domingo, 3 de maio de 2020

Prefeitura de SP fará bloqueios de avenidas para aumentar isolamento


A prefeitura de São Paulo fará bloqueios de trânsito em avenidas da capital a partir da próxima segunda-feira (4). A restrição ao fluxo de veículos tem o objetivo de colaborar para a ampliação da taxa de isolamento social na cidade, que está abaixo de 50%, de acordo com a prefeitura. A taxa ideal para combater a propagação do novo coronavírus, de acordo com as autoridades de saúde, é de 60% a 70%.
Segundo a prefeitura, caso a adesão da população ao isolamento não aumente a partir de segunda-feira, os bloqueios em vias da cidade poderão ser planejados e realizados durante todo o dia, como tentativa de aumentar a restrição e desestimular as pessoas a saírem de casa.
No feriado do Dia do Trabalhador (1), a capital atingiu isolamento de 55%. No entanto, desde quarta-feira (27), a taxa de isolamento não tinha passado dos 48%. O maior nível de isolamento na cidade foi 59% e ocorreu em apenas dois dias desde o início da pandemia: 29 de março e 5 de abril.

Bloqueios

Os bloqueios nesta segunda-feira ocorrerão das 7h às 9h em algumas avenidas que costumam ter grande circulação de carros, preservando-se uma faixa livre para passagem dos veículos. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) vai monitorar os bloqueios e orientar o tráfego nas regiões. Os locais que receberão bloqueio são:
Zona SulZona NorteZona LesteZona Oeste
Av. Moreira Guimarães (B/C) x Av. MirunaAv. Santos Dumont (B/C) x Av. do EstadoAv. Radial Leste (B/C) x Rua PinhalzinhoAv. Francisco Morato (B/C) x Rua Sapetuba
Além da CET, a ação conta com o apoio da Guarda Civil Metropolitana (GCM) e do Comando de Policiamento de Trânsito (CPTran). Blitze educativas vão acontecer em outros dois endereços, ambos na zona oeste, também entre 7h e 9h: Av. Dr. Vital Brasil (B/C) x R. Camargo; e Av. João Paulo I (B/C) altura do n° 2.868.
Para combater a covid-19, a prefeitura divulgou as seguintes recomendações:
► Se possível, fique em casa. O distanciamento social é ferramenta de prevenção e deve ser respeitado;
► Se precisar sair de casa, use máscara;
► Evite aglomerações ou locais pouco arejados;
► Cubra sempre a tosse (não utilizando as mãos, mas os braços);

► Utilize lenços descartáveis e jogue-os no lixo após o uso;
► Lave as mãos frequentemente com água e sabão;
► Evite tocar nos olhos, nariz e boca;
► Não compartilhe objetos de uso pessoal.

Quarentena não impede parlamentares de gastar com propaganda pessoal


As medidas de isolamento ou distanciamento social estão em pleno vapor e deputados e senadores estão em casa, participando de sessões de poucas votações só por videoconferência. Ainda assim, conseguiram torrar apenas no mês de março mais de R$ 840 mil do contribuinte para fazer a “divulgação da atividade parlamentar”, despesa que fica incluída na cota de exercício de atividade parlamentar, o cotão. A conta ainda não fechou, mas a expectativa é ainda maior para o mês de abril. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
Deputados federais gastaram nos três primeiros meses do ano mais de R$ 11,1 milhões apenas para fazer propaganda do próprio “trabalho”.
No Senado, a conta é de R$ 454 mil em gastos para “divulgar a atividade parlamentar” dos senadores, que estão sob quarentena.
No total, o “cotão parlamentar” já custou ao pagador de impostos mais de R$ 40,1 milhões, entre deputados e senadores, em 2020. Por Cláudio Humberto

