domingo, 14 de dezembro de 2025
Editorial do Estadão: Lula 4 o desastre anunciado
O documento reedita o mito do Estado “estrategista”, capaz de planejar cadeias produtivas e alavancar setores vencedores como se comandasse uma economia de laboratório. Tudo se passa como se, após cinco mandatos petistas, o País só não tivesse enriquecido por causa de um mercado hostil e de um Estado não suficientemente musculoso. A promessa é conhecida: desta vez, o governo vai coordenar, induzir e proteger até fazer o Brasil finalmente decolar. A realidade também é conhecida: sempre que Brasília mete sua pata nas forças produtivas, o que decola é o gasto público – e o que aterrissa é o crescimento.
A fantasia do “planejamento estratégico” só serviu para anabolizar governos pródigos em selecionar perdedores econômicos – torrando com eles até o último centavo do contribuinte – para alavancar vencedores políticos. Tudo o que a resolução petista descreve como ousadia deu em “campeões nacionais” quebrados, bilhões enterrados em obras inacabadas e estatais hipertrofiadas, aparelhadas e saqueadas. A pretexto de produzir “vencedores”, o PT multiplica dependentes.
Na mitologia petista, o crescimento dos anos 2000 não foi resultado de um vento externo que o governo tratou de desperdiçar, mas uma epopeia: o “milagre lulista” sabotado por forças conspiratórias. O fato é que, quando a maré das commodities baixou, emergiu a realidade: consumo com esteroides, subsídios obscenos, desonerações ineficientes, represamento de preços, contabilidade criativa, e, enfim, colapso fiscal e recessão. O Brasil cresceu apesar do PT e afundou por causa do PT.
Sob a retórica da “soberania produtiva”, o partido continua, no fundo, a tratar abertura comercial como armadilha imperialista e competição como ameaça existencial. Continua a se apoiar no tripé capenga – tarifas, conteúdo local, subsídios –, ignorando que economias que enriqueceram – como a Europa pós-guerra, Coreia do Sul, Taiwan – fizeram o oposto: abriram mercados, atraíram tecnologia, ampliaram produtividade. O PT não disfarça sua admiração pelo atual modelo chinês intervencionista – e em desaceleração –, ignorando a China que deu certo: a das reformas pró-mercado e da abertura iniciadas por Deng Xiaoping. A lição real – de que crescimento sustentável exige competição e previsibilidade macroeconômica – é a que o partido se nega a aprender há 40 anos.
No plano fiscal, o documento é um mergulho no autoengano, tratando disciplina como fetiche neoliberal e juros como intriga de mercado. Rebatiza gasto como “investimento”, como se semântica substituísse aritmética. Mas não é o mercado que eleva os juros, é o déficit que os infla, inibindo investimentos e sufocando a produtividade.
O partido promete repetir tudo com mais afinco, como se a loucura não fosse insistir nas mesmas escolhas esperando resultados diferentes. Mas a loucura petista tem método: sua resolução é menos um programa de crescimento que um projeto de poder. E literalmente reacionário: reage à modernidade econômica com soluções falidas do século 20. Recicla o desenvolvimentismo das ditaduras de Vargas e dos militares, mas subtrai dele até o que havia de modernizante. Na prática, resta só o assistencialismo populista – com um caixa cada vez mais comprimido por um Estado gordo e voraz. O modelo petista redistribui para dentro: beneficia carreiras públicas e lobbies oligárquicos, enquanto sufoca pequenos negócios. É uma política social para clientes, disfarçada de projeto para o “povo” – que sobra com as migalhas assistencialistas devoradas pelo custo de vida.
Um novo mandato com esse roteiro não é um risco hipotético. É a contratação de uma nova crise, desta vez sem boom das commodities e sem folga fiscal. A única coisa à qual o Estado manejado pelo PT induz é ao subdesenvolvimento – e cobra caro por isso.
Possível violência sexual contra criança em creche de Petrolina (PE) é investigada pelo Ministério Público
O caso chegou ao Ministério Público após o Instituto Social das Medianeiras da Paz (ISMEP – Dom Malan) enviar um ofício relatando que, no dia 1º de agosto, a criança e a mãe procuraram atendimento hospitalar informando possível situação de abuso sexual ocorrida na unidade de ensino.
Segundo o relato encaminhado ao MPPE, ao buscar o filho na creche, a mãe foi informada que ele havia se queixado de desconforto urinário. Ainda de acordo com a narrativa, a criança afirmou que um homem identificado como “homem do jardim” o teria levado até uma sala conhecida como “sala de Priscila”, onde ambos ficaram sozinhos, momento em que o suspeito teria “mexido em seu bumbum”.
