sexta-feira, 15 de maio de 2020

Justiça Federal autoriza reabertura gradual de lojas em Brasília


A juíza Kátia Balbino de Carvalho Ferreira, da 3ª Vara Federal Cível do Distrito Federal, autorizou - nas primeiras horas da manhã desta sexta-feira (15) - a retomada gradual do comércio no Distrito Federal. Pela decisão, a reabertura deve ocorrer de forma escalonada, a cada 15 dias. O início do escalonamento ainda precisa ser planejado pelo Governo do Distrito Federal.
A magistrada listou a ordem que atividades devem ser liberadas. No primeiro bloco, estão atacadistas, representantes comerciais e varejistas, além de serviço de informação e comunicação, como agências de publicidade e consultorias empresariais. 
No mesmo rol há ainda as atividades administrativas e serviços complementares, como agências de viagem, fornecimento e gestão de recursos humanos para terceiros.
No chamado bloco intermediário, estão shoppings e centros comerciais, que podem abrir após 15 dias. No bloco 3 , onde as empresas podem abrir 30 dias após a liberação do primeiro grupo, estão os restaurantes e outros serviços de alimentação e bebidas. Serviços ambulantes de alimentação, como Food Trucks, buffês , cabeleireiros e outras atividades ligadas à beleza.
No bloco 4, para abrir 45 dias após o primeiro, estão cinemas, atividades culturais, academias, clubes e templos religiosos. Já escolas e administração pública estão por último na lista.

Exigências sanitárias

Na decisão, a magistrada diz ainda que para a retomada dessas atividades exigências sanitárias precisam ser cumpridas. 
As empresas devem, por exemplo, garantir o fornecimento de equipamento de proteção individual a todos os empregados, colaboradores, terceirizados e prestadores de serviço; álcool em gel 70% para trabalhadores e consumidores.
Os estabelecimentos também deverão ter regras específicas de higienização do ambiente; aferição de temperatura e encaminhamento à rede de saúde das pessoas com sintomas de doença; normas específicas que favoreçam o isolamento de idosos, crianças, gestantes e com doenças crônicas, tais como afastamento do trabalho, horário de atendimento especial ou com hora marcada, ou de entrega, além de escalas de revezamento de trabalho.
Para uso de banheiro e locais de alimentação também haverá regras específicas. No caso do transporte público, o governo terá que planejar o funcionamento em horários que melhor atendam a mobilidade dos trabalhadores, indicando os órgãos responsáveis pela fiscalização. Os ônibus também terão que ter regras sobre quantitativo de passageiros para evitar aglomeração.
“Ainda conforme proposto pelo Distrito Federal, deverá ser permitido acesso às partes dos dados referentes à ocupação de leitos hospitalares e UTIs (unidades de terapia intensiva), fluxo no uso de transporte coletivo, bem como demais elementos que permitam compreender de forma transparente as medidas que vêm sendo adotadas pelo Distrito Federal no combate à covid-19”, destacou a juíza Kátia Balbino.
A decisão da Justiça Federal veio pouco mais de uma semana depois de a juíza a ter ido pessoalmente à sala de situação do Palácio do Buriti, sede do governo local, junto com representes do Ministério Público. Lá, eles receberam informações sobre as medidas do Governo do Distrito Federal no enfrentamento à pandemia, Conforme já anunciado pelo governador Ibaneis Rocha, a intenção é  ampliar as atividades a partir da próxima segunda-feira (18). Agência Brasil

Prefeito, ex-ministro de Dilma, é denunciado por superfaturamento no interior de SP