sábado, 2 de maio de 2020

Distribuidoras de combustíveis aplicam golpe diante do silêncio da ANP


Era um golpe, como se suspeitava, a atitude das distribuidoras de combustíveis de romper contratos com produtores de etanol alegando “força maior”, com a omissão da Agência Nacional do Petróleo (ANP) que por sua vez proibiu as usinas de venderem o produto estocado a outras fontes, inclusive postos. Após cancelar os contratos, as espertas distribuidoras/atravessadoras passaram a importar etanol podre, poluente, à base de milho, dos Estados Unidos. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
O golpe das distribuidoras, que atuam como atravessadoras, inundou o Brasil, apenas em abril, com mais de 120 mil litros de etanol podre.
Só no Nordeste, principal alvo da ação predatória das distribuidoras, foram destinados mais de 70 mil litros de etanol de má qualidade.
Atravessadores e ANP fazem “dobradinha” desde 2009, com o cartório que lhes dá exclusividade na venda aos postos de todo o combustível. Por Cláudio Humberto

Em nota, Aras adverte Moro de que não aceita ser manipulado ou intimidado


Em nota divulgada nesta sexta-feira (1º), o procurador-geral da República, Augusto Aras, advertiu o ex-ministro da Justiça Sergio Moro que não admite “ser manipulado ou intimidado por pessoas ou organizações” no inquérito que envolve as acusações do ex-juiz contra o presidente Jair Bolsonaro e que também o investiga por denunciação caluniosa e crimes contra a honra.
Aras reagiu a declarações de Moro que considerou “intimidatória” a investigação que solicitou contra ele e que foram acolhidas pelo ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal. O procurador-geral lembrou que “ninguém está acima da Constituição!”
Em entrevista à revista Veja, o ex-juiz da Lava Jato disse que apresentaria provas das acusações contra o presidente “no momento adequado”. “Entendi que a requisição de abertura desse inquérito que me aponta como possível responsável por calúnia e denunciação caluniosa foi intimidatória. Dito isso, quero afirmar que estou à disposição das autoridades”, afirmou Moro, à revista.
Aras lembrou, em sua nota, que seu dever é o de “averiguar todos os fatos – e as versões que lhes dão os envolvidos – em busca da verdade real”. Ele explicou que “o requerimento encaminhado ao Supremo Tribunal Federal obedece à consagrada técnica jurídica de apurar fatos, em tese, ilícitos, identificando os responsáveis e a existência ou não de sua materialidade, em busca de formar convicção sobre a ocorrência ou não de crimes”, afirmou.
O PGR afirma que a petição pela abertura do inquérito narra “fatos” e se contém ‘nos limites do exercício das prerrogativas do Ministério Público’ e não tem “caráter intimidatório”. Leia, na íntegra, a nota de Augusto Aras:
“A procuradoria-geral da República tem o dever de averiguar todos os fatos – e as versões que lhes dão os envolvidos – em busca da verdade real. O requerimento de inquérito encaminhado ao Supremo Tribunal Federal obedece à consagrada técnica jurídica de apurar fatos, em tese, ilícitos, identificando os responsáveis e a existência ou não de sua materialidade, em busca de formar conviccao sobre a ocorrência ou não de crimes. A petição de inquérito apenas narra fatos e se contém nos limites do exercício das prerrogativas do Ministério Público, sem potencial decisório para prender, conduzir coercitivamente, realizar busca e apreensão, atos típico de juízes – e, só por isso, não tem caráter intimidatório. O procurador-geral da República, Augusto Aras, reitera que não aceita ser pautado ou manipulado ou intimidado por pessoas ou organizações de nenhuma espécie. Ninguém está acima da Constituição!”

Sem votos na Câmara, Rede ‘governa’ com ajuda de ministros do STF

Partido de um único deputado, o Rede tem usado a má vontade de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) em relação ao presidente Jair Bolsonaro para impor o próprio entendimento sobre quaisquer assuntos. Na Câmara, o Rede perde tudo, mas no STF ganha quase todas. Ganhou novamente na quinta (30), ao anular a medida provisória – de Bolsonaro, claro – que alterava a Lei de Acesso à Informação. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
A MP anulada era razoável: protegia de sanções servidores que, sob confinamento, não atendam pedidos de informação nos prazos legais.
A Rede, partido da sumida Marina Silva, foi autor da ação contra a MP que permitia acordos de redução salarial durante a pandemia.
O ministro Ricardo Lewandowski acatou o pedido da Rede e condicionou acordos à chancela dos sindicatos. A decisão só foi revertida no plenário.
Sem líder ou deputados suficiente, a Rede só tem 5 minutos por semana para falar durante “comunicações de liderança” na Câmara. Já no ST. Por Cláudio Humberto