Após receber a denúncia, o Ministério Público enviou ofícios solicitando à Delegacia da 213ª Circunscrição informações sobre o inquérito instaurado para investigar o caso. O MPPE estabeleceu um prazo de 20 dias para resposta, mas não recebeu retorno.
A Notícia de Fato referente ao caso foi encaminhada à promotoria em 6 de agosto. No entanto, o prazo legal para conclusão, 4 de setembro, já estava vencido quando o procedimento chegou ao órgão, o que levou à necessidade de prorrogação para continuidade das diligências.
A promotora responsável ressaltou que o atraso não foi causado pela 1ª Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania de Petrolina. Com o vencimento do prazo e a ausência de resposta dos órgãos acionados, o MPPE converteu a Notícia de Fato em procedimento administrativo de interesses individuais indisponíveis, possibilitando o prosseguimento da investigação.
Com a abertura do novo procedimento, o MPPE determinou:
– Expedição de ofício ao CREAS, que deverá, em até 20 dias, apresentar relatório atualizado sobre o atendimento à criança e as medidas adotadas;
– Novo ofício à Delegacia de Polícia, também com prazo de 20 dias, solicitando o número do inquérito policial relativo ao caso.
O que diz a gestão municipal
Por meio de nota, a Secretaria de Assistência Social e Combate à Fome informou que o “Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) atua em conformidade com a Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) e com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), prestando atendimento técnico e não pericial, sem finalidade de produzir provas para investigação criminal”.
A pasta destacou que já recebeu a nova notificação do Ministério Público e que o CREAS está organizando e vai encaminhar as informações técnicas cabíveis.
“Por se tratar de um caso em investigação e para resguardar a vítima e sua família, não serão divulgados detalhes sobre atendimentos, documentos ou prazos. A gestão reforça seu compromisso com a cooperação institucional e com a proteção dos direitos de crianças e adolescentes”, finaliza a nota. *Foto: SSP/SE/DP informações).
Mulher é assassinada no Residencial Vivendas II, em Petrolina-PE
sábado, 13 de dezembro de 2025
‘Tempos muito estranhos’: Toffoli proíbe acesso da CPMI a dados de Vorcaro e do Master
Diário do Poder
O ministro do STF Dias Toffoli, em decisão que provoca espanto e indignação entre parlamentares, proibiu nesta sexta-feira (12) que sejam entregues a CPMI que investiga o roubo aos aposentados e pensionistas os documentos relacionados a quebras de sigilos do dono do Banco Master, Daniel Vorcaro.
A medida lembra frase recorrente do ministro aposentado Marco Aurélio Mello, para quem o STF vive “tempos muito estranhos”.
O presidente da CPI do INSS, senador Carlos Viana (Podemos-MG), considerou a decisão de “estranha” e “grave”. “Sempre que se afasta da CPI o acesso a documentos essenciais, enfraquece-se a investigação e amplia-se a desconfiança da sociedade sobre o que se tenta ocultar”.
Para Viana, cuja atuação na CPMI tem sido muito elogiada, a retirada dos documentos da CPI, além de enfraquecer a investigação, “cria um precedente extremamente perigoso de interferência externa” em um instrumento do Parlamento.
De acordo com a decisão, os relatórios de informações fiscais, bancárias e telemáticas do empresário investigado deverão ser entregues ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).
Toffoli determinou, sem explicar seus motivos, que os documentos deverão ficar sob a guarda de Alcolumbre ”até posterior deliberação pelo STF”, segundo a decisão de Toffoli.
Trindade: Mulher é agredida e estuprada
Segundo informações da Polícia Militar, a vítima foi auxiliada por terceiros e encaminhada para atendimento médico. Os fatos foram comunicados às autoridades competentes para investigação.
Via: Blog do Roberto Gonçalves
Após confusão, UBS do Maria Tereza volta a ser alvo de críticas
“Perdi um dia de serviço pra ir me consultar com meu filho. Cheguei lá, os três médicos estavam lá hoje. Disseram que não ia atender porque iam atender só grávidas. E quando saí de lá só tinha três ou quatro grávidas para três médicos,” contou.
A moradora ainda acionou a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) para denunciar a situação, mas recebeu informações que, segundo ela, não condiziam com o que presenciou.
