamente, os PRFs acabaram encontrando vários sacos com cocaína, escondidos no para-choque traseiro do Onix. A pesagem totalizou 7,8 Kg (sete quilos e oitocentas gramas) da substância.
O homem disse que a droga teria como destino a cidade baiana de Juazeiro e que no ato da entrega receberia 10.000 reais pelo transporte.
Com essa apreensão o prejuízo para o narcotráfico foi de R$ 1.400.000,00.

Pelo crime de tráfico de drogas (art. 33 da Lei 11.343/2006), o motorista recebeu voz de prisão e a ocorrência foi encaminhada para a Polícia Judiciária Civil de Juazeiro. Via Waldney Passos 

Homem é encontrado morto com sinais de espancamento dentro do cemitério em Petrolina

Um homem foi encontrado morte, na manhã deste domingo (21), dentro do Cemitério Público Campo das Flores no Centro de Petrolina, no Sertão de Pernambuco.

Segundo informações extraoficiais, a vítima, que ainda não foi identificada, apresentava sinais de espancamento. A Polícia Civil de Pernambuco instaurou um inquérito para investigar o caso.

O corpo foi encaminhado ao IML de Petrolina. Via Waldney Passos 

Ex-apresentador do GRTV, Elizandro Oliveira, Morre aos 42 anos

Morreu neste deste sábado (20) o ex-apresentador e ex-gerente de jornalismo da TV Grande Rio, afiliada da Rede Globo em Petrolina, Elizandro Oliveira, aos 42 anos.

De acordo com informações de familiares, Elizandro estava em Curaçá (BA), passando férias com a família, quando se sentiu mal e foi rapidamente socorrido, mas não resistiu a um infarto fulminante.

O ex-apresentador deixa a esposa, a jornalista Larissa Brandão, e dois filhos. Atualmente ele trabalhava na Rede Amazônica, afiliada da Rede Globo no Amazonas. Durante os sete anos em que atuou na TV Grande Rio, fez história na condução do jornalismo sanfranciscano. Via Waldney Passos 

sábado, 20 de novembro de 2021

Governo articula subir Auxílio Brasil para R$ 400 antes do Natal

Para aprovar a PEC dos Precatórios ainda neste mês e viabilizar o incremento do Auxílio Brasil para R$ 400 antes do Natal, a liderança do governo no Senado admite alterações no texto e articula incorporar emendas que garantam apoio, sobretudo, das bancadas do MDB e do PSD. Na mesa, a mudança que possui maior consenso é tornar o benefício social permanente, alternativa que também agrada à oposição. 

A proposta, atualmente, não tem votos suficientes para ser aprovada. O governo percebeu que, sem alteração, não conseguirá fazer passar a PEC dos Precatórios. A base tem pressa para decidir sobre o assunto e aprovar o incremento do Auxílio Brasil neste ano. Por isso, surge a possibilidade de fatiar a PEC. Emendas que exigissem o retorno à Câmara para apreciação seriam incorporadas a uma proposta secundária. Já os itens do texto já aprovado pelos deputados sobre os quais houvesse consenso continuariam na PEC dos Precatórios e seguiriam para promulgação o quanto antes. 

No texto principal ficariam os limites para o pagamento de precatórios e a mudança no cálculo do teto de gastos para as pendências da União. O restante da dívida seria postergada ou quitada por meio de outros acordos judiciais, como troca por ativos. Com essa mudança, o governo espera abrir um espaço fiscal de R$ 91,6 bilhões para 2022. A ideia é aprovar a PEC em 30 de novembro. 

Auxílio Brasil como moeda de troca

No Palácio do Planalto, já há consenso para, como moeda de troca, garantir a permanência do Auxílio Brasil, com pagamento de R$ 400 mensais por família. Mas a proposta precisaria do aval da Câmara e, por isso, entraria nessa PEC alternativa, assim como todas as emendas que caracterizam mudança no texto original. A deliberação está prevista para meados de dezembro.