Mundo: Laboratório para o macabro experimento socialista chinês


Está em fase de implementação integral na China o sistema de “crédito social”. Embora esteja sendo colocado em prática desde 2014, a ideia é integralizar o sistema ainda em 2020.
Mas que significa esse sistema?
O sistema de “crédito social” pretende estabelecer avaliações dos cidadãos. Assim, indivíduos com pontuação baixa são punidos, enquanto aqueles com boas pontuações são recompensados. O sistema se assemelha a um Big Brother de proporções gigantescas, que permitirá ao governo chinês ter controle quase total de sua população.
Esse controle ocorrerá principalmente em virtude do monitoramento das redes sociais dos indivíduos e pelo reconhecimento facial obtido das milhões de câmeras instaladas por toda a China, as quais permitem um impressionante, e perturbador, reconhecimento facial dos indivíduos que circulam pelas cidades do país (pelo momento apenas por lugares públicos).
Os sistemas de reconhecimento facial (desenvolvidos e administrados especialmente pela empresa Hanwang Technology) mantêm os cidadãos continuamente vigiados.
Curiosamente, como se soubesse do que estava porvir, a Hanwang inclusive havia aperfeiçoado o sistema para que o reconhecimento facial pudesse ocorrer mesmo com o uso das máscaras que visam impedir a propagação do coronavírus.
Nesse momento ela avançou ainda mais nesse projeto (mantendo um percentual de sucesso de 95% - ele era de 50% quando envolvia uso de máscara).
Com efeito, o governo chinês sequer esconde seu propósito: ele pretende “recompensar os confiáveis e disciplinar os indignos de confiança”.
Mas quem são, por exemplo, os “indignos de confiança”?
Aqui temos principalmente aqueles que protestam contra a autoridade do partido comunista chinês e de seu líder vitalício, Xi Jinping.
Todo aquele que manifesta posturas contrárias ao governo (ao partido) é considerado “indigno de confiança”. Estando nessa categoria ele não pode matricular os filhos em uma boa escola, não pode viajar, não tem acesso a certos serviços sociais, não é elegível para cargo público e deverá sofrer retaliação pública (sendo inclusive exposto nas redes sociais e em redes de televisão como “indigno”), etc.
Em suma, o sujeito considerado “indigno” se tornará um pária. Aliás, mesmo aquele que mantiver contato com um “indigno”, um pária, também receberá pontos negativos.
Ou seja, aquele que se solidarizar com um “indigno” se tornará muito provavelmente outro “indigno”.
Para que se tenha uma ideia da “eficiência” desse sistema, o qual até o momento só funciona em algumas localidades da China, 23 milhões de chineses já foram impedidos de viajar nos últimos anos. Por serem “indignos”, não podem comprar nem passagens aéreas nem passagens de trem.
Ou seja, estão fadados ao isolamento. Sem falar nas demais punições aplicadas implacavelmente a “indignos”.
Parece algo surreal, retirado de algum episódio da série distópica ‘Black Mirror’. Mas não é mera ficção: é a distopia em que a população chinesa vive.
O que para nós costumava ser distopia científica é a realidade para quase um bilhão e meio de indivíduos.
Mundos como os descritos por George Orwell (“1984”) e Aldous Huxley (“Admirável Mundo Novo”) estão se materializando na China. Mas não apenas na China.
Atualmente mesmo no Brasil testemunhamos a gradual materialização desses mundos sinistros.
Dessa maneira, mais aterrador do que a realidade chinesa é percebermos que democracias ocidentais, como a nossa, se curvam perante um sistema que escraviza sua população.
Aliás, desde o século XX, com a ascensão do comunismo na China, sua população passou a ser subjugada barbaramente pelo partido comunista chinês.
Fundado em 1921, ele comanda brutalmente a China desde 1949.
Um de seus líderes mais conhecidos foi Mao Tsé Tung, responsável, dentre outras atrocidades, pelo “holodomor” chinês, um projeto de políticas públicas nomeado de “o grande salto adiante”, que entre 1958 e 1962 causou a morte de ao menos 45 milhões de pessoas. Todas morreram de fome.
Hoje há estudos relatando o ocorrido, também chamado (mais apropriadamente) de “a grande fome de Mao”. Além de todo o sofrimento, são vários os relatos de canibalismo nesse período.
Portanto, a população chinesa está tragicamente habituada ao sofrimento e à subjugação. Para as atuais gerações da China, princípios como aqueles concernentes à liberdade são provavelmente desconhecidos.
Os poucos que têm contato com que é viver em uma democracia migram clandestinamente. Ou seja: fogem (assim como o desejam fazer todos aqueles que vivem em regimes socialistas).
Dessa forma, parece-me difícil que na China surjam vozes que se oponham ao regime comunista.
Afinal, ou o indivíduo se torna um “indigno” ou ele simplesmente “desaparece”.
E a China não faz distinção de classe quando se trata de violar liberdades. Mesmo o bilionário Ren Zhiqiang, que havia supostamente “desaparecido”, agora, sabe-se, está preso. Qual seu crime? Criticou a maneira como o líder supremo vitalício da China, Xi Jinping, estava lidando com a pandemia do coronavírus.
A história também nos oferece um exemplo do que ocorre na China em caso de manifestações públicas.