“Liguei pra Secretaria de Saúde e disseram que só tinha um médico na unidade. Sendo que eu estava lá e vi três. Meu filho está em casa passando mal, eu também. Perdi o dia de serviço e vai ser descontado. Se acontecer alguma coisa com ele, vou denunciar a Secretaria de Saúde, o posto e o médico, porque eles estavam lá e não atenderam porque não quiseram,” concluiu. A Redação encaminhou a demana para a Secretaria de Saúde, que ficou de averiguar a situação.
Via: Carlos Britto
sexta-feira, 12 de dezembro de 2025
Governo Trump retira Alexandre de Moraes e esposa da Lei Magnitsky
A Lex Institute também foi retirada da lista de sanções. De acordo com nota anterior do governo americano, a LEX atua como "holding para Moraes, sendo proprietária de sua residência, além de outros imóveis residenciais".
Além disso, o Departamento de Tesouro também citou a condenação de Jair Bolsonaro (PL) por participação em uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
"A decisão de Moraes na condenação injusta do ex-presidente Jair Bolsonaro demonstrou sua crescente disposição em participar de perseguição política", destacava um comunicado.
O que é a Lei Magnitsky?
A Lei Magnitsky é um dispositivo da legislação americana que permite que os Estados Unidos imponham sanções econômicas a acusados de corrupção ou graves violações de direitos humanos.
Aprovada durante o governo de Barack Obama, em 2012, a lei prevê sanções como o bloqueio de contas bancárias e de bens em solo norte-americano, além da proibição de entrada no país.
A legislação foi criada após a morte de Sergei Magnitsky, advogado russo que denunciou um esquema de corrupção envolvendo autoridades de seu país e morreu em uma prisão de Moscou, em 2009. Inicialmente, a lei tinha como foco punir os responsáveis por sua morte.
Porém, em 2016, uma emenda ampliou seu alcance, permitindo que qualquer pessoa envolvida em corrupção ou abusos contra os direitos humanos pudesse ser incluída na lista de sanções.
Comunitária faz apelo desesperado na Câmara de Petrolina: “Saúde está abandonada”
“Eu preciso ser atendida, pelo amor de Deus. A saúde de Petrolina está abandonada”, desabafou Isabel.
“Ela precisa desse laudo pra levar na Casa Bolsa pra poder conseguir o benefício do BPC LOAS”, disse uma amiga, que acompanhava Maria Isabel. Diante da situação, fica a pergunta que não se cala: falta neurologista no sistema de saúde da prefeitura de Petrolina? Até quando o povo vai ter que apelar para ter acesso a saúde na terceira maior cidade de Pernambuco?
Via: Carlos Britto
Megaoperação prende 46 integrantes de grupo criminoso; Petrolina foi um dos alvos
Na Bahia, foram presos 23 suspeitos em Salvador; dois em Feira de Santana; um em Lauro de Freitas; um em Camaçari; quatro em Porto Seguro; e um em Eunápolis. Também ocorreram prisões em outros Estados: uma em Aracaju (SE); uma em Petrolina (PE); duas no Espírito Santo, sendo um em Novo Rio do Sul e outra em Linhares; além de dez prisões em municípios do estado de São Paulo. O objetivo da ação é desarticular a cadeia de comando e neutralizar a atuação do grupo criminoso, que também está relacionado a homicídios, crimes patrimoniais e disputa por territórios.
Durante o cumprimento dos mandados de prisão e de busca e apreensão, equipes desarticularam dois laboratórios de entorpecentes em Porto Seguro e no bairro de Stella Maris, em Salvador. Nos locais e em outros pontos da operação, foram apreendidos dois fuzis; duas armas de fogo; um simulacro de pistola; dois carregadores; munições; uma maquineta; computadores; cadernos de anotações; uma prensa hidráulica Mecol; balanças; sacos contendo substâncias análogas à cocaína que serão periciadas; sacos grandes de material em pó branco; munições de fuzil calibre 5,56; câmeras de monitoramento; além de tabletes e porções de drogas sintéticas, maconha e cocaína.
Também foram apreendidos 30 aparelhos de celular; R$ 35.400,00 em espécie; três veículos; três motocicletas; e joias de ouro, incluindo correntes, pulseiras, brincos, pingente e anéis. Todo o material recolhido será periciado e servirá de apoio às investigações.
Tráfico internacional
De acordo com o diretor do Deic, delegado Thomas Galdino, as investigações revelaram conexões interestaduais e indicam possível atuação em tráfico internacional. “Algumas pessoas presas em São Paulo confessaram que levariam drogas para Paris, na França. O grupo criminoso também praticava lavagem de dinheiro, utilizando laranjas e proprietários de pequenos comércios, como uma sorveteria, uma bomboniere e uma loja de água. Havia ainda envolvidos ligados a empresas fantasmas e pessoas que forneciam seus nomes para fraudes, inclusive beneficiários de programas sociais que movimentaram entre um e dois milhões de reais”, explicou.