A PEC alternativa é uma proposta nova e começou a ser articulada entre os presidentes da Câmara e do Senado, deputado Arthur Lira (PP-AL) e senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o líder do governo no Senado e relator da matéria na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), Fernando Bezerra (MDB-PE), conforme apurou o R7

A ideia inicial de Bezerra, no entanto, era articular um texto consensual que não precisasse voltar para a Câmara e que passasse no Senado com um placar tranquilo. Essa não é a realidade, ainda que, pelos cálculos do parlamentar, 51 senadores estivessem dispostos a fazer passar a PEC – dois votos a mais que o necessário para aprovar a matéria. Levantamento feito pelo R7 na última semana mostra, entretanto, que somente 18 senadores declaram apoio à PEC – 28 já se dizem contra a proposta.

Propostas de alteração

Fatiar a PEC dos Precatórios é uma medida que encontrará barreiras por parte da oposição. "Acho isso impossível, uma teoria que não funciona. Não vejo como fatiar uma PEC", adiantou, ao R7, o senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR).

Junto aos senadores José Aníbal (PSDB-SP) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE), Oriovisto propôs uma proposta substitutiva que prevê a retirada dos precatórios do teto mas exige o pagamento integral das chamadas RPVs (requisições de pequeno valor) em 2022. Assim, na avaliação do trio, haveria abertura fiscal para bancar o incremento do auxílio social e a possibilidade da quitação das dívidas menores.

"Entregamos a proposta e vamos conversar na terça ou quarta. Dependendo do que Bezerra propuser, poderá haver negociação", afirmou Oriovisto. A proposta dos três senadores, no entanto, não tem apoio do MDB, a maior bancada do Senado. O governo busca apoio do MDB e do PSD, as duas maiores bancadas da casa, que, juntas, têm 27 votos.

Há consenso apenas sobre tornar o auxílio permanente. Por isso, a expectativa é que o substitutivo não ganhe apoio. A bancada do MDB tem uma série de alternativas que serão apresentadas durante a semana. Avaliar as emendas somente em uma proposta paralela ainda é uma medida que precisa ser bem trabalhada com as bancadas do MDB e do PSD.

O MDB sugere, além do auxílio social como política de Estado, a criação de uma comissão mista para auditar os precatórios e estabelecer uma trava para os aumentos das dívidas ano a ano. A bancada quer criar um limite anual no valor dos precatórios a serem pagos, conforme apurou o R7 junto ao gabinete do vice-líder da bancada, senador Marcelo Castro (PI).

O objetivo é procurar uma solução a fim de que os pagamentos parem de gerar uma bola de neve de pendências para a União. "Precatório era uma coisa insignificante dentro do Orçamento, e está cada dia mais ganhando espaço. Precisamos botar um freio nisso", afirmou Castro na quinta-feira (18). 

A bancada também quer priorizar o pagamento de precatórios relacionados ao antigo Fundef (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério). Em suma, as emendas procuram definir para onde deve ser destinado o espaço fiscal, limitando o governo a gastar com políticas sociais e evitando, por exemplo, bancar um aumento salarial de servidores, medida que já foi rebatida pelo próprio líder do governo.

"Acho que o cobertor está muito curto e que todo o esforço que estamos fazendo agora não é para atender a um reajuste de servidor. É para atender os mais pobres do Brasil", disse Bezerra, na quarta-feira (17). A verba também poderia ser aplicada para reajuste pela inflação de despesas obrigatórias na área da previdência social. 

Na segunda-feira (22), o Senado promoverá uma sessão temática para debater a PEC dos Precatórios. O objetivo é alinhar todas essas alternativas postas na mesa e angariar apoio, sobretudo do MDB e do PSD, para garantir uma aprovação menos apertada.


    Enem começa a ser aplicado amanhã em todo o país

    O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021 começa a ser aplicado amanhã (21) em todo o país nas modalidades impressa e digital. Tanto as provas quanto o tema da redação serão iguais nas duas modalidades. Ao todo, 3,1 milhões de candidatos farão o exame. 

    O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela realização das provas, divulgou nesta semana os números oficiais do exame, que é a principal forma de ingresso no ensino superior público, pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), de obtenção de bolsas por meio do Programa Universidade para Todos (ProUni) e de participação no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). 