Em 1989 tivemos o massacre da praça da paz celestial. O assunto é tabu na China (e pouco se fala dele no ocidente, sobretudo agora que o ocidente tem se curvado perante o regime chinês). Mas milhares (estimativas variam) de chineses (especialmente estudantes) foram, naquela ocasião, brutalmente mortos pelo governo chinês por pedirem mais abertura política, liberdade e menos corrupção. Foram atropelados por tanques, atingidos por armas .....
Nós, que vivemos em democracias com algum grau de liberdade, por outro lado, não estamos acostumados com um governo que viola de forma tão escancarada liberdades individuais. Mas a questão é: não será possível que a China esteja espraiando seu modelo de violações das liberdades individuais para o ocidente?
Nos últimos meses, dado o pânico em torno do COVID-19, do “vírus chinês”, estamos começando a ter uma amostra do que é viver em um país socialista.
Estamos tendo nossas liberdades individuais violadas arbitrariamente (liberdade de ir e vir, liberdade de expressão, liberdade econômica, etc), estamos sendo monitorados em nossos estados (as principais operadoras de telefonia móvel estão disponibilizando sua infraestrutura para que as autoridades públicas saibam onde estamos nos aglomerando) e estamos diante de um crescimento exponencial da miséria em virtude do isolamento social que nos foi imposto, o qual causou o estancamento da atividade econômica e, consequentemente, da geração de riqueza (a Organização Mundial do Trabalho - OMT – estima que em breve teremos, no Brasil, 25 milhões de desempregados).
Por certo nossos governos ainda não estão aparelhados com a tecnologia que hoje a China possui para controlar seus cidadãos. Mas não estaremos adentrando o “admirável mundo novo” chinês? Sob o pretexto de “cuidar da saúde” não estamos aceitando que nos subjuguem?
Toda a ‘histeria em massa’ em torno dessa pandemia não será uma maneira de nos tornar suscetíveis a um Big Brother? Os acontecimentos dos últimos meses são, no mínimo, preocupantes.
Nesse momento estamos vendo com certa “naturalidade” pessoas serem presas por estarem caminhando em locais públicos, sendo impedidas de assegurarem seu sustento mediante o trabalho, perdendo sua propriedade privada para que à mesma seja dado um “fim social” (por enquanto no Piauí), sendo obrigadas (até o momento em algumas cidades) a usarem máscaras mesmo em locais abertos, tendo sua liberdade religiosa violada (impedidas, em alguns lugares, mesmo de se reunirem em casa para rezar), bem como sendo impedidas de usarem sua liberdade de expressão – sob o risco de serem acusadas, por exemplo, de racismo caso teçam comentários críticos mesmo à ... China! Isso mesmo.
Até nosso Ministro da Educação está sendo cerceado judicialmente por sugerir que a China poderá se beneficiar da crise causada pelo COVID-19. Pesa sobre ele a acusação de “racismo”.
Mas o fato é que direitos fundamentais, ainda assegurados ao menos no texto da Constituição, estão sendo simplesmente ignorados por prefeitos, governadores e juízes.
Decisões que violam esses direitos nos estão sendo despoticamente impostas.
Ao nosso lado temos, até esse ponto, o governo federal, o qual também está tendo suas prerrogativas violadas em virtude de uma indevida interferência dos demais poderes, sobretudo do judiciário, sobre o executivo.
Temos, nesse momento, então, uma violação de direitos individuais, de liberdades asseguradas constitucionalmente, bem como da clássica separação dos poderes (executivo, legislativo e judiciário), de tal forma que distopias como as já citadas, parte da imaginação de escritores talentosos, estão saindo da imaginação e se tornando realidade.
Penso que estamos, sim, começando a viver em um “admirável mundo novo”, um mundo sem liberdade no qual as pessoas vivem miseravelmente sob a constante vigilância de uma autoridade tirânica.
Ao menos nesse momento essa é a nossa realidade.
Assim, creio que o mais letal “vírus chinês” talvez não seja o COVID-19, mas aquele oriundo do “Pensamento de Xi Jimping sobre o socialismo com características chinesas para uma nova era”, do qual destaco o 13º princípio (são 14), a saber:
“Estabelecer um destino comum entre o povo chinês e outros povos do mundo com um ‘ambiente internacional pacífico’".
Estamos, nesse momento, pois, começando a viver nesse “ambiente internacional pacífico”. E por “pacífico”, aqui, entenda-se a submissão irrestrita ao "socialismo ao estilo chinês". “Pacífico” é apenas uma maneira enganadora, ardilosa, de se referir à “submissão”.
Dessa forma, parece-me que já estamos tendo uma amostra do que é ter um “destino comum” com o povo chinês.
A questão que resta é: até que ponto nosso destino será comum? Quanto falta para sermos categorizados ou de “confiáveis” ou de “indignos de confiança”? Quanto falta para a total submissão e negação de nossa individualidade e dignidade?
Carlos Adriano Ferraz. Graduado em Filosofia pela Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), Mestre em Filosofia pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), doutor em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), com estágio doutoral na State University of New York (SUNY). Foi Professor Visitante na Universidade Harvard (2010). Atualmente é professor da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL) na graduação e no Programa de Pós-Graduação em Filosofia, no qual orienta dissertações e teses com foco em ética, filosofia política e filosofia do direito. Também é membro do movimento Docentes pela Liberdade (DPL), sendo atualmente Diretor do DPL/RS.