A megaoperação contou com equipes dos Departamentos de Inteligência Policial (DIP), Especializado de Investigação e Repressão ao Narcotráfico (Denarc), de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), de Polícia Metropolitana (Depom), de Polícia do Interior (Depin), de Proteção à Mulher, Cidadania e Pessoas Vulneráveis (DPMCV), além das Coordenações de Operações e Recursos Especiais (Core) e de Polícia Judiciária (COPJ). A ação teve apoio da Superintendência de Inteligência da Secretaria da Segurança Pública (SI/SSP-BA), do Departamento de Polícia Técnica (DPT), da Polícia Militar, da Polícia Federal e da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização da Bahia (Seap).
Moraes anula decisão da Câmara e determina perda do mandato de Zambelli
Moraes considerou que, segundo previsto pela Constituição Federal, é o Poder Judiciário quem determina a perda do mandato parlamentar condenado criminalmente com trânsito em julgado, “cabendo à Mesa da Câmara dos Deputados, nos termos do §3º do artigo 55 da Constituição Federal, tão somente DECLARAR A PERDA DO MANDATO, ou seja, editar ato administrativo vinculado”, ressaltou na decisão.
Na madrugada desta quinta-feira (11/12), 227 deputados votaram a favor da perda do mandato de Zambelli e 110 contra, com 10 abstenções. No entanto, para perder o mandato, seriam necessários 257 votos. Com isso, a representação contra a deputada foi arquivada. A decisão de Moraes reverte o quadro.
Carla Zambelli foi condenada pela Primeira Turma do STF a 10 anos de reclusão por participar da invasão, junto com um hacker, aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ela está presa na Itália depois de fugir do Brasil. Como presa, a parlamentar não pode votar ou exercer o mandato pelo qual foi eleita, mas o manteve por decisão de seus pares.
Para Moraes, a deliberação da Câmara dos Deputados, que rejeitou a perda do mandato parlamentar de Zambelli, “ocorreu em clara violação à artigo 55, III e VI, da Constituição Federal”.
“Trata-se de ato nulo, por evidente inconstitucionalidade, presentes tanto o desrespeito aos princípios da legalidade, moralidade e impessoalidade, quanto flagrante desvio de finalidade”, considerou.
Suplente
Na mesma decisão, Moraes determinou que o presidente da Câmara, Hugo Motta, efetive a posse de suplente de Zambelli, no máximo em 48 horas.
Pediu ainda que o presidente da Primeira Turma, ministro Flávio Dino, agende sessão virtual para o dia 12 de dezembro, das 11h às 18h, para referendo da decisão.
Número de brasileiros pobres segue enorme e deve subir, pois a economia desacelera e a informalidade é alta
Editorial Estadão
O número de brasileiros pobres ou miseráveis caiu para o menor patamar histórico em 2024, de acordo com o IBGE. Trata-se de notícia indiscutivelmente positiva, que o governo de Lula da Silva certamente celebrará como uma conquista petista.
No entanto, é preciso cautela: nada sugere que esse contingente de cidadãos tenha conseguido deixar de vez a pobreza, porque o motivo que os tirou de lá é circunstancial, e não estrutural. Ou seja, trata-se de uma população vulnerável, que a qualquer momento, a depender dos sacolejos da economia, pode voltar à condição de pobreza, porque sua situação segue sendo intrinsecamente precária.
No ano passado, 48,9 milhões de brasileiros (23,1% da população) viviam abaixo da linha da pobreza, isto é, sobreviviam com R$ 23,13 por dia. Em 2023, esse contingente era de 57,6 milhões de pessoas. Já o número de miseráveis, ou seja, os que sobrevivem com menos de R$ 7,27 por dia, equivalia a 3,5% da população em 2024, ou 7,4 milhões de brasileiros, ante 4,4% (9,3 milhões) em 2023.
Mesmo no menor patamar histórico, o número de brasileiros abaixo da linha da pobreza ou em situação de miséria segue inaceitavelmente elevado. Mais de um quarto dos mais de 200 milhões de brasileiros vive em situação de vulnerabilidade ou extrema vulnerabilidade.