Nesta semana, as atitudes transgressoras do petista Edinho Silva, ex-ministro de Dilma Rousseff e atual prefeito de Araraquara, interior de São Paulo, chegaram a um ponto crucial.
Na última terça-feira, 12, foi concluído um inquérito sobre as apurações de danos ao patrimônio público causado pela aquisição ‘superfaturada’ de produtos destinados à área de saúde, em Araraquara, usando como pretexto a pandemia de coronavírus.
Edinho por sua vez, negou tudo, como bom petista.
O jornalista e analista político, Augusto Nunes, soube explicar com exatidão o comportamento do malandro:
“Confrontado com as evidências de irregularidades na compra sem licitação de ventiladores hospitalares pela administração municipal de Araraquara, o prefeito petista Edinho Silva seguiu o roteiro dos devotos de Lula metidos em maracutaias. Negou ter feito o que fez, acusou o autor da denúncia de agir por motivos políticos, tratou como invencionices provas materiais, declarou anulada a transação e deu o caso por encerrado. Esqueceu que o destino de bandalheiras não é determinado por quem as pratica”, escreveu em seu Blog no R7.
Ainda segundo Augusto Nunes, o promotor de Justiça Herivelto de Almeida, responsável pelo inquérito do ex-ministro, ergue um monumento à verdade. Expõe a absurda diferença de preços, as contradições dos envolvidos, as explicações mambembes dos responsáveis pelo desperdício e sepulta em cova rasa as desculpas esfarrapadas do prefeito’.
Agora, conforme o documento assinado pelo promotor, o prefeito de Araraquara, deverá ser investigados por três instituições, Ministério Público Federal, Tribunal de Contas da União e Polícia Federal.
“Prisioneiro da arrogância, Edinho Silva achou que estava brigando apenas com jornalistas independentes. Terá de encontrar explicações mais convincentes para escapar da ação conjunta do Ministério Público, do TCU e da Polícia Federal. Como dizia Tancredo Neves, a esperteza, quando é muita, fica grande e come o dono. Edinho Silva não sabia disso”, reiterou Augusto Nunes.

quinta-feira, 14 de maio de 2020

Bolsonaro diz que entrar em lockdown é caminho para o fracasso


O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (14), em Brasília, na frente do Palácio da Alvorada, que a possibilidade de os estados do país aderirem ao lockdown é o "caminho para o fracasso". 
O termo em inglês significa confinamento e, na prática, se refere à imposição de medidas mais rígidas de isolamento social durante a pandemia do novo cornavírus.

"Não é esse o caminho. Esse é o caminho do fracasso, para quebrar o Brasil", disse Bolsonaro sobre a implementação de lockdown. O presidente também disse que o Brasil "está se tornando um país de pobres".
Nesta quinta, o Ministério Público do Rio sugeriu ao estado e à capital aderirem ao lockdown, com o fechamento de todas as atividades da economia não essenciais, para garantirem sucesso no combate ao novo coronavírus.

De acordo com o presidente, se continuar a quarentena como está "vai chegar um ponto que o caos vai se fazer presente aqui". Ele citou que 38 milhões de informais já perderam quase tudo. "Dessa forma, o preço serão centenas a mais de vidas que vamos perder", argumentou.
Bolsonaro comentou também a notícia do R7 de que tem aumentado muito o número de pedidos de brasileiros para pausar o crédito imobiliário na Caixa Econômica Federal,. “Ou seja, o pessoal não tem dinheiro para pagar a prestação da casa própria", afirmou. "O elemento perdeu o emprego ou teve o salário reduzido e não teve como pagar a prestação da casa própria. O que tá sobrando de dinheiro para ele está sendo para a comida.”
O presidente pediu para os governadores e prefeitos repensarem suas política em relação ao combate ao novo coronavírus. "Eu estou pronto para conversar."
"Tem que abrir. Nós vamos morrer de fome, a fome mata", declarou aos apoiadores. "Lá na frente vamos perder mais centenas de vida por causa dessa medida absurda de fechar tudo." R7

quarta-feira, 13 de maio de 2020

Que defesa da vida é essa? (veja o vídeo)