sexta-feira, 1 de maio de 2020

Principal oposição a Bolsonaro está no Supremo e não no Congresso


Jair Bolsonaro coleciona uma sequência de derrotas sem precedentes no Supremo Tribunal Federal (STF), em relação aos antecessores. Ministros mal disfarçam a antipatia pelo presidente e acabam usados por partidos de oposição como instrumento para impor derrotas, anulando decretos, medidas provisórias, nomeações, projetos, campanhas etc. Julgando contra o governo, ministros como o decano Celso de Mello, Alexandre de Moraes e Luís Barroso têm lembrado a Bolsonaro que a vitória nas urnas não garante o livre exercício das suas competências constitucionais. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
Apesar da origem tucana, Moraes não fica no muro: são cinco decisões contra o governo em 35 dias. Incluindo a “desnomeação” na PF.
O STF barrou ato que devolvia a Funai ao Ministério da Agricultura. E por unanimidade impediu que Bolsonaro definisse políticas de isolamento.
O STF impôs derrota a Bolsonaro e anulou MP que extinguia indecoroso DPVAT, além de impedir a extinção das sinecuras de conselhos federais.
Por unanimidade, o STF barrou mudar a lei de Acesso à Informação para aliviar a punição a quem não respondesse pedidos durante a pandemia. Por Cláudio Humberto

Mundo já tem mais de 1 milhão de pessoas curadas da covid-19


O mundo já tem mais de 1 milhão de pessoas que se curaram da covid-19, infecção causada pelo novo coronavírus. O balanço foi feito pela universidade dos EUA Johns Hopkins.