Mas, além de o Brasil ainda ter pobres e miseráveis demais, a queda no porcentual daqueles que deixaram tão infame condição dependeu do aquecimento circunstancial do mercado de trabalho e dos programas de transferência de renda, como o Bolsa Família, segundo o IBGE.
Em outubro, a taxa de desemprego no Brasil caiu para 5,4%, a menor já registrada no País. Ou seja, vive-se hoje uma situação de pleno emprego. Tal quadro, porém, dificilmente se sustentará, uma vez que o choque de juros promovido pelo Banco Central (BC) já provoca a desaceleração do PIB. No terceiro trimestre, por exemplo, o produto interno brasileiro teve expansão anêmica, de 0,1%.
Mesmo com a desaceleração encaminhada da economia, a inflação, que vem caindo lentamente, segue muito elevada, bastante acima da meta do BC, de 3% ao ano. Isso significa que a taxa básica de juros, atualmente em 15% ao ano, seguirá acima de dois dígitos ainda por um longo período. Nesse cenário, é improvável que os indicadores de desemprego mantenham-se tão favoráveis como agora. E há ainda a questão fundamental da natureza do emprego.
Apesar dos recordes positivos, o grau de formalização do trabalho no Brasil é muito baixo. O número de funcionários com carteira assinada era de menos de 50 milhões em outubro, num contingente de 102,6 milhões de trabalhadores. A grande massa de trabalhadores no Brasil é aquela que vive de bicos. São os inúmeros brasileiros que vendem toda sorte de produtos pelas ruas das grandes cidades ou que, graças ao advento dos aplicativos de entrega e de transporte, conseguem gerar alguma renda para sua família.
Ocorre que essa grande massa não apenas mascara a realidade do emprego no Brasil, como também é extremamente vulnerável à desaceleração econômica em curso. São pessoas que, em razão da baixa escolaridade e da falta de habilidades técnicas, só não estão em situação de desemprego graças à chamada uberização da economia.
Para o governo Lula, a queda nos indicadores de pobreza mostra que “o Brasil vive uma nova realidade, com mais oportunidades, melhora da renda e redução da desigualdade”. Embora a fotografia de momento até apoie tal celebração, a realidade é que o Brasil segue longe de oferecer à sua população condições reais de prosperar e superar as desigualdades, de modo que a pobreza não seja uma constante ameaça.
Enquanto o governo seguir gastando muito – e mal – e não promover melhora efetiva na qualidade da educação, o Brasil seguirá sendo uma nação dependente de programas como o Bolsa Família e de trabalho precário para aliviar um pouco o fardo de milhões de brasileiros para os quais o Estado sempre esteve de costas.
Sem educação de qualidade, inovação e aumento da produtividade, o Brasil não só arrisca ver os números de pobres e miseráveis diminuir ou aumentar circunstancialmente, como transforma programas de transferência de renda em fim, desvirtuando completamente o caráter de políticas públicas que deveriam funcionar como paliativos temporários.
Polícia prende homem que matou mototaxista no Sertão de Pernambuco
IFPE: operação investiga fraudes em licitações de alimentos para estudantes
Há vagas de trabalho nesta sexta-feira (12), em Petrolina-PE
quinta-feira, 11 de dezembro de 2025
Verdejante: MPPE desarticula fraude em cartório
As investigações, iniciadas em 23 de setembro deste ano, apontam para o envolvimento de uma funcionária do cartório. Segundo o MPPE, a servidora recebia valores pelos serviços cartorários (emolumentos), mas, em vez de repassar o montante ao cartório, embolsava o dinheiro – configurando, em tese, o crime de peculato-desvio.
Para encobrir o desvio dos valores, a funcionária utilizava um esquema que simulava a gratuidade dos serviços. Ela registrava os atos como se tivessem sido realizados de forma gratuita, recorrendo ao uso de formulários falsos de hipossuficiência. O MPPE suspeita que esses documentos forjados eram usados para justificar a ausência dos emolumentos nos registros contábeis oficiais do Cartório. A medida cautelar de busca e apreensão foi autorizada pelo Juízo de Garantias de Verdejante, visando recolher o corpus delicti e angariar novas provas para a investigação.
Durante o cumprimento dos mandados, diversos itens considerados cruciais para a elucidação da fraude foram apreendidos. Entre o material recolhido estão: livros de registro de atos gratuitos relativos ao período de 2024 a 2025, formulários de solicitação de gratuidade, possivelmente forjados, livros caixa, documentos de controle financeiro paralelos, equipamentos eletrônicos, carimbos e selos. O material apreendido será submetido à perícia e a investigação prossegue para quantificar o montante desviado e determinar o grau de envolvimento de outros possíveis participantes no esquema criminoso.