Depois de aproximadamente dois meses de quarentena, as provas científicas irrefutáveis da eficácia desse tipo de medida ainda não apareceram. Mas isso não surpreende aos mais atentos.
Em abril, a Organização Mundial da Saúde já havia dito que grande parte das contaminações estavam ocorrendo em casa. Em maio, Nova York, constatou que a maior parte das contaminações ocorreram em casa.
Se as quarentenas exercem qualquer efeito positivo no combate ao coronavírus, ninguém sabe ao certo, mas elas têm sido ótimas para combater os empregos, destruir postos de trabalho e a renda das famílias.
Nos EUA, os números já são os maiores desde a grande depressão: somente em abril, mais de 20 milhões de pessoas perderam seus empregos. No Brasil, expectativa de dobrar o número de desempregados.
Que defesa da vida é essa que nos próximos meses vai jogar 500 milhões de pessoas na pobreza? Que defesa da vida é essa que que vai deixar mais de 250 milhões de pessoas passando fome? Que defesa da vida é essa que vai gerar o maior retrocesso civilizacional que já se viu? Nem mesmo as grandes guerras fizeram isso.
Confira o comentário completo no vídeo:

Herbert Passos Neto

Jornalista. Analista e ativista político.

Após depoimento de Valeixo, Janaína se rende: “Precisamos ser justos, não houve crime”


Nesta terça-feira, 12, a jurista e deputada estadual de SP, Janaína Paschoal, em suas redes sociais, comentou o depoimento do ex-diretor-geral da Polícia Federal, delegado Maurício Valeixo.
Em sua primeira frase redigida na publicação, Janaína, logo mostrou arrependimento por seu posicionamento..
“Bom dia, Amados! Precisamos ser justos”, escreveu a parlamentar.
 Janaína afirmou que leu a íntegra do depoimento de Valeixo a Polícia Federal e chegou a conclusão de que Bolsonaro não cometeu crime algum.
“Diferentemente do que vem sendo publicado, o depoimento é completamente favorável ao Presidente da República. Doutor Valeixo já havia pedido para sair e, na véspera da demissão, foi consultado. Aliás, Valeixo foi consultado, à tarde, pelo Ministro (que não mencionou o "a pedido", mas queria indicar o substituto) e foi consultado, à noite, pelo próprio Presidente, o que denota respeito”, salientou.
De fato, o depoimento de Maurício Valeixo afastou a falsidade ideológica, que havia sido ventilada, após a pronunciamento de Sérgio Moro no anúncio de sua demissão.
A jurista reiterou que o depoimento foi além, pois o Delegado foi categórico ao assegurar que jamais houve interferência do presidente em investigações.
Para a parlamentar, qualquer pessoa minimamente conhecedora do Direito Penal dirá que não houve crime, pois, ao que parece, o ex-ministro Moro, demonstrou-se ‘temeroso’ e ‘desautorizado’, e este foi o motivo da sua saída.
Para finalizar, Janaína entende que é ‘injustificável’ manter a instauração do inquérito.
“Ao que tudo indica, não há [crime]. E inquérito serve para apurar crime”, finalizou a parlamentar.
 Confira as publicações de Janaína Paschoal:
da Redação Jornal da Cidade Online

terça-feira, 12 de maio de 2020

Médico do Nordeste afirma ter esvaziado UTI após tratamento com Cloroquina (veja o vídeo)




O médico oncologista Sabas Vieira, em um vídeo explica como ele e seus colegas do Hospital Regional Tibério Nunes, localizado em Floriano, no interior do Piauí, tiveram uma melhora significativa no tratamento do coronavírus, que inclusive chegou a zerar a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital.
Segundo Vieira, há sete semanas foi montado um grupo de médicos para ajudar no combate a doença.
Com a ajuda da médica Marina Bucar Barjud, uma piauiense que mora em Madri, e é coordenadora científica da Universidade de Zaragoza, na Espanha, puderam melhorar os números no combate a doença.
“No começo da doença em Madri, estava com uma mortalidade de 20% e agora no final estava em torno de 1,8%, lá no hospital que ela trabalha. E pudemos reproduzir esses resultados no nosso estado”, disse Vieira.
Conforme o oncologista, está sendo utilizado um coquetel a base de hidroxicloroquina e azitromicina na fase inicial do Covid-19 e posteriormente, caso haja necessidade, é adicionado corticoides no tratamento.
“Hoje a UTI de Floriano não tinha nenhum paciente com Covid-19 com essa abordagem precoce. Tanto precoce da fase um (Hidroxicloroquina + Azitromicina), quanto precoce da fase 2 (inflamatória)”, explicou o médico.
Sabas Vieira ainda ressaltou que até o momento não há evidências sólidas destas condutas, porém houve uma mudança ‘brutal’ na taxa de mortalidade.
Confira:
da Redação Jornal da Cidade Online