Este número pode ser ainda maior, já que o estudo leva em conta apenas os casos da doença confirmados oficialmente, deixando de fora os assintomáticos ou não-testados.
Ao redor do planeta, mais de 3,2 milhões de pessoas tiveram a doença, com 233 mil mortes por complicações da Covid-19.
Os EUA são o país com maior número de recuperados, com quase 154 mil. O Brasil é o nono país entre os curados, somando 35,9 mil pessoas. JP

Governo começa a pagar benefício a trabalhador com salário reduzido


O governo federal começa a depositar neste mês os pagamentos para trabalhadores formais que aderiram a acordos para suspensão de contratos ou redução de jornadas e salários. Segundo a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, ligada ao Ministério da Economia, os primeiros benefícios seriam depositados nesta sexta-feira (1º).
Os acordos começaram a ser firmados no dia 1º de abril, data da publicação da Medida Provisória nº 936 pelo presidente Jair Bolsonaro, que autorizou essas regras trabalhistas de forma expecional para o enfrentamento da crise econômica trazida pela pandemia de covid-19. 

A expectativa do governo federal era de que até 5 milhões de trabalhadores estivessem dentro desses acordos até a noite desta quinta-feira (30). O custo total estimado do programa é de R$ 51 bilhões.

A MP prevê que o pagamento ocorre 30 dias após o acordo, caso ele tenha sido comunicado ao Ministério da Economia no prazo de até 10 dias após ele ser fechado entre patrão e empregado. Caso contrário, o benefício somente será pago ao trabalhador 30 dias após a data da informação.
Para o trabalhador receber o benefício, a conta corrente ou poupança precisa estar em seu nome, não no de terceiros. O Ministério da Economia previu abrir contas digitais para trabalhadores que não tenham uma conta.
Segundo a MP, as reduções de salários e jornadas valem por até 90 dias e podem ser de 25%, 50% e 70%. O governo paga o mesmo percentual do corte (25%, 50% ou 70%) calculado sobre o valor do seguro-desemprego a que o trabalhador teria direito se fosse demitido. Não se trata de uma antecipação, ou seja, se algum dia o trabalhador for demitido da empresa sem justa causa, terá direito ao seguro-desemprego normalmente.
Na suspensão de contrato, de até 60 dias, o governo paga 70% do seguro, em caso de empregados de grandes companhias, ou 100%, em caso de trabalhadores de pequenas e médias empresas.

Consulta

O Ministério da Economia liberou um site no qual o trabalhador poderá acompanhar o pagamento do benefício: servicos.mte.gov.br

STF

A medida provisória foi prontamente questionada na Justiça pelo partido Rede Sustentabilidade, que apontou no STF (Supremo Tribunal Federal) a suposta inconstitucionalidade da possibilidade de reduzir salários sem que haja um acordo coletivo com a participação de um sindicato.
O partido obteve uma liminar favorável do ministro Ricardo Lewandowski. No julgamento do tema, porém, os ministros mantiveram por 7x3 a possibilidade de que os acordos entre patrões e empregados sejam firmados sem a necessidade da intermediação de um sindicato. R7

quarta-feira, 29 de abril de 2020

51,9% dos brasileiros são contra o impeachment de Jair Bolsonaro


A maioria dos brasileiros (51,9%) é contra um impeachment do presidente Jair Bolsonaro. De acordo com levantamento Paraná Pesquisas, os favoráveis ao afastamento representam 42,9% dos entrevistados e 5,2% não souberam ou não quiseram opinar.
Nem mesmo no Nordeste, conhecido reduto de governos opositores, houve maioria de pessoas a favor de um impeachment.
Questionados sobre se o ex-presidente Lula, condenado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) por corrupção, lavagem de dinheiro e enquadrado na Lei da Ficha Limpa, deveria ter o direito de se candidatar nas próximas eleições, 56% responderam que o petista não deve ter esse direito. Apenas 40,3% responderam que Lula deve ser candidato e 3,7% não souberam ou não quiseram responder.
O Paraná Pesquisas também questionou qual foi o melhor presidente do Brasil desde a redemocratização. Nenhum aparece na liderança com 36,1% das respostas, seguido por Lula (29,5%), Fernando Henrique Cardoso (16%), Michel Temer (5%), Itamar Franco (3,4%), Dilma Rousseff (2,4%), Fernando Collor de Mello (1,6%) e José Sarney (1,5%). Não souberam responder 4,3% dos entrevistados.
O levantamento ouviu 2.122 habitantes em 198 municípios de 26 Estados e Distrito Federal entre os dias 24 e 27 de abril. O grau de confiança do levantamento é de 95% e a margem de erro é de 2% para mais ou menos. Veja pesquisa no Diário do Poder

Mandetta previa sistema de saúde ‘colapsado’ até fim de abril, mas errou


Em sua coletiva de imprensa de 20 de março, o ex-ministro da Saúde Luiz Mandetta conquistou as manchetes dos veículos de comunicação do Brasil (e alguns do exterior) prevendo que “em final de abril nosso sistema [de saúde] entra em colapso”, garantiu o ex-deputado federal. Segundo o boletim do Ministério da Saúde desta terça-feira (28), o Brasil ultrapassou ontem a marca de 5 mil óbitos em 71 mil casos. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
Mandetta previu aumento rápido de casos em março, e que só haveria desaceleração em junho e redução em agosto.
Segundo dados da Saúde, óbitos e casos confirmados do coronavírus cresceram até a 17ª semana epidemiológica. Na 18ª, caíram.
São Paulo, Rio, Recife, Fortaleza e Manaus são as que “mais chamam atenção”, diz Wanderson Oliveira, secretário de Vigilância em Saúde. Por Cláudio Humberto

Federação de Policiais Federais elogia Ramagem e desmente ‘interferência’


O presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Luís Antônio Boudens, elogiou a escolha de Alexandre Ramagem para a direção-geral da PF, que a entidade considera “perfeitamente qualificado para o cargo e tem o respeito da categoria”, e demoliu a fantasia de muitos políticos e jornalistas hostis ao governo: “até agora, não houve interferências nas investigações em andamento”, garante. Porque seria crime, sem chance de não ser levado a termo, denunciado à Justiça. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
Boudens lembrou que nomear diretor da PF é prerrogativa do presidente e lei não fala em “mandato” e nem o obriga a explicar essa escolha.
Para Boudens, se havia “interferência”, o então ministro Sergio Moro tinha o dever de denunciar no ato, sob pena de crime de prevaricação.
A Fenapef lamentou que várias críticas a Ramagem sejam de setores meramente corporativistas que desprezam os interesses nacionais.
A Fenapef tem histórico de divergências com a entidade dos delegados, cujas questões corporativistas são motivo de críticas dos agentes. Por Cláudio Humberto

terça-feira, 28 de abril de 2020

Mourão critica forma de como Moro saiu e diz que ‘centrão’ pode garantir estabilidade


Três dias depois da crise instalada no governo com a saída de Sergio Moro do Ministério da Justiça, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, disse nesta segunda-feira (27) que o episódio não se deu de forma apropriada.
“Dentro da minha cultura, a forma como o ex-ministro Moro saiu não é a mais apropriada. Ele poderia simplesmente ter solicitado sua demissão. Só isso já seria um problema para o governo pelas próprias características do Sergio Moro e tudo o que ele representa para o país. Vida que segue agora”, disse Mourão em uma videoconferência com a consultoria política Arko Advice.
Ao anunciar sua demissão do governo federal na sexta-feira (24), Moro apontou fraude no Diário Oficial da União no ato de demissão de Maurício Valeixo do comando da Polícia Federal e criticou a insistência do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para a troca do comando do órgão, sem apresentar causas que fossem aceitáveis.
Moro afirmou que Bolsonaro queria ter acesso a informações e relatórios confidenciais de inteligência da PF. “Não tenho condições de persistir aqui, sem condições de trabalho.” E disse que “sempre estará à disposição do país”.
Na videoconferência, Mourão afirmou que Moro teve “um papel importantíssimo na vida nacional” ao longo da Operação.
“Por sua resiliência, por sua seriedade, ganhou papel importante na mitologia nacional, na mitologia temporária que se vive no Brasil”, disse o vice-presidente.
“Fez um bom trabalho no Ministério da Justiça. Como todo e qualquer relacionamento entre um chefe e seu subordinado, aconteceram algumas rusgas”, afirmou Mourão.
Indagado sobre a aproximação de Bolsonaro com partidos do chamado centrão -como Republicanos, PP e PL-, conhecido por trocar apoio no Congresso por recursos e cargos, Mourão afirmou que trata-se de uma busca por estabilidade.
O vice-presidente disse que, no começo do governo, havia um entendimento de que seria possível governar com base no pragmatismo e nas ideias reformistas da agenda de Bolsonaro.
“Num primeiro momento, esta concertação funcionou”, disse Mourão. “A partir do final do ano passado e começo do ano [2020], obrigou o presidente a buscar nova forma de diálogo com o Congresso, com aproximação mais cerrada junto aos partidos, de modo que construa uma base que lhe dê certa estabilidade”, afirmou o vice-presidente. Por Cláudio Humberto

Bolsonaro nomeia André Mendonça para a Justiça e Ramagem para a PF


André Luiz de Almeida Mendonça e Alexandre Ramagem Rodrigues são nomeados ministro da Justiça e Segurança Pública e diretor-geral da Polícia Federal (PF), respectivamente. Os decretos assinados pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, estão publicados no Diário Oficial da União desta terça-feira (28). André Mendonça passa a ocupar o comando do ministério com a saída de Sergio Moro e Alexandre Ramagem a chefia da PF no lugar de Maurício Valeixo.

André Mendonça, de 46 anos, é natural de Santos, em São Paulo, advogado, formado pela faculdade de direito de Bauru (SP). Ele também é doutor em estado de direito e governança global e mestre em estratégias anticorrupção e políticas de integridade pela Universidade de Salamanca, na Espanha; é pós-graduado em direito público pela Universidade de Brasília.

É advogado da União desde 2000, tendo exercido, na instituição, os cargos de corregedor-geral da Advocacia da União e de diretor de Patrimônio e Probidade, dentre outros. Recentemente, na Controladoria-Geral da União (CGU), como assessor especial do ministro, coordenou equipes de negociação de acordos de leniência celebrados pela União e empresas privadas.
Solenidade de posse do diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem
Alexandre Ramagem é noemado diretor-geral da Polícia Federal - Valter Campanato/Agência Brasil
Alexandre Ramagem, que exercia o cargo de diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), é graduado em direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Ingressou na Polícia Federal (PF) em 2005 e atualmente é delegado de classe especial. Sua primeira lotação foi na Superintendência Regional da PF no estado de Roraima.

Em 2007, ele foi nomeado delegado regional de Combate ao Crime Organizado. Ramagem foi transferido, em 2011, para a sede do PF em Brasília, com a missão de criar e chefiar Unidade de Repressão a Crimes contra a Pessoa. Em 2013, assumiu a chefia da Divisão de Administração de Recursos Humanos e, a partir de 2016, passou a chefiar a Divisão de Estudos, Legislações e Pareceres da PFl.
Em 2017, tendo em conta a evolução dos trabalhos da operação Lava-Jato no Rio de Janeiro, Ramagem foi convidado a integrar a equipe de policiais federais responsável pela investigação e Inteligência de polícia judiciária no âmbito dessa operação. A partir das atividades desenvolvidas, passou a coordenar o trabalho da PF junto ao Tribunal Regional Federal da 2ª Regional, com sede no Rio de Janeiro.
Em 2018, assumiu a Coordenação de Recursos Humanos da Polícia Federal, na condição de substituto do diretor de Gestão de Pessoal. Em razão de seus conhecimentos operacionais nas áreas de segurança e Inteligência, assumiu, ainda em 2018, a Coordenação de Segurança do então candidato e atual presidente da República, Jair Bolsonaro. Agência Brasil

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