Via: Carlos Britto
Justiça Federal retira direitos de ex-presidente de Bolsonaro
Uber e iFood vão ficar mais caros com nova regra; setor prevê “tragédia”
O relatório do PLP 152/2025, protocolado na terça-feira (9) pelo deputado Augusto Coutinho (Republicanos-PE), acendeu um alerta vermelho entre as empresas, que apontam riscos ao funcionamento das plataformas e aumento dos preços aos consumidores.
O texto estabelece um marco regulatório para o trabalho plataformizado, instituindo um piso nacional de R$ 8,50 por serviço — valor ajustado conforme distância, categoria e tipo de transporte — e prevê atualização anual pela inflação medida pelo INPC ou índice substituto. Os trabalhadores mantêm a autonomia, mas passam a ter garantias como remuneração mínima, seguro obrigatório e contribuição previdenciária compartilhada com as plataformas.
A proposta também limita a retenção de valores (taxas) pelas empresas operadoras de plataformas. Na prática, estabelece tetos para a cobrança de valores pelas plataformas, consideradas como “receita bruta da atividade empresarial”. O objetivo, diz o texto, é preservar o patamar mínimo de retribuição do trabalhador.
Segundo a Associação Brasileira de Operadoras de Aplicativos de Mobilidade (Amobitec), as medidas são “incompatíveis” com a sustentabilidade econômica das operações e têm “potencial de destruir o setor, inviabilizando o negócio de milhares de estabelecimentos e eliminando a renda de 2,2 milhões de trabalhadores”.
Flávio confirma candidatura após visita ao pai
O senador apresentou a Bolsonaro a primeira pesquisa do Instituto Veritas, que indica empate técnico com Lula, resultado visto como combustível para reforçar o ânimo da base. Segundo Flávio, o próprio ex-presidente deu o norte político que tornou a decisão definitiva, consolidando a orientação esperada pelos aliados.
Flávio afirmou que o próximo passo será ampliar conversas com especialistas e nomes estratégicos para estruturar o plano de governo. A visita, limitada a 30 minutos por determinação de Alexandre de Moraes, só evidenciou na visão da ala conservadora o quanto o movimento é visto como uma resposta firme ao ambiente político atual.
Opinião: Gilmar ‘recua’, mas diz como Senado deve legislar
Por Claudio Humberto / Diário de Pernambuco
Ministros do Supremo Tribunal Federal valorizam a autoestima, para dizer o mínimo, o que pode explicar a dificuldade do ministro Gilmar Mendes de admitir o erro de afrontar as prerrogativas do Senado para impossibilitar o impeachment dele próprio e dos colegas. Gilmar devolve ao cidadão, seu patrão, o direito de pedir impeachment com base em lei existente há 75 anos. Mas foi só: manteve dispositivos que enfureceram o País. E ainda apontou como o Senado deve legislar sobre o assunto.
Gilmar desistiu de condicionar impeachment de ministro do STF ao crivo da Procuradoria Geral da República (PGR), emasculando o Senado.
Para se ter ideia do que isso significa, Paulo Gonet, atual chefe da PGR, por exemplo, ex-sócio e amigo íntimo, foi também indicado por Gilmar.
O “recuo” cosmético ajuda a reduzir a temperatura. “Há mais elementos a retificar, mas foi um avanço”, avalia o senador Sérgio Moro (União-PR).
Gilmar impôs alterações na legislação, como a exigência de dois terços e não maioria simples dos votos dos senadores para instaurar processo.
Câmara contraria decisão do STF e mantém mandato de Carla Zambelli
A decisão do plenário contrariou a votação de mais cedo na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania), que obteve maioria pela perda do mandato com a ajuda de deputados do centrão.
Em 2022, Zambelli foi a deputada mulher mais votada e a terceira no ranking geral, com mais de 946 mil eleitores.
Na terça (9), o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou para surpresa dos líderes partidários, que pautaria o caso de Zambelli no plenário no dia seguinte. Ele também decidiu que, até o recesso na próxima semana, a Casa vai decidir sobre as cassações de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ), além da votação que suspendeu Glauber Braga (PSOL-RJ) também nesta quarta.
Confira as vagas de trabalho nesta quinta-feira (11), em Petrolina-PE
quarta-feira, 10 de dezembro de 2025
Homem é surpreendido e morto a tiros por criminosos em Petrolina-PE
Segundo informações o crime foi registrado na localidade de Curral Queimado, onde um homem popularmente conhecido como "Val Lira" teve sua vida ceifada ao ser surpreendido por criminosos que efetuaram disparos de arma de fogo.
