Considerado por muitos o maior jornalista do país, Guzzo deixou um legado inestimável de coragem, lucidez e compromisso com a verdade em mais de seis décadas de carreira.
Nascido em 10 de julho de 1943, em São Paulo, Guzzo construiu uma trajetória marcada pela excelência e pela independência editorial.
Formado em Direito pela Universidade de São Paulo (USP), ele optou pelo jornalismo, onde se destacou como repórter, editor e colunista.
Sua carreira começou na imprensa escrita, mas foi na revista *Veja*, onde atuou por décadas, que se consagrou como uma referência.
Como diretor de redação, transformou a publicação em um marco do jornalismo investigativo brasileiro, com reportagens que expunham corrupção e abusos de poder.
Guzzo era conhecido por sua escrita afiada, análises profundas e uma postura intransigente contra a censura e o autoritarismo. Suas colunas, publicadas em veículos como O Estado de S. Paulo e, mais recentemente, na Revista Oeste, eram aguardadas por leitores que admiravam sua clareza e coragem em abordar temas espinhosos. Ele não hesitava em criticar governos, ideologias ou instituições, sempre com argumentos fundamentados e um estilo que combinava ironia e rigor.
Além de sua atuação na imprensa, Guzzo também foi um defensor incansável da liberdade de expressão. Em textos e palestras, alertava para os perigos de narrativas enviesadas e da manipulação da informação, tornando-se uma voz respeitada em debates sobre democracia e imprensa livre. Sua influência transcendeu o jornalismo, inspirando gerações de profissionais e leitores a valorizarem o pensamento crítico.
A causa da morte não foi oficialmente divulgada até o momento, mas a notícia de seu falecimento gerou uma onda de homenagens nas redes sociais e entre colegas de profissão. "Guzzo foi um farol em tempos de escuridão. Sua pena era uma arma a serviço da verdade", escreveu um jornalista no X. Outro leitor destacou: "Perdemos um gigante que nunca se curvou."
José Roberto Guzzo deixa a esposa, filhos e um vazio no jornalismo brasileiro. Sua obra, no entanto, permanece como um testemunho de sua dedicação à liberdade, à ética e à busca incansável pela verdade.
O Brasil perde não apenas um jornalista, mas um símbolo de resistência e integridade.
Fonte: Aliados Brasil
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