Valeixo desmente Moro e nega interferências de Bolsonaro na PF

Bolsonaro demite diretor da PF, em ato ‘assinado’ também por Moro

O ex-diretor-geral da Polícia Federal Maurício Valeixo jogou um balde de água gelada nos adversários do governo federal ao desmentir em depoimento a afirmação do ex-ministro da Justiça Sérgio Moro, assegurando que nunca houve interferência do presidente Jair Bolsonaro em investigações do órgão.

Ele contou também que o presidente avisou por telefone que o demitiria e avisou que o ato seria publicado com a expressão “a pedido”, com o que concordou.
Valeixo também afirmou que Bolsonaro nunca tratou diretamente com ele sobre troca de superintendentes nem nunca lhe pediu relatórios de inteligência ou informações sobre investigações ou inquéritos policiais, segundo consta do depoimento distribuído à imprensa.
“Para o depoente [Valeixo], a partir do momento em que há uma indicação com interesse sobre uma investigação específica, estaria caracteriza uma interferência política, o que não ocorreu em nenhum momento sob o ponto de vista do depoente”, diz o relatório do depoimento.
O ex-diretor conta que em duas oportunidades, uma presencialmente, outra pelo telefone, o presidente da República teria dito ao depoente que gostaria de nomear ao cargo de diretor-geral alguém que tivesse maior afinidade, “não apresentando nenhum tipo de problema contra a pessoa do depoente”.


segunda-feira, 11 de maio de 2020

Bolsonaro governa com ‘entulho’ dos tempos de PT, FHC e até de Geisel


Apesar da “guerra” à esquerda, o governo de Jair Bolsonaro mantém em postos importantes, de segundo e terceiro escalões, figuras nomeadas nos governos do PT de Dilma e até de Lula, além dos que se fingem de mortos em seus cargos desde o governo de FHC e até Michel Temer. Regina Duarte revelou esta semana que encontrou na sua secretaria de Cultura assessores ocupando os mesmos cargos desde Ernesto Geisel. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
Há um levantamento da Secretaria de Governo indicando dezenas de cargos nas mãos de partidos de oposição, como o PT, PDT e PSDB.
Na hora de fechar acordo envolvendo cargos no governo Bolsonaro, o “centrão” vai descobrir que já ocupa muitos deles e nem sabia.
Líderes admitem que vários dos egressos dos governos de Dilma, Lula e Temer colaboram com o atual governo, mas muitos o sabotam.
O problema é que o governo assumiu sem quadros qualificados para tocar a gestão e foi mantendo os que ocupavam cargos de confiança. Por Cláudio Humberto

PGR pede cautela na divulgação do vídeo de reunião ministerial; STF decreta sigilo


O procurador Geral da República, Augusto Aras, recomendou cautela na divulgação de vídeo de reunião ministerial citada pelo ex-ministro da Justiça Sérgio Moro, em seu depoimento à Polícia Federal, no curso do inquérito que investiga eventuais crimes cometidos na substituição do diretor-geral da Polícia Federal.
Ele acha que devem ser utilizados apenas os trechos do vídeo pertinentes à investigação do cometimento de algum tipo de crime que eventualmente tenha sido cometido pelo presidente, durante a reunião. Outros trechos que, divulgados, podem prejudicar os interesses do Brasil, diz Aras, deve ser mantido sob sigilo.
Augusto Aras fez essa recomendação beste domingo (10) durante entrevista ao programa Canal Livre, da Band. O chefe da PGR defende que apenas os trechos relacionados ao inquérito devem ser expostos.
A gravação é de uma reunião ministerial ocorrida em 22 de abril, quando teria ocorrido uma suposta discussão sobre a troca do comando na Polícia Federal, está sob sigilo por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello.
Neste fim de semana, o ministro autorizou que o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro e o Procurador-Geral da República tenham acesso à gravação. Com isso, o vazamento da íntegra do vídeo é só uma questão de tempo.
Augusto Aras também falou sobre as manifestações “antidemocráticas” que vem acontecendo no País. Um inquérito aberto pelo ministro do STF Alexandre de Moraes busca identificar os organizadores dos atos, que estariam cometendo crime previsto na Lei de Segurança Nacional. Para ele, atos contra a democracia não devem ser admitidos.
A conturbada relação entre o governo federal e os Estados também foi abordada durante a entrevista. O procurador geral defende a importância da harmonia entre os poderes para o enfrentamento da crise e o respeito à competência dos estados.
A Lei de abuso de autoridade, que entrou em vigor neste ano, pode afetar membros do Ministério Público no período pós-pandemia, segundo Augusto Aras. Ele fez ainda um apelo para que haja responsabilidade social e união contra a Covid-19, neste momento. Por Cláudio Humberto

domingo, 10 de maio de 2020

Cláudio Humberto: Previsões catastróficas não se concretizaram


A “Atualização Covid-19 nº15/2020” da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), de 22 de março, previa três cenários para o Brasil: o pior seguia países como Irã e Itália, com 8,6 mil mortes em 215 mil casos até 5 de abril. Mas só em 6 de maio o Brasil chegou a 8,5 mil mortes. Se em março fosse mantido o ritmo de França e Alemanha, seriam 2,8 mil mortes em 70 mil casos há um mês, mas o Brasil ficou abaixo até disso. Continue lendo - Por Cláudio Humberto

Pesquisa: maioria acha que o STF interfere muito nas decisões do governo


Levantamento nacional do instituto Paraná Pesquisas indica que a maior parte dos entrevistados acha que o Supremo Tribunal Federal (STF) está se excedendo em decisões que afetam atos de exclusiva prerrogativa do presidente Jair Bolsonaro. Segundo essa pesquisa, realizada para esta coluna e para o site Diário do Poder, 39% dos brasileiros consideram que o STF “interfere muito” no Executivo contra 34,1% que acham “pouco”. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
Do total de entrevistados, 18,8% avaliam que o STF “nada” interfere nos atos do governo, enquanto 8,2% não quiseram ou não souberam opinar.
A polêmica foi provocada sobretudo por decisões dos ministros Celso de Mello e Alexandre de Moraes anulando decretos, nomeações e MPs.

Brasília tem nova manifestação pró-Bolsonaro e contra o STF, com carreata


Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro realizam neste sábado (9) uma carreata em Brasília (DF), em sua defesa e contra o Supremo Tribunal Federal (STF).
O protesto reúne um número de veículos parecido assim com o registrado no ato do último domingo (3).
Os manifestantes se concentraram na Esplanada dos Ministérios, diante do Museu Nacional. E cantaram o Hino Nacional, em frente à Catedral de Brasília.
Parte dos manifestantes seguiu o protesto a pé, carregando faixas e bandeiras do Brasil. Por Cláudio Humberto

sábado, 9 de maio de 2020

Covid-19: voluntários atuam para suprir informações em Libras


Enquanto a maior parte da população brasileira é bombardeada com informações oficiais e notícias sobre o novo coronavírus, esse conteúdo não chega na mesma medida às pessoas surdas ou com deficiência auditiva que estão dependendo de ações voluntárias para ter acesso a dados corretos e explicações sobre a covid-19. Angústia, abandono, desespero e pânico são os sentimentos descritos por essas pessoas neste momento.
É assim para a professora universitária Carilissa Dall’Alba, de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Ela é surda e tem o português como segundo idioma, depois da Língua Brasileira de Sinais (Libras), então se mantém informada pela leitura. “Mas fico muito tensa quando os telejornais não têm legendas, fico perdida e angustiada. Fico muito preocupada com os surdos que não têm acesso à língua portuguesa e não compreendem bem as escritas, eles estão pedindo informações nas redes sociais por estarem perdidos e isso me dói”, contou à Agência Brasil.
Para ela, as redes de apoio de intérpretes de Libras são muito importantes, mas não conseguem suprir a demanda de informação e ter o alcance necessário. A professora acredita, por exemplo, que é um direito linguístico e humano dos surdos que os telejornais, nos canais abertos de televisão, como concessões públicas, utilizem legendas e intérpretes de Libras. “Os surdos que não têm redes sociais estão em maior risco com falta de informações preventivas”, argumentou, alertando ainda para as fake news.
De acordo com os dados do Censo de 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 9,7 milhões de brasileiros são surdos ou têm algum tipo de deficiência auditiva. Na Pesquisa Nacional de Saúde 2013, também do IBGE, cerca de 2,2 milhões de pessoas declararam ter deficiência auditiva. O grupo representa 1,1% da população brasileira.
O Núcleo de Acessibilidade da Universidade Federal de Santa Maria, onde Carilissa dá aula de Libras, criou um canal no facebook para transmitir informações articuladas sobre a pandemia aos surdos.

Sem fake news

Também no facebook, a educadora e intérprete de Libras Ângela Russo, junto com um colega do Núcleo de Inclusão e Acessibilidade da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, também criou o grupo Central Libras/Coronavirus. “A gente sabe que a grande mídia não passa as informações em Libras, então tivemos a ideia de criar o grupo com o objetivo de interpretar notícias e informações oficiais do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde, para que as pessoas surdas pudessem ter informações corretas”, explicou.
O grupo também compartilha materiais produzidos por outras entidades e órgãos públicos. Mas a interpretação tem que ser de qualidade e a informação séria e correta, sem fake news. O uso desses filtros, segundo Ângela, já criou um vínculo de confiança com as pessoas e, desde 17 de março, o grupo já atraiu mais de 9 mil membros.
A rede de intérpretes também cresceu e, para Ângela, isso vai ajudar na sustentabilidade do grupo em longo prazo, já que há informações novas todos os dias. No início, eram produzidos cerca de 20 vídeos ao dia e com as informações básicas, sobre a forma correta de lavar as mãos e usar a máscara, a importância do isolamento e outras medidas, que não chegam corretamente até as pessoas surdas.
Em um dos vídeos, Ângela recomenda o uso do aplicativo Coronavírus-SUS, do Ministério da Saúde, que, segundo ela, apesar de ser apenas em português e não ter interpretação, têm dados básicos para as pessoas se informarem. “Cada um contribui com o que pode. Estamos tentando, na medida do possível, dar conta dessa parcela da população que fica à margem desse turbilhão de notícias que a gente [pessoas ouvintes] recebe, para alertar o pessoal que é grave mesmo”, disse.
A auxiliar administrativa Joana D'Arc Cavalcante, de Brasília, é surda e acredita que os órgãos públicos deveriam criar canais de comunicação em Libras, principalmente nas redes sociais. “Alguns surdos só estão informados por causa dos vídeos no instagram”, disse, explicando que há diferentes níveis de compreensão entre os surdos e as pessoas com deficiência auditiva e que o conteúdo pode ser ajustado para compreensão de todos.
Joana-darc da Silva Cavalcante, intérprete de Libras
Joana D'arc da Silva Cavalcante, portadora de deficiência auditiva - Arquivo pessoal

Profissão intérprete

Para a professora Carilissa, a pandemia e o isolamento mexeram muito com as nossas emoções, e a rede de intérpretes voluntários mostra a empatia e a humanidade das pessoas neste momento de incertezas. Mas ela reforça que a acessibilidade para pessoas com deficiência ainda é muito precária no país, e os interpretes merecem ser reconhecidos como os profissionais qualificados que são. “Não é certo colocar voluntários para atender às pessoas com deficiências. Não queremos assistencialismo”, destacou. “Os intérpretes estão se matando para deixar os surdos informados. É triste precisar de voluntários em um país que pode dar suporte para surdos”.
A educadora Ângela concorda, mas diz que, para ela, neste momento, é a contribuição que pode dar como servidora pública, assim como outros intérpretes de universidades federais que estão trabalhando remotamente e dedicam tempo significativo para manter a comunidade surda bem informada. “As pessoas nos reconhecem como confiáveis”, disse.
Ela faz um alerta, entretanto, sobre pessoas que não são interpretes, mas acabam se vendendo para fazer esse trabalho. Ângela citou o caso do pronunciamento de um gestor público em que o intérprete que o acompanhava não era qualificado e, claro, os surdos perceberam. Segundo ela, a Federação Brasileira das Associações dos Profissionais Tradutores e Intérpretes e Guia-Intérpretes de Língua de Sinais (Febrapils) e a Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos (Feneis) estão atentos e podem orientar os gestores.
A Febrapils também divulgou um documento com orientações de segurança aos interpretes. Segundo Ângela, um colega intérprete, que acompanhava o prefeito de uma capital em pronunciamento, morreu, aos 34 anos, vítima do coronavírus. Ela explica que é comum levar as mãos ao rosto na hora de sinalizar, por isso é preciso que o intérprete se higienize constantemente.
A Língua Brasileira de Sinais é, assim como o português, idioma oficial do Brasil desde 2002, mas tem estrutura gramatical própria que não está vinculada à língua oral, com interpretações das expressões manual, corporal e facial.
O vídeo da professora Carilissa Dall’Alba ensina sinais novos em Libras ou que não são muito usados, relacionadas à pandemia de coronavírus.

Uso de máscaras

A fonoaudióloga Cristiane Scardovelli é coordenadora de Saúde do Centro Educacional da Audição e Linguagem Ludovico Pavoni (Ceal-LP) em Brasília, instituição credenciada pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal para atendimento a pessoas surdas ou com deficiência auditiva. Como presta serviços de saúde, permanece aberto com a adoção de medidas de prevenção à disseminação do novo coronavírus, como espaçamento e higienização.
Cristiane explicou à Agência Brasil que há realidades variadas entre surdos e pessoas com deficiência auditiva, como aquelas que podem ser alfabetizadas em português, as que tem resquícios de audição e implantes, as que conseguem desenvolver a leitura labial, além da Libras. O uso da máscara prejudica a comunicação em todos esses casos.
Os profissionais da unidade passaram a usar máscaras transparentes, que deixam os lábios à mostra, para fazer leitura labial. Outra opção disponível é o face shield, uma máscara feita de plástico transparente que cobre o rosto todo. Nesse último caso, a fonoaudióloga explicou que há uma perda na acuidade de 15 a 20 decibeis na emissão do som. Por isso, os profissionais do Ceal-LP passaram também a subir o tom de voz.
A auxiliar Joana D'Arc é surda oralizada, ou seja, consegue fazer leitura labial. Ela trabalha no Ceal-LP e entende a necessidade do uso das máscaras como forma de prevenção ao coronavírus, mas sente a dificuldade em dialogar sem a leitura labial. [Temos foto da Joana em anexo]

Atendimento médico

Por isso, Joana já prevê dificuldades, caso venha precisar de atendimento médico em hospitais. Mesmo antes da pandemia, segundo ela, as consultas são muito rápidas e o médico não pára para entender as queixas do paciente surdo. Agora, o uso constante da máscara pode atrapalhar ainda mais. “Seria interessante o uso [pelos médicos] de máscara que favorece a leitura labial”, opinou.
Para a professora Carilissa, as equipes de saúde não estão preparadas. “Até hoje não encontrei um surdo que teve covid-19 ou suspeita, que foi atendido com intérprete de Libras. Não podem ir com família. Tudo é sozinho. [Os médicos] escrevem para eles nos papéis, mas tem surdos que não sabem ler, e a linguagem da área de saúde é complicada. E as máscaras que não podem ser retiradas agora? Assim não conseguimos ler os lábios. Situação complicada. Nenhuma unidade de saúde está preparada para atender surdos”, lamentou.
O problema não é restrito ao sistema público. Segundo Carilissa, o seu plano de saúde privado também não oferece suporte de comunicação em Libras. A professora sugere a criação de um canal para os surdos ligarem nos postos de saúde e hospitais ou uma plataforma de vídeo, por exemplo, com intérpretes para intermediar a consulta médica. Ou mesmo, a presença de intérpretes de Libras com fluência.
No Distrito Federal, por exemplo, o governo local iniciou um projeto de formação em Libras para profissionais de saúde. Já foram treinados 217 servidores da assistência à saúde que atendem diretamente à população. Uma lei distrital (n° 6.300/2019) assegura a disponibilização de profissional apto a se comunicar em Libras nos órgãos da rede pública de saúde.
Segundo a diretora de Desenvolvimento Estratégico de Pessoas da Secretaria de Saúde, Diluana Oliveira, os próprios pacientes surdos indicam para os amigos e familiares e, com isso, alguns hospitais tiveram aumento na demanda por se tornarem referência. O atendimento é feito desde a classificação - assim que o paciente é categorizado, o profissional da saúde o acompanha na consulta com o médico, exames e medicação.
A Secretaria da Pessoa com Deficiência do DF também preparou informações sobre a covid-19 e orientações específicas a esse público. Aqueles com deficiência auditiva, usuários de Libras, terão um plantão de serviços da Central de Interpretação de Libras (CIL), por meio de videochamada. Basta ligar no número (61) 99260-1041 ou pelo e-mail gl@sejus.df.gov.br. Agência Brasil

Área de inteligência acredita em risco de fuga de Lula, após condenação


A perspectiva de o ex-presidente Lula sair da prisão apenas aos 80 anos, após cumprir um sexto da pena, ligou o sinal de alerta de órgãos de inteligência, que desconfiam de possível fuga do condenado por corrupção e lavagem de dinheiro. Lula admitiu em entrevistas haver recusado vários acenos para fugir, antes de ser preso em Curitiba. Se fugir, o petista só não será deportado caso escolha um país que não tem acordo de extradição com o Brasil. Ele já visitou oito desses países. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
São da África a maioria dos países sem acordo de extradição. Lula prefere o exílio dourado na Europa, claro, mas seria preso sem demora.
Fugitivos da Justiça logo são inscritos na lista de procurados da Interpol e de outras polícias de alcance internacional.
Apesar do discurso simpático a ditaduras, Lula já segredou a amigos próximos que jamais viveria em países como Cuba ou Venezuela.
Em 2018, o MPF alertou para o risco de fuga de Lula e o juiz federal Ricardo Leite vetou uma viagem dele à Etiópia, país sem acordo. Por Cláudio Humberto

sexta-feira, 8 de maio de 2020

Bolsonaro autoriza uso das Forças Armadas no combate ao desmatamento


O presidente Jair Bolsonaro autorizou a atuação das Forças Armadas, em operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), no combate ao desmatamento ilegal e a focos de incêndio na Amazônia Legal. O decreto foi publicado hoje (7) no Diário Oficial da União.
Os militares atuarão no período de 11 de maio a 10 de junho em ações preventivas e repressivas na faixa de fronteira, terras indígenas, unidades federais de conservação ambiental e em outras áreas federais nos estados da região. As ações ocorrerão de forma articulada com os órgãos de segurança pública e as intituições públicas de proteção ambiental.
A atuação poderá ainda ser estendida a outras áreas a pedido dos governadores. A Amazônia Legal engloba os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão.
Realizadas exclusivamente por ordem expressa da Presidência da República, as missões de GLO das Forças Armadas ocorrem por tempo limitado nos casos em que há o esgotamento das forças tradicionais de segurança pública.
De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o número de alertas de desmatamento na Amazônia Legal foi maior nos primeiros meses de 2020, em relação ao ano passado. Em março, por exemplo, as áreas em alerta saíram de 251,42 km² em 2019 para 326,49 km² no mesmo mês deste ano. (ABr)

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