Após praticarem o crime, os autores fugiram com destino ignorado.
Equipes de polícia e o IML (Instituto Médico Legal) estiveram no local atendendo a ocorrência.
A Polícia Civil deve assumir as investigações do caso. Via: Blog Notícias em Destaque
Jovem intoxicado pelo metanol em Petrolina-PE não resiste e morre no hospital; namorada dele foi a primeira vítima fatal
Colisão entre carro e moto na Estrada da Tapera deixa uma pessoa morta
Confira as vagas de trabalho nesta quarta-feira (10), em Petrolina-PE
terça-feira, 9 de dezembro de 2025
Carreta tomba na BR-407, próximo à estátua do Burrinho
Homem morre atropelado por caminhão durante serviço em oficina
Informações preliminares dão conta de que o veículo não estaria com o freio de mão acionado e desceu a rampa repentinamente, passando por cima do corpo da vítima, perdendo-a pelo tronco. Algumas pessoas ainda tentaram socorrer o homem, utilizando um macaco hidráulico para erguer o veículo até que ele pudesse ser retirado.
A equipe do Samu foi acionada e iniciou os primeiros socorros, realizando inclusive procedimentos de reanimação, mas o homem faleceu a caminho do hospital. O fato deverá ser apurado pela Polícia Civil (PC).
Caminhão com botijões e carro de passeio envolvem-se em acidente em Terra Nova
Araripina: Ônibus pegam fogo perto de posto de combustíveis
Uma equipe do Corpo de Bombeiros foi acionada para controlar o incêndio. Até o momento não há informações sobre o que teria causado o incêndio. As informações são do Portal Araripina em Foco.
Confira as vagas de trabalho nesta terça-feira (9), em Petrolina-PE
segunda-feira, 8 de dezembro de 2025
Mais uma carreta ‘entala’ na descida de acesso a Juazeiro e causa transtornos
Obra da Compesa afeta abastecimento de água em bairros de Petrolina nesta quinta-feira (11)
Rombo de plano de saúde ajuda a quebrar Correios; confira Cláudio Humberto desta segunda (8)
Despesas explodem
O envelhecimento da clientela reduz a chance de recuperação do Postal Saúde: 25% dos 203 mil aposentados beneficiários têm mais de 59 anos.
Lipoaspiração
O custeio anual do Postal Saúde já chega a R$2 bilhões, segundo fontes dos Correios, consumindo 10% do faturamento da empresa.
Bomba-relógio
Sindicalistas do PT que dirigiram os Correios condenaram a empresa à morte, fechando acordos que ignoravam a sustentabilidade financeira.
Não pagou, parou
A situação é tão crítica o atraso nos repasses levou hospitais como Rede D'Or e Unimed a suspender atendimentos dos beneficiados do plano.
STF não ligou para 158 impeachment de Bolsonaro
O “excesso” de pedidos de impeachment contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), usado como argumento na Corte para defender canetada monocrática de Gilmar Mendes que blindou o STF, não incomodou o Olimpo quando o alvo foi o ex-presidente Jair Bolsonaro. Enquanto os ministros, todos, somam aproximadamente 81 pedidos de impedimento, sozinho, Jair Bolsonaro acumulou quase o dobro, 158.
Pura criatividade
A observação do “excesso”, citada inclusive por Flávio Dino, não encontra respaldo na Constituição, que nada dispõe sobre quantidade.
Recordista
Desde a redemocratização, Bolsonaro foi o presidente com maior número de pedidos de impeachment, 43% do total histórico.
Pelo em ovo
Enquanto no Executivo dois presidentes até passaram por impeachment, no caso do centenário Supremo, nunca houve ministro afastado.
Anarquia institucional
“Vivemos em um estado de pré-anarquia institucional”, na avaliação de Aldo Rebelo, após Gilmar Mendes legislar para blindar ministros do STF de processos de impeachment. Ele viveu muita coisa, foi três vezes ministro, até da Defesa, e presidente da Câmara, mas viu nada parecido.
Nunes fica até o fim
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), bateu o martelo: cumprirá seu mandato até o fim. Ele descartou candidatura ao governo de São Paulo mesmo antes de Tarcísio ficar de fora das presidenciais.
Terra arrasada
Pré-candidato oficial do PL a presidente em 2026, Flávio Bolsonaro diz que os Correios “são retrato do que Lula faz com o Brasil” e que o petista transformou as estatais em “ralo para dinheiro público”.