    Ao todo, 3.109.762 de candidatos farão o Enem impresso e 68.891, o Enem digital. A maioria está nos estados de São Paulo (470.809), Minas Gerais (300.868) e Bahia (239.101). As mulheres representam 61,6% dos candidatos e as pessoas negras, soma de pretos e pardos, 54% dos inscritos. 

    O Enem impresso será realizado em 11.074 locais de prova em 1.747 municípios. Nessa modalidade, são mais de 460 mil pessoas envolvidas na aplicação do exame, entre coordenadores estaduais, municipais, aplicadores, corretores de redação e supervisores. Quase 50 mil pessoas atuam apenas no transporte, segurança e distribuição das provas. Outros mais de 20 mil profissionais dos Correios também fazem parte da operação

    Já o Enem digital envolve mais de 17 mil pessoas na realização das provas. O exame nesse formato será aplicado em 831 locais de prova em 99 municípios. 

    Este será o segundo Enem aplicado neste ano, já que as provas de 2020 foram adiadas por causa da pandemia e acabaram sendo aplicadas em janeiro e fevereiro.

    O que é preciso saber 

    Assim como a edição de 2020, o Enem 2021 terá regras especiais devido à da pandemia. O uso de máscara facial será obrigatório nos locais de aplicação. Participantes que estiverem com covid-19 ou com outras doenças infectocontagiosas não devem comparecer ao exame e podem solicitar a reaplicação. O descumprimento das regras poderá levar à eliminação do candidato.

    No dia da prova, além da máscara de proteção facial, é obrigatório levar documento de identificação original, com foto. Não são aceitos documentos digitais. Entre as identificações aceitas estão a Carteira de Identidade (CNH), o passaporte e a Carteira de Trabalho emitida após 27 de janeiro de 1997. 

    Outro item obrigatório é a caneta esferográfica de tinta preta fabricada em material transparente. Ela é necessária para preencher o cartão de respostas no Enem impresso e para escrever a redação tanto no Enem impresso quanto no Enem digital. É recomendado ainda que os participantes levem lanche e água, já que a prova tem uma duração longa. 

    É recomendado também que se leve no dia do exame o Cartão de Confirmação da Inscrição. Nele está, entre outras informações, o local de prova. O cartão pode ser acessado na Página do Participante

    Caso necessitem comprovar que participaram do exame, os estudantes podem, também, na Página do Participante, imprimir a Declaração de Comparecimento para cada dia de prova, informando o CPF e a senha. A declaração deve ser apresentada ao aplicador na porta da sala em cada um dos dias. Ela serve, por exemplo, para justificar a falta ao trabalho. 

    Primeiro dia de prova 

    No primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021, no próximo domingo (21), os candidatos farão, além das provas objetivas de linguagens e ciências humanas, a única prova subjetiva da avaliação, a redação.

    Os portões abrem às 12h e fecham às 13h. Não é permitido entrar após o fechamento dos portões. As provas começam a ser aplicadas às 13h30 e terminam às 19h. O horário é o de Brasília. No próximo domingo (28), os participantes fazem as provas de matemática e ciências da natureza.

    Questões do Enem

    Para testar os conhecimentos, os estudantes podem acessar gratuitamente o Questões Enem, um banco que reúne todas as questões do Enem de 2009 a 2020. No sistema, é possível escolher quais áreas do conhecimento se quer estudar. O banco seleciona as questões de maneira aleatória. Agência Brasil 



    A censura voltou: Os ministros do STF resolveram trazê-la para o convívio dos justos outra vez

    Censura, aqui me tens de regresso e suplicante te peço minha nova inscrição. Vocês, prezados leitores, sabem quem está cantando estes versos ora alterados? São decisões que na alma me têm posto um não sei quê, que nasce não sei onde, vem não sei como e dói não sei por quê.

    Mas será que é de bom tom invocar Nelson Gonçalves misturado a Camões para tratar de assunto assaz indigesto? Talvez fosse melhor fazê-lo com a pena da galhofa e a tinta da melancolia, à la Machado de Assis. Afinal, o poeta venceu a mesa censória e teve liberados os versos de Os Lusíadas porque já naquela época até os censores entendiam que encher as estrofes de deuses pagãos não atrapalhava o projeto da coroa portuguesa de alargar a fé e o império.

    O monstro da censura é conhecido dos brasileiros e está de volta, não por artes de um regime militar, fora de tempo e de lugar, mas porque ministros do STF sponte sua, isto é, espontaneamente, sem ser provocados, resolveram trazê-la para o convívio dos justos outra vez. Na verdade, sejamos justos, sponte sua, de livre vontade, mesmo, não, porque houve casos em que parlamentares derrotados foram ao tapetão para virar do avesso o direito. A censura não pode ser legitimada quando o direito se torna o torto autorizado.

    E se é autorizado pela Suprema Corte, o que se pode fazer? Este é o grande impasse. Recorrer a quem depois de proibido pelo STF? Voltou quem nunca tinha ido embora, de fato. Desde a República, a censura vai até a porta, sai para dar uma voltinha, respira um ar fresco ela também e depois volta.

    E por que voltou? Voltei pra rever os amigos que um dia eu deixei a chorar de alegria. Diferentemente do boêmio, porém, não é verdade que a censura partiu alegre, ela que tinha ido embora numa tímida festa no Teatro Casa Grande, no Rio.

    Jamais esquecerei esse dia. Era 29 de julho de 1985. Eu estava sentado ao lado de Rubem Fonseca, autor então proibido, e ele me chamou a atenção para quem aparecia numa das fileiras atrás de nós, sozinha. Era a modelo Roberta Close, pioneira na recuperação das sexualidades tidas por ilegítimas, como então se dizia das modalidades proibidas do sexo, sobretudo de homossexuais, na refinada pena dos franceses, dos quais Michel Foucault era, então, um dos luminares.

    É verdade que havia coragem, mas não sem limites nem reservas, como revelaria o jornalista e escritor francês Hervé Guibert, em 1990, um ano antes de morrer de Aids. Foucault tinha morrido em 1984, aos 58 anos, já contaminado e sem avisar o amigo, morto aos 36, que em 1991 publicaria o livro Para o amigo que não me salvou a vida, publicado em 1991 na França e em 1995 no Brasil. Foucault fez autocensura e com isso trouxe a morte para o amigo.

    Embora seja comum festejar-se o fim da censura com um evento em que o ministro da Justiça Fernando Lyra estivera no palco liberando tudo, não foi bem assim. Lembro-me de que Rose Marie Muraro recolhia pedaços de papel de quem estivesse perto dela nas primeiras filas e os fazia chegar ao ministro que os ia pondo no bolso do paletó. E de repente ela bradou da plateia: “tem que ler os títulos porque daí libera, é um ato oficial”. E assim foi feito. Aqueles papeizinhos traziam títulos de livros, filmes, músicas e peças de teatro a ficar doravante sem censura. Ainda assim, na sequência, naquele mesmo governo era proibido o filme Je vous salue, Marie, do cineasta francês Jean-Luc Godard, que, inventando a nouvelle vague convocava os cineastas a seguir caminhos diferentes dos de Hollywood.

    A censura veio naquela vez, como agora, de onde menos se esperava. O escândalo do filme levou muitos dos que tinham lutado contra a censura a abandonar as trincheiras da liberdade e a filiar-se a outras, que agora a suplicavam. Entre os que lideravam a volta às trevas estava uma entidade que tinha sido voz forte nos clamores da redemocratização, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que considerou “obsceno e herético” o filme de Godard e fez campanha pela sua proibição, conseguindo retirá-lo do 2º Festival Internacional de Cinema do Rio de Janeiro, ainda que à última hora.

    Era 1985, um ano que parecia nunca terminar. No Carnaval do ano seguinte 1986, o Pacotão, um dos blocos mais politizados e mais sarcásticos do Brasil, lançava a marchinha Je vous salueMarly, provocando o presidente José Sarney por alusão ao nome de sua esposa. Seu ministro realmente não proibira filme algum, o próprio presidente foi quem assinou o veto, pressionado por ninguém menos do que o secretário-geral da CNBB, o bispo Dom Luciano Mendes de Almeida.

    Pois é, a censura vai e volta. E agora voltou. De novo parodiando A volta do boêmio, cada presidente da República precisa de um STF para chamar de seu. Passada a concepção litúrgica do cargo, como queria Sarney, Collor ainda respeitou certos critérios de notório saber para indicar os novos ministros, mas Lula e Dilma olvidaram logo o antigo preceito e passaram a indicar por outros critérios, embora às vezes o tiro tenha saído pela culatra, como no caso de Joaquim Barbosa. O caso de corrupção tão emblemático quanto asqueroso precisara de nova palavra para designá-lo, pois nunca se vira algo tão sinistro como aquilo. E surgia a palavra mensalão, que estreara no português em 2005.

    A censura volta porque faz que vai embora, mas não vai, porque restam o consolo e a alegria de saber que depois da boemia é dela que o Brasil gosta mais, como na canção famosa. O brasileiro médio não quer saber de censura e abomina quem a pratica, mas quando ela prejudica os adversários ninguém parece se importar, além deles.

    O famoso teje preso sempre foi dito de brincadeira. É muito grave o que está acontecendo. Não se pode retroceder ao tempo em que queixar-se ao bispo era o último recurso.

    Nem todos sabem como a censura começa, mas certamente todos podem imaginar como é que termina. Se deixamos implícito que a censura aos outros não é conosco, quando chegar a nós não será com eles. E talvez seja tarde demais.

    Leia também: “A tecnocracia autoritária”, artigo de Rodrigo Constantino publicado na Edição 87 da Revista Oeste


    Deonísio da Silva é professor e escritor. Seus livros são publicados no Brasil e em Portugal pelo Grupo Editorial Almedina. Os mais recentes são De Onde Vêm as Palavras e o romance Stefan Zweig Deve Morrer.

    Revista Oeste 




    Seis capitais iniciam ‘mega vacinação’ contra a covid-19

    Ministério da Saúde promove a partir deste sábado, 20, uma campanha de “mega vacinação” contra a covid-19. A intenção é incentivar a população a voltar aos postos para tomar a segunda dose ou a dose de reforço.

    A campanha para aplicar vacinas contra a covid-19 continua até sexta-feira 26 e ocorrerá simultaneamente em seis capitais: São Paulo, Manaus, Curitiba, Salvador, Brasília e Rio de Janeiro.

    Segundo o Ministério da Saúde, “no período, os postos de vacinação em todo país estarão preparados para intensificar a imunização dos brasileiros”.

    Cerca de 21 milhões não voltaram para completar o ciclo vacinal, sendo São Paulo, com 4,1 milhões de pessoas; e Minas Gerais, com mais de 2,2 milhões, os Estados com mais recorrência de pessoas que só tomaram uma dose.

    “Essas doses estão disponíveis para a população, que ficará mais protegida e ajudará o Brasil a superar a crise sanitária e dar exemplo com uma das campanhas de vacinação mais bem-sucedidas do mundo, promovida integralmente pelo Sistema Único de Saúde”, disse o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

    Além disso, a campanha inclui as pessoas que já podem tomar a dose de reforço contra a covid-19. São 9,3 milhões de brasileiros aptos a tomarem essa dose.

    300 milhões de doses aplicadas

    Desde janeiro, quando a imunização contra a covid-19 começou, o Brasil aplicou mais de 300 milhões de doses de vacina.

    “Os resultados do avanço na vacinação refletem no cenário epidemiológico da doença. Desde o pico da pandemia, registrado em abril, a média móvel de óbitos caiu 91,7%”, comemora o Ministério da Saúde.

    Até o momento, 157,6 milhões de brasileiros receberam a primeira dose de vacinas contra a covid-19 e 129,8 milhões tomaram as duas doses ou dose única da vacina. Com isso, 73,3% da população-alvo completaram o ciclo vacinal.

    Se todos os 21 milhões de brasileiros voltarem aos postos para a dose 2, o número de pessoas com o esquema completo será de quase 85%. Revista Oeste 





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