Tucano de volta
Presidente PSDB, Aécio Neves afirma que o partido vai polarizar com PT: ‘Nós não concordamos com o governo da gastança desenfreada, do apadrinhamento sem limites, da visão míope da política externa’.
Bombou
Menos de uma hora após confirmou ter sido o indicado pelo pai para disputar a Presidência da República, publicação do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) no X, antigo Twitter, bateu 1 milhão de visualizações.
Adoram democracia
O vocábulo “democracia” tem causado desconforto na ex-deputada Denise Frossard, por lembrar a frase do ditador Benito Mussolini: “A democracia é belíssima, dá muita liberdade, até mesmo de destruí-la”.
Tudo certo em SC
Cotado ao Senado por Santa Catarina, Carlos Bolsonaro diz que “nunca houve qualquer racha” no PL: “Conforme combinado desde sempre, seguimos apoiando Carol de Toni, são duas vagas, caminhamos juntos”.
Na fila
Tem articulação para entrar na pauta desta semana da Comissão de Constituição e Justiça do Senado projeto que atualiza a Lei do Impeachment, de 1950. É do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG)
Pergunta no marketing
É soberano enviar empresário corrupto para depor ditador amigo?
PODER SEM PUDOR
Cutucado com vara curta
A imprensa do Ceará não falava em outra coisa. Nos anos 1980, faltando três meses para acabar o governo de Manoel de Castro, ele já havia assinado mais de 15 mil nomeações. Na época, as regras de nomeação sem concurso eram complacentes. O repórter Nelson Faheina foi pautado pela TV Verdes Mares para repercutir o escândalo. “Governador, é verdade que o senhor nomeou 15 mil pessoas?” O político espondeu: “É mentira. Nomeei 30 mil. São pessoas humildes e, como elas, vou ainda nomear muito mais. E não me pergunte mais nada. Não admito ninguém me cutucar com vara curta.” E foi embora.
Fonte: Diário do Poder
Sport se despede da Série A com goleada sofrida para o Grêmio
STF se blinda diante do desgaste e teme 2026
Céu nublado e pancadas de chuvas devem marcar semana em Petrolina
Idoso de 73 anos é preso por estupro de vulnerável em Juazeiro
A DEAM iniciou diligências e reuniu elementos probatórios que reforçaram a solicitação de prisão preventiva do suspeito, decretada pela Vara da Violência Doméstica e Familiar da Comarca de Juazeiro.
Levado à unidade policial e submetido aos exames de praxe, o homem será encaminhado ao sistema prisional, onde permanecerá à disposição da Justiça. A Polícia Civil (PCBA) está à disposição para denúncias através do telefone 180 ou diretamente na sede das DEAMs em todo o Estado. Via: Carlos Britto
Delegada Adriana Vasconcelos confirma foco no tráfico que usa Petrolina como corredor internacional
Segundo a delegada, Petrolina voltará a receber atenção especial por ser ponto de passagem de cargas ilícitas que abastecem esquemas internacionais. Adriana lembrou que investigações como a Operação Além Mar — uma das maiores já realizadas pela PF — revelaram que contêineres usados para o envio de cocaína ao exterior cruzavam a região do Vale do São Francisco antes de seguir para portos brasileiros.
Durante a fase sigilosa da operação, mais de dez toneladas de cocaína foram apreendidas na Europa e em portos do Brasil. De acordo com ela, o esquema incluía a movimentação de contêineres que chegavam vazios ao país pelo porto de Natal, passavam por Juazeiro e Petrolina para carregamento e, em seguida, eram desviados para o tráfico internacional.
Por esses motivos, a delegada afirma que a presença mais robusta da Polícia Federal na cidade é indispensável. A PF já organiza a instalação de novas estruturas físicas no município para sediar equipes especializadas, integradas à Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco), que reúne policiais federais, militares e civis em ações conjuntas.
Além disso, o Aeroporto Internacional de Petrolina também receberá uma unidade reforçada da PF, medida considerada estratégica diante da expectativa de retomada de voos internacionais de cargas. Segundo Adriana, a atuação no terminal é fundamental, já que o tráfico utiliza movimentação de mercadorias e fluxo financeiro para tentar burlar a fiscalização.
A nova superintendente reforça que o objetivo é “atacar o tráfico na origem e no fluxo”, com foco na descapitalização das organizações criminosas e no monitoramento das rotas utilizadas pelas quadrilhas que operam dentro e fora do país. Via: Waldiney Passos
domingo, 7 de dezembro de 